Um amigo comentou durante
o primeiro tempo que o Flamengo parecia estar jogando num ritmo mais baixo,
talvez se poupando um pouco para não morrer no segundo tempo como vinha
acontecendo. De fato, começamos jogando muito recuados, praticamente sendo
acuados pelo adversário dentro da nossa própria casa. Conseguimos equilibrar o
jogo e sair na frente em uma belíssima troca de passes que culminou com um
toque desconcertante de letra do Elias para conclusão do Leo Moura que
simplesmente desarmou a defesa do Inter. Revendo o lance posteriormente pela
tv, fica nítido como o toque de primeira mata qualquer reação dos dois
zagueiros que avançavam para bloquear o Elias. Golaço, daqueles que eu gostaria
de ver sempre o Flamengo marcando.
O segundo tempo mostrou um
rubro-negro bem mais inteiro do que nos compromissos anteriores, saindo rápido
nos contra-ataques até obter o segundo gol. Mas ali, de alguma forma, a coisa
desandou. O time se desconcentrou e o jogo virou uma pelada entre dois times
desorganizados e com muita correria. O Flamengo pareceu perder a compactação no
meio e o inter conseguiu assumir o controle do jogo, voltando a condição do
início, empurrando o Mais Querido quase para dentro da sua área.
Penso que nos defendemos
de maneira aguerrida, mas corremos riscos excessivamente, especialmente nos 10
minutos finais. Com a pouca qualidade que temos, realmente não é prudente ficar
tocando a bola mas é igualmente arriscado sair dando chutões pra todo lado e se
fechando na defesa. A bola batia e voltava para os pés vermelhos apenas para
ser novamente alçada na nossa área. Nessa hora, faz muita falta um pouco mais
de experiência de nossos jogadores para levar a bola para a bandeirinha de
escanteio e ficar gastando o tempo por ali, tentando não correr riscos.
Acredito que tivemos sorte e competência, ressaltando que, mesmo vencendo e
sendo acuado, o Flamengo não apelou para a prática pusilânime do cai-cai.
Para encerrar por hoje, um
último comentário, talvez um pouco ranzinza. O futebol tem coisas que não tem
explicação lógica, mas que são conhecidas daqueles que frequentam os estádios
há mais tempo. Pessoalmente, eu sempre fui contra essa coisa de ficar zoando
adversários que não estão ali. Depois do jogo, tudo bem tocar o terror no
próximo rival, mas enquanto a bola está rolando, essa prática não me traz boas
recordações. E não é que na hora que a torcida resolveu provocar o pessoal do
chororô levamos uma porcaria de um gol. Desculpem o desabafo, mas eu sinto
falta da época em que nós nos preocupávamos só com o Flamengo e os nossos
rivais é que comemoravam vitórias entre si cantando contra nós.
Mas tudo bem. O importante
é que o Flamengo ganhou. O resto não é importante.
abraços a todos e SRN!