Buongiorno, Buteco! Mais do que uma vitória, a volta do Fla-Flu ao Maracanã, ao meu ver, coroou uma mudança de patamar do time do Flamengo no Campeonato Brasileiro/2013. A despeito do pífio futebol apresentado na derrota para o Bahia em Salvador, na qual os dois primeiros gols do adversário decorreram de uma falha clamorosa de Felipe e de outra do árbitro Heber Roberto Lopes, na sequência, em oito dias, o Flamengo conquistou sete em nove pontos disputados, sendo que os dois pontos perdidos contra o Portuguesa fugiram de nossas mãos nos descontos, após uma falha coletiva da defesa, em um gol de goleiro, no último lance de uma partida em que as chances desperdiçadas indicavam que o placar deveria ter sido mais elástico. Nessas partidas, o time marcou sete gols e sofreu três. Mais do que números, demonstrou ter padrão tático, pegada e vibração dentro de campo e há dois jogos consegue render bem tanto no primeiro quanto no segundo tempo, meta que parecia inatingível. E ainda há quem diga que técnico não ganha jogo. Bem, ao menos na minha opinião, Mano Menezes fez o Flamengo subir no quesito competitividade.
Mano teve, no desempenho dessa tarefa, uma grande ajuda de Elias, que vem jogando o fino com a camisa do Flamengo, sendo o principal jogador e artilheiro. O que é Elias? Volante? Meia? Atacante? Talvez um pouco de tudo isso e, o mais importante, faz pelo menos um gol em quase todas as partidas. Os defeitos outrora apontados nesta coluna ainda persistem: os erros de montagem do elenco ainda estão lá; o goleiro é o mesmo e, aliás, agora cismou de marcar gol contra, o que me faz temer até pelo que poderá aprontar nas próximas rodadas; permanecem as dificuldades na criação e finalização e a zaga falha individualmente em quase todo o jogo. Porém, com as chegadas de Chicão e André Santos, tudo leva a crer que alguns desses problemas tendem a ser bastante minimizados, como demonstrado ontem no Fla-Flu. A tendência é que o time deixe de orbitar a Zona do Rebaixamento definitivamente e passe a lutar por posições mais dignas. Mas qual será o limite?
Talvez para Wallim Vasconcelos e Paulo Pelaipe venha a ser doloroso constatar, ao final do campeonato, e desse campeonato tão nivelado e que teima em não ter dono, que o que faltou para o Flamengo disputar o título ou uma vaga na Libertadores, mesmo com um time com peças tão limitadas, foi o segundo atacante que não trouxeram. Tomara que não. Tomara que, nesse cenário de menor pressão e de vitórias, algum dos garotos se sinta mais a vontade para despontar e fazer a diferença. Quem sabe?
Como 99% dos Fla-Flu's, o de ontem, para não fugir à regra, foi ofensivo, emocionante, com muitos gols e lances imponderáveis. Teve até, como já disse, gol contra de goleiro. O Fla-Flu é um clássico inigualável em nível mundial. Podem encontrar clássicos em que a rivalidade local os torne mais violentos, com mais policiamento, ou então mais ricos, com mais estrelas, com isso e aquilo, mas jamais conseguirão se igualar no quesito mística. Sequer ouso dizer que a rivalidade entre Flamengo e Fluminense é maior do que a que existe entre Flamengo e Vasco da Gama, por exemplo. Tem algo a ver com o que ocorre quando as equipes entram em campo, com o clássico em si. Não sei explicar, mas a coisa pega, e é bom saber que o Flamengo tem mais vitórias.
Gostei ontem do Leonardo Moura, do Elias (claro) e do André Santos, que me surpreendeu. Hernane, ao meu ver, mostrou que continua tendo um ótimo senso de oportunidade dentro da área e que dela não pode sair, pois errou tudo o que tentou do lado de fora, e, repetindo, o mais importante foi ver o time demonstrar pegada, corpo e padrão tático durante noventa minutos. Mais uma vez, era para o Flamengo sair de campo com um placar mais elástico, o que novamente não ocorreu devido a uma falha do setor defensivo, e mais uma vez individual, mais uma vez do goleiro Felipe.
Sei que ando elogiando muito o Mano Menezes por aqui, mas faz tempo que não temos um treinador desse nível, que tira leite de pedra, com elenco ruim, no meio de grande pressão, tirando o time da Zona do Rebaixamento sem reforços e dando-lhe padrão tático. Em tese, André Santos seria um lateral esquerdo, mas foi preciso alguma dose de ousadia para escalá-lo no meio e deu muito certo. Com Elias jogando em alto nível e André Santos entrando com qualidade na equipe, além de Chicão, que é um zagueiro artilheiro nas bolas paradas e aérea, tanto os gols tendem a sair em maior número, como o time também ganhará em experiência e qualidade.
Próximas rodadas: Goiás, no Serra Dourada, e depois São Paulo e Grêmio no Mané Garrincha. Podemos sonhar com nove pontos? Com a palavra, os amigos do Buteco.
Bom dia e SRN a todos.
Mano teve, no desempenho dessa tarefa, uma grande ajuda de Elias, que vem jogando o fino com a camisa do Flamengo, sendo o principal jogador e artilheiro. O que é Elias? Volante? Meia? Atacante? Talvez um pouco de tudo isso e, o mais importante, faz pelo menos um gol em quase todas as partidas. Os defeitos outrora apontados nesta coluna ainda persistem: os erros de montagem do elenco ainda estão lá; o goleiro é o mesmo e, aliás, agora cismou de marcar gol contra, o que me faz temer até pelo que poderá aprontar nas próximas rodadas; permanecem as dificuldades na criação e finalização e a zaga falha individualmente em quase todo o jogo. Porém, com as chegadas de Chicão e André Santos, tudo leva a crer que alguns desses problemas tendem a ser bastante minimizados, como demonstrado ontem no Fla-Flu. A tendência é que o time deixe de orbitar a Zona do Rebaixamento definitivamente e passe a lutar por posições mais dignas. Mas qual será o limite?
Talvez para Wallim Vasconcelos e Paulo Pelaipe venha a ser doloroso constatar, ao final do campeonato, e desse campeonato tão nivelado e que teima em não ter dono, que o que faltou para o Flamengo disputar o título ou uma vaga na Libertadores, mesmo com um time com peças tão limitadas, foi o segundo atacante que não trouxeram. Tomara que não. Tomara que, nesse cenário de menor pressão e de vitórias, algum dos garotos se sinta mais a vontade para despontar e fazer a diferença. Quem sabe?
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Como 99% dos Fla-Flu's, o de ontem, para não fugir à regra, foi ofensivo, emocionante, com muitos gols e lances imponderáveis. Teve até, como já disse, gol contra de goleiro. O Fla-Flu é um clássico inigualável em nível mundial. Podem encontrar clássicos em que a rivalidade local os torne mais violentos, com mais policiamento, ou então mais ricos, com mais estrelas, com isso e aquilo, mas jamais conseguirão se igualar no quesito mística. Sequer ouso dizer que a rivalidade entre Flamengo e Fluminense é maior do que a que existe entre Flamengo e Vasco da Gama, por exemplo. Tem algo a ver com o que ocorre quando as equipes entram em campo, com o clássico em si. Não sei explicar, mas a coisa pega, e é bom saber que o Flamengo tem mais vitórias.
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Gostei ontem do Leonardo Moura, do Elias (claro) e do André Santos, que me surpreendeu. Hernane, ao meu ver, mostrou que continua tendo um ótimo senso de oportunidade dentro da área e que dela não pode sair, pois errou tudo o que tentou do lado de fora, e, repetindo, o mais importante foi ver o time demonstrar pegada, corpo e padrão tático durante noventa minutos. Mais uma vez, era para o Flamengo sair de campo com um placar mais elástico, o que novamente não ocorreu devido a uma falha do setor defensivo, e mais uma vez individual, mais uma vez do goleiro Felipe.
Sei que ando elogiando muito o Mano Menezes por aqui, mas faz tempo que não temos um treinador desse nível, que tira leite de pedra, com elenco ruim, no meio de grande pressão, tirando o time da Zona do Rebaixamento sem reforços e dando-lhe padrão tático. Em tese, André Santos seria um lateral esquerdo, mas foi preciso alguma dose de ousadia para escalá-lo no meio e deu muito certo. Com Elias jogando em alto nível e André Santos entrando com qualidade na equipe, além de Chicão, que é um zagueiro artilheiro nas bolas paradas e aérea, tanto os gols tendem a sair em maior número, como o time também ganhará em experiência e qualidade.
Próximas rodadas: Goiás, no Serra Dourada, e depois São Paulo e Grêmio no Mané Garrincha. Podemos sonhar com nove pontos? Com a palavra, os amigos do Buteco.
Bom dia e SRN a todos.