O Flamengo começa a
entrar na chamada fase aguda do ano. Daqui por diante, todo jogo será decisivo:
quanto ao Campeonato Brasileiro, até que esteja afastado definitivamente o
perigo do Z4; no que se refere à Copa do Brasil, por se tratar de uma
competição mata-mata, as decisões se sucedem à cada rodada.
Palmas para a
diretoria, em especial ao Wallim Vasconcelos, pela efetivação do Jayme de
Almeida. Com profundas raízes no clube, filho do Jaime, que formou com Biguá e
Bria a linha média do Flamengo Tricampeão Carioca de 1942-43-44, Jayme de
Almeida tem à sua frente o gigantesco desafio de dar rumo ao barco rubro-negro.
Que tenha êxito, pois
sua vitória será a vitória do Clube de Regatas do Flamengo.
Prematuro fazer
qualquer análise mais profunda do seu trabalho. Contudo, podemos vislumbrar
alguns pontos positivos neste início, como, por exemplo, a efetivação de
Wallace e Samir na zaga titular e o ressurgimento do Amaral como volante.
O time do Flamengo necessita,
na posição de cabeça-de-área, de um jogador ágil e firme na marcação. E o
Amaral tem suprido essa carência.
Outro que tem subido de
produção, ao menos no apoio ao ataque, é o João Paulo. Dos últimos quatro ou
cinco gols marcados pelo Flamengo, ele participou, direta ou indiretamente, de
todos.
Luiz Antônio, em sua
posição de origem, também tem mostrado evolução.
Enfim, são pequenas
constatações que nos dão esperanças de dias melhores.
Mas, para sair do
atoleiro em que se encontra, nem mesmo a eventual melhora tática, técnica e
física do time será suficiente.
Nesse momento de
definição, tem de entrar em campo o jogador número um do Flamengo: sua camisa e
sua torcida.
Só com a força mística
do Manto conjugada com a paixão e o amor da Nação Rubro-Negra o time poderá se
reerguer e conquistar uma posição confortável na tabela do Campeonato
Brasileiro, bem como alçar vôos maiores na Copa do Brasil.
A união do time e da
torcida é indispensável para o sucesso do Flamengo.
E o clube está prestes
a fechar um novo acordo, por dois ou três anos, para mandar seus jogos no
Maracanã. Há, inclusive, a possibilidade de que, em breve, seja costurado um
contrato por período ainda mais longo.
Ou seja, o Mengão está de volta à sua casa.
E a torcida do
Flamengo, como inigualável anfitriã que é, tem de fazer as honras da casa.
Desde a reabertura do
Maracanã, mesmo com preços salgados, a torcida flamenga já demonstrou a sua
força e a grande vantagem que proporciona ao time jogar no estádio.
E digo que temos que
fazer mais. Muito mais. A começar pelo jogo de amanhã, contra um adversário
direto na luta para nos distanciarmos das derradeiras posições na tabela de
classificação.
O Maracanã amanhã tem
de ferver. Tem de ser inflamado pela Magnética, a torcida que joga junto com a
camisa.
A diretoria reduziu o
valor dos ingressos, mostrando, cada vez mais, a enorme vantagem de se associar ao programa de sócio-torcedor do Flamengo, pois, afinal, cabem
apenas setenta e seis mil rubro-negros no Maracanã.
Então, irmãos flamengos,
façamos a nossa parte, como sempre, com muito amor e fé.
E, claro, sem pedir
licença, pois a casa é nossa.
Abraços, bom fim de
semana e Saudações Rubro-Negras a todos.
Uma vez Flamengo,
sempre Flamengo.