Bom dia, butequeiros!
Mas atenção, esse bom dia de hoje é diferente, não é pro forma, despretensioso ou protocolar. É um desejo de bom dia mesmo, o que só será possível com a vitória do Flamengo no jogo contra o Criciúma.
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A vaca foi pro brejo e precisamos tirá-la dali o quanto antes |
A verdade é que todos os temores acabaram por se tornar realidade e hoje, a essa hora, estamos na zona de rebaixamento. O time não consegue vencer. O elenco é fraco. Não temos técnico. A nossa Diretoria, em termos de futebol, é inexperiente. Além do atual e questionável Diretor de futebol, não há mais ninguém no alto escalão, que entenda do esporte principal do CRF.
O 1o passo pra sair do atoleiro é reconhecer os erros, sem tapar o sol com a peneira. As decisões tomadas foram ruins. Bem ou mal, desde 2001, o Flamengo flertava, mas não entrava na zona de rebaixamento. Dessa vez, entrou com força (já que o Atlético Mineiro tem um jogo a menos, disputa a Libertadores e possui perspectiva suficiente talvez até pra brigar pelo título). Sabemos que, uma vez no brejo, é mais complicado de sair ou maior o receio de voltar.
Reconhecidos os erros, é preciso agir de forma diferente.
Não acho suficiente apenas demitir o Jorginho, que não ficou nem 3 meses no cargo. É preciso reavaliar da estrutura de poder ao elenco. Não podemos ter 6 ou 7 meia atacantes e meia dúzia de 2o volantes e não ter sequer um lateral direito reserva! Se a grana é curta (e é), os tiros têm que ser certeiros e muito bem calculados. O cobertor é curto e por isso mesmo não pode ficar de um lado só da cama.
Também não acredito que o Wallim, por maior que seja sua capacidade intelectual, boa intenção, dedicação e outras inúmeras qualidades, está apto a, sozinho, exercer a função de Vice Presidente de Futebol. Entendo a hierarquia e a fórmula eleita, mas, sobretudo nesse caso, é complicado o subordinado (Pelaipe) estar tão a frente do próprio supervisor (Wallim). Basta ver que as demais VP's são comandadas por profissionais do ramo e em geral vêm apresentando excelentes resultados.
Outra questão a ser debatida é o centralismo na figura do Pelaipe, que, me parece, se ocupa desde atividades menores inerentes ao cargo de gerente de futebol até contratações e montagem de elenco. Talvez delegar funções e deixar o profissional focar no que possui de melhor seja um caminho mais interessante. Várias cabeças costumam pensar melhor que uma e a cobrança não apenas do resultado, mas também uma maior participação nas decisões que são tomadas no curso do caminho (por quem entende do assunto, lógico), nesse momento, talvez também seja mais indicada. Isso se é que vale a pena manter o Diretor no cargo. De qualquer forma, não adianta apenas demitir. Se for o caso, é preciso, antes, achar um substituto mais qualificado.
Temos um CEO e confesso que não sei nem o nome dele. Esse profissional não responde por absolutamente nada do que ocorre no carro-chefe do clube? Participa do Conselho?
Que planejamento é esse que vem sendo executado, logística ilógica, rachões e folgões? Não há mais espaço pra esse tipo de coisa dentro do Flamengo, ainda mais na situação calamitosa que vivemos.
Finalmente, que negócio é esse de cogitar ou querer jogar a batata quente no colo do Zico? Respeitem nosso ídolo, deixem-no incólume a julgamentos açodados e imediatistas de uma torcida impaciente e bipolar, que o ama pelos inúmeros feitos dentro das quatro linhas. Deixem-no fora do ambiente sujo e degradado habitado por Leos Rabellos, Urans "et caterva".
Mas nem tudo são trevas. A notícia boa, digamos assim, é que o Campeonato está apenas começando e temos tempo pra sair dessa desagradabilíssima situação, embora um técnico novo leve algum tempo pra conhecer o elenco e implementar sua filosofia de trabalho.
É hora, mais do que nunca, da nova Diretoria reconhecer os próprios erros, fazer diferente, arregaçar as mangas e recolocar o trem nos trilhos. Aceito campanha modesta e sem pretensões. Rebaixamento, não.
SRN!