Durante um papo com um "Butequeiro" que prefere não se identificar, relacionei por curiosidade as
construtoras dos novos estádios da copa ou os influenciados
diretamente por ela, inclusive o Engenhão. Nada contra os negócios, apenas ilustrei o mercado e o que o Flamengo pode ganhar com isso. Perdemos grandes oportunidades de negócio e parceria, "fixando" apenas o Maracanã e a Odebrecht, a "tábua
de salvação". Abaixo os consórcios e as construções com estádios listados:
Estádios
e Construtoras:
Maracanã
– Odebrecht, Delta (Saiu), Andrade Gutierrez, SEOP/Rio
(Secretaria de Obras Públicas)
Engenhão
–
Odebrecht, OAS, Delta, SEOP/Rio
Beira
Rio –
Andrade Gutierrez
Arena
do Grêmio –
OAS
Itaquerão
–
Odebrecht
Arena
Palestra – Allianz Parque –
Wtorre
Mineirão
–
Construcap/Egesa/Hap
Independência
–
Governo do Estado
de MG e BWA.
Fonte
Nova –
OAS, Odebrecht
Pituaçu
–
Companhia de Obras do Estado
da Bahia
Fortaleza
–
Galvão/Serveng/BWA
Presidente
Vargas –
Prefeitura Municipal
de Fortaleza
Cuiabá
–
Santa Bárbara, Mendes Junior
Manaus
–
Andrade Gutierrez
Brasília
–
Camargo Correa*, Via Engenharia, Andrade Gutierrez * fontes
diferentes
Recife
–
Odebrecht
Natal
–
OAS
Arena
da Baixada –
O Atlético Paranaense
formou uma S/A para construir a Arena, com ajuda do Governo
do Estado
do Paraná e da Cidade de Curitiba.
É perceptível (e normal) a intercessão
das
construtoras em alguns
empreendimentos. Existem
opções variadas
em relação a parcerias,
modelos de negócios com construtoras, empreiteiras, qualquer coisa
que não nos deixe presos a visão momentânea e a sensação de que
não há jeito ou solução para um futuro próximo. Podemos sim pensar e planejar o médio prazo com critério, porque o conteúdo somos nós: clube + torcida + time = Marca Flamengo. Os azuis devem pensar nesse sentido, porém sabemos que a prioridade momentânea é pagar as dívidas e tirar a corda do
pescoço (mas sem ganância, de preferência).
Um
modelo interessante é o do Atlético-PR, que criou uma S/A
apenas para a reforma de seu estádio. Executivos foram contratados pelo clube somente para isso. Estão inclusas nesta S/A verba e parceria do
Governo do Estado do Paraná e da Prefeitura de Curitiba, coisa que
não teremos no Rio de jeito algum. No caso do Flamengo, o modelo de administração ficaria para gestão do estádio, não somente para a construção dele.
O
acordo firmado com o Consórcio Maracanã S/A até 2016 foi bom,
mesmo que eu ressalve que um contrato de ganho percentual por público
(quanto maior o público, maior o percentual do clube) seria bem mais vantajoso do que foi acertado, o de ganho percentual por renda (quanto maior a
renda, maior a fatia embolsada). Penso sinceramente que se o Flamengo
agregar como cláusula, a obrigatoriedade de construção de um
estádio na Gávea, como querem alguns conselheiros (e parece ter sido agregado), será um engano
estratégico de médio prazo, uma desvantagem competitiva.
Pelos
moldes especulados é criticável a questão da “elitização”
forçada, imposta do torcedor. Um estádio “Vipão/Vipinho" na
Gávea. Casa do FLAMENGO para 10 mil espectadores, não pode ser
verdade?! Seria caro para um "torcedor comum" assistir a uma partida do
time. Se pensarmos em uma família, piora. Fora a
mudança BRUSCA no perfil desse torcedor. Melhor jogar logo no João
Caetano, no Carlos Gomes, no Municipal... Teatro, né?
Um estádio aceitável para o Flamengo gira entre 40 e 50 mil pessoas (o especulado neste momento é de 25 mil pessoas). Vejamos o exemplo inglês, onde estádios "médios" (35 a 50 mil pessoas em sua maioria) estão lotados. Comparemos com a demanda brasileira. Não é verdade afirmarmos que na década de 1980 só existiam estádios lotados, com públicos gigantescos. Existiam muitos jogos para 10 mil pagantes no Maracanã, também.
Corinthians, Palmeiras, Náutico, Atlético-PR, Botafogo e o Engenhão podem ser incluídos nesta nova lógica de estádios médios. Atualmente, não existe condição de lotar e construir estádio pra 120 mil presentes, não no Brasil de hoje. Aceitaria na "menor" das hipóteses um estádio para 30 mil pessoas ampliável, nada menos do que isso. Neste caso, jogaríamos no Maracanã os clássicos e as partidas decisivas de copa (do Brasil, Sul-americana e Libertadores), de maior apelo.
Um estádio aceitável para o Flamengo gira entre 40 e 50 mil pessoas (o especulado neste momento é de 25 mil pessoas). Vejamos o exemplo inglês, onde estádios "médios" (35 a 50 mil pessoas em sua maioria) estão lotados. Comparemos com a demanda brasileira. Não é verdade afirmarmos que na década de 1980 só existiam estádios lotados, com públicos gigantescos. Existiam muitos jogos para 10 mil pagantes no Maracanã, também.
Corinthians, Palmeiras, Náutico, Atlético-PR, Botafogo e o Engenhão podem ser incluídos nesta nova lógica de estádios médios. Atualmente, não existe condição de lotar e construir estádio pra 120 mil presentes, não no Brasil de hoje. Aceitaria na "menor" das hipóteses um estádio para 30 mil pessoas ampliável, nada menos do que isso. Neste caso, jogaríamos no Maracanã os clássicos e as partidas decisivas de copa (do Brasil, Sul-americana e Libertadores), de maior apelo.
As listagens abaixo demonstram que existem outras opções de investimento e empresas que possam querer ter o clube como aliado. Além disso, impressiona a quantidade de empreendimentos de algumas construtoras. Penso ser mais viável para o Flamengo trazer ao mercado
carioca uma parceira que não esteja por aqui e que tenha poucos
negócios exatamente para dar a “exclusividade”, que o clube
merece:
Odebrecht
– 5 estádios
OAS
– 4 estádios
Andrade
Gutierrez – 4 estádios
BWA
(Tinha outros negócios, mas investiu para cuidar da gestão) –
2 estádios
Delta
(interditada por decisão judicial, corrupção) – 2 estádios
Camargo
Correa – 1 estádio
WTorre
(preferiu ficar de fora da Copa) – 1 estádio
Mendes
Júnior – 1 estádio
Santa
Bárbara – 1 estádio
Galvão
– 1 estádio
Serveng
– 1 estádio
Egesa
– 1 estádio
Construcap
– 1 estádio
HAP
– 1 estádio
Secretarias
de obras estaduais ou municipais – 6 (contando a parte externa
do Maracanã e o Engenhão, a SEOP/Rio)
Fonte
principal:
Existem
atores interessantes fora desta listagem, que chamaram atenção
durante a simples pesquisa: o Grupo Advento, que promete construir
estádios mais baratos e a construtora Ferreira Guedes que constrói
estádios com módulos pré-moldados. Ambos foram alijados do
processo quando estavam negociando diretamente a construção do
estádio Itaquerão, eram favoritos.
Para
além disso, nosso maior problema hoje é o terreno e o papo deve ser
com o governo federal. O único local que a municipalidade não tem
gerência são as ilhas, porque toda ilha pertence a UNIÃO. A melhor
das opções é a ilha do Fundão, então nosso estádio poderia ser
lá, desde que haja uma infraestrutura de transportes decente para
isso.
Há
uma demanda atual e futura, com o estádio, para acreditar que pode
dar certo. Lá estão alocadas empresas como Petrobras, Eletrobras,
Detran-RJ (exames de habilitação), a UFRJ e o hospital do Fundão, e outras que estão de mudança garantida para lá, como a GE e a Siemens. Ainda é possível se construir uma linha de BRT ligando
aos aeroportos passando pela Ilha do Fundão. É só querer. Busque o
mapa da cidade e confira a distância entre a ilha do Governador, a ilha do Fundão, o porto do Rio e as obras para o centro da cidade e veja se não é possivel.
Está
claro com o xadrez político atual, que o clube não conseguiria nada com
estes “governos vascaínos” (isso não é xingamento, conheço
vascaínos honestos, muitos, como deve ser a maioria, só tem mau
gosto, tadinhos...), nenhum licenciamento ou aprovação ambiental ou
de qualquer outra ordem na região, isso é fato. Temos muitos
inimigos.
Reafirmo que nada
deve ser negociado diretamente com os governos locais, porque estes
não vão dar vantagem para algo que sempre forram contra, os interesses do Flamengo. Bom seria não entrar em confronto, ao menos
agora. O maior exemplo é o dinheiro prometido pela prefeitura e não entregue para a
construção do CT. Que o Flamengo faça valer seu peso eleitoral e
comece a construir e comunicar “algo” contra quem o prejudica.
Sabemos quem está contra nós.
Caso
o Flamengo queira, as listagens tem dados que "revelam"
possíveis parceiros,
diferentes dos presentes nos estádios do Rio de Janeiro, e que podem
ter interesse no mercado do RJ. Pode
ser muito mais lucrativo e
longevo do que uma parceria atada às pressas com o Consórcio
Maracanã. Isso
pode nos “dar”
além do estádio, caso seja construído fora da Gávea, um
ginásio poliesportivo
multiuso, dentro
da Gávea,
aumentando o patrimônio do clube. Pra mim uma opção bem melhor. E como não ficarei em cima do muro, escolheria entre WTorre, Mendes Júnior e Camargo Correa.
FLAMENGO
HIC
ET
UBIQUE!
P.S.: Vejam porque eu não gostaria que o Flamengo fizesse negócios com a Odebrecht:
http://blogs.lancenet.com.br/rio2016/2013/10/03/e-a-conta-vai-para-o-povo/
P.S.: Vejam porque eu não gostaria que o Flamengo fizesse negócios com a Odebrecht:
http://blogs.lancenet.com.br/rio2016/2013/10/03/e-a-conta-vai-para-o-povo/