Bom final de semana a todos os amigos do Buteco! Como nos últimos dias as notícias a respeito do Mais Querido andam um tanto pesadas, resolvi dar uma viajada no tempo neste sábado. Gosto muito da coluna do jornal O Globo, intitulada "Há 50 anos", a qual sempre traz algumas matérias publicadas pelo jornal meio século atrás. Vejam só um tema recorrente no mês de julho a respeito do Flamengo:
"Queda-de-braço entre Gérson e Fla
Dentro de sua teoria de que a posição de armador na seleção brasileira admite a disputa de uma vaga, 'enquanto ad e ponta-de-lança pertence incontestavelmente a Pelé', Gérson voltou a recusar-se a trocar de pôsto na equipe do Flamengo, não participou do apronto dos rubro-negros para o match com o Botafogo e saiu de São Januário direto para sua casa em Niterói. Desde a manhã de ontem Flávio Costa tentara convencê-lo a jogar de ponta-de-lança, fêz-lhe um apêlo dentro do vestiário antes do coletivo, mas o craque permaneceu irredutível. O técnico, então, frisou que, como armador, êle não figuraria mais na equipe, e, a partir de então, o caso estava formado."
Alguns pontos importantes: neste vídeo Gérson fala da final do Campeonato Estadual de 1962 e da determinação de Flávio Costa para ajudar Jordan a marcar Garrincha, quando o Flamengo, que precisava apenas do empate para levar o título, foi derrotado por 3x0. Meu pai, presente ao estádio, sempre me disse que ele "ficou plantado" no meio e, digamos, não se esforçou como se desejaria. Naquela decisão o problema já tivera início. Porém, em 21 de julho de 1963 o Flamengo derrotou o Botafogo por 3x1 no Maracanã, pelo Campeonato Estadual daquele ano, com gols de Aírton (2) e Paulo Alves, mas sem Gérson em campo.
O último jogo de Gérson pelo Flamengo ocorreu em 24 de agosto de 1963, em um 0x0 contra o Vasco da Gama. Numa reunião ocorrida entre Gérson, Flávio Costa e Fadel Fadel, o então presidente apoiou Flávio Costa e, fanfarrão, bradou: "quem depositar 150 milhões leva". O Botafogo, que acabara de vender Amarildo, "o Possesso", ao Milan, da Itália, depositou e, portanto, levou, e o resto da história todo mundo já sabe, inclusive que Gérson jogou mais recuado pelo Botafogo e pela Seleção Brasileira.
As matérias recentes da mesma coluna e a respeito do mesmo assunto dão conta de Gérson sendo afastado do elenco por Fadel Fadel naquela segunda quinzena de julho, perto do início de agosto, por não aceitar jogar na nova posição que Flávio Costa escolhera para ele, Canhota.
As matérias recentes da mesma coluna e a respeito do mesmo assunto dão conta de Gérson sendo afastado do elenco por Fadel Fadel naquela segunda quinzena de julho, perto do início de agosto, por não aceitar jogar na nova posição que Flávio Costa escolhera para ele, Canhota.
Mudar o curso da história, se fosse possível, provavelmente seria muito perigoso. Entretanto, não deixa de ser intrigante e curioso ao menos imaginar o que aconteceria. Ou será que você, amigo do Buteco, teria feito como Fadel Fadel? E aí? Se tivesse uma máquina do tempo, tentaria mudar o curso da história? O que acha que teria acontecido? O Flamengo teria passado por uma década de 60 melhor? E a Seleção Brasileira? Gérson teria sido o mesmo jogador?
Bom dia e SRN a todos.