Irmãos
flamengos,
euforia,
delírio, alegria incontida. Todos nós, rubro-negros, temos vivenciado esses sentimentos
nos últimos dias. Natural, normal e justificável.
Após
três anos de trevas e pesadelo, em janeiro deste ano, um grupo novo assumiu a
direção do Clube de Regatas do Flamengo, trazendo consigo a esperança de
milhões de rubro-negros espalhados por todo o mundo.
Na
minha modesta opinião, acho que eles têm cumprido muito bem, em todas as
searas, a tarefa de reestruturar o clube, sanear suas finanças, recuperar sua
credibilidade, potencializar sua grandeza. Quem me conhece aqui do Buteco sabe
como penso, desde sempre, a respeito do assunto.
Nossa torcida, também é de se reconhecer, tem
feito, como sempre fez, a sua parte. Nunca abandonamos o Flamengo. Nem nas
piores crises.
Batemos
todos os recordes na pré-venda das camisas do Flamengo fornecidas pela Adidas: mais
de trezentas mil camisas oficiais vendidas. Em pouco mais de sete meses de
comercialização, a Nação Rubro-Negra adquiriu, provavelmente, em todo o país,
mais de um milhão de Mantos Sagrados.
O
Programa de Sócio Torcedor do Flamengo, o mais caro do Brasil, que em janeiro não tinha um associado
sequer, chega a este início de novembro beirando os cinquenta mil flamengos. E,
se a adesão prosseguir no ritmo dos últimos dois dias, poderemos alcançar, quem
sabe, sessenta mil, ou mais, até o fim do ano.
Mesmo
nos momentos mais difíceis, houve certa estabilização, em torno de trinta a trinta
e cinco mil rubro-negros associados ao programa do clube.
A
Nação Rubro-Negra, mais que qualquer outra, e desde quando brigávamos ferozmente
contra o rebaixamento, tem comparecido em peso e lotado estádios Brasil afora.
Neste ponto, merece menção especial a torcida rubro-negra de Brasília e
arredores. Num momento de extrema dificuldade, abraçou o time e fez do Mané
Garrincha a casa do Flamengo.
E
quando da reabertura do Maracanã, nossa torcida, sem hesitar, pegou a chave de casa
e entrou portas adentro.
Ninguém
duvida: o Maracanã é do Flamengo.
Enfim,
meus amigos, complementando tudo isso, nosso querido Flamengo está na final da
Copa do Brasil.
Quem
diria isso há dez meses atrás?
Grande
emoção, sincera e humilde felicidade que todos nós, flamengos, após tanto
sofrimento, temos compartilhado recentemente.
Mas,
é necessário advertir, estar na final da Copa do Brasil não significa ter
conquistado a Copa do Brasil. Vai distância entre um e outro. Distância que carece
ser percorrida com muita raça e comprometimento.
Nos
próximos dias, seja na rua, no condomínio, no restaurante, no shopping, na
Gávea ou no Ninho do Urubu, nosso time certamente receberá uma enxurrada de
afagos, carinhos, solicitações de fotos, autógrafos, ingressos, camisas.
É
preciso, nesse contexto, que os jogadores do Flamengo, a comissão técnica, a
diretoria, e, em certo ponto, até nós mesmos, da torcida, tenhamos a consciência
de que, para conquistar o tão almejado título, faz-se fundamental mantermos o
foco no objetivo maior a ser alcançado.
Porque
ser campeão significa querer e mostrar algo mais. Não se contentar com o
caminho até então percorrido.
O
time não pode se deixar envolver pelo clima de loucura da torcida. Pés no chão;
sapatinho máximo; seriedade; dedicação; superação. Esse é nosso mantra.
Mantra,
regra, dogma ou lei que nosso comandante, Jayme de Almeida, com toda a sua
sabedoria e simplicidade, soube tão bem sintetizar:
Respeitamos Todos, Mas
Não Tememos Ninguém.
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P.S.:
Torcendo muito pela plena recuperação do pai do nosso amigo, Simario, assim
como pela do Carlinhos, nosso ídolo eterno.