quarta-feira, 22 de maio de 2013
3,2,1,...
O tempo tem sido generoso com o Flamengo neste 1º semestre do ano e, em especial, agora no mês de maio quando seu time entrou em campo duas vezes até aqui, proporcionando paz à diretoria para garimpar reforços que vinham sendo observados em algumas competições, segundo os próprios dirigentes, e ao treinador Jorginho uma pré-temporada caída dos céus para dar uma cara de equipe usando o elenco a ele disponibilizado;
O técnico não cansa de repetir que deseja e treina muito para obter um conjunto que valorize a posse de bola, faça a marcação firme, porém, leal para evitar as faltas, mantenha ao longo das partidas a compactação entre suas linhas, aperfeiçoe o toque de bola até a chegada à área adversária, aprimore o chute a gol de média e longa distâncias, ouse o drible para abrir a defesa inimiga, cuide do domínio rápido do passe recebido para repassar a bola antes que receba o combate e o aproveite os rebotes ofensivo e defensivo;
Os amigos viram tudo isso por aí? Esqueçamos o triste Estadual e fiquemos com os quatro jogos disputados pela Copa do Brasil contra times que nem frequentam a 1ª Divisão do futebol brasileiro. Um doce para quem viu aqueles atributos reunidos nos embates no Pará, Rio de Janeiro, Campina Grande e Juiz de Fora. Infelizmente, só me foram apresentadas atuações pífias, com alternância de momentos de verdadeira pelada com outros poucos de lucidez, que decidiram as partidas, mesmo assim contando, algumas vezes, com o beneplácito das defesas adversárias;
"Quando mais treina pior fica" é o conceito que vai se consolidando entre a parte mais crítica da torcida que, esperançosa, esfrega as mãos cada vez que o time volta de uma semana, 10 ou 15 dias de preparação nos fundamentos do jogo, nos intervalos oferecidos para trabalhá-los nos meios ou fins de campeonatos. Esperança que se desfaz logo na 1ª meia-hora de bola rolando com a prática da antítese de tudo aquilo que vem sendo apregoado pelo diligente treinador;
Sou um desastre anunciado em análise táticas nos pós-jogos do Flamengo, pois os olhos com que vejo o transcorrer de uma partida pouco têm de racionalidade, reconheço isso, pois uso a visão do coração que distorce qualquer parecer lógico sobre a atuação do meu time, mas sigo os comentários bem elaborados dos companheiros do Buteco, dos grupos das redes sociais e de alguns bons profissionais da mídia esportiva, os quais corrigem e complementam minhas impressões;
A falta de talentos no elenco poderia reduzir o problema a essa visão simplista do fato. Recorro, então, ao passado recente com Dorival Júnior e Vanderlei Luxemburgo e me deparo com a mesma percepção. Ambos treinavam muito sem a devida contrapartida do time em campo, tendo um agravante com Luxa, consagrado sempre no fato de a equipe rubro-negra jogar muito mais em suas entrevistas após o apito final dentro de campo;
No próximo domingo, enfim, começa o interessante Campeonato Brasileiro e as minhas expectativas de torcedor são positivas para uma boa campanha, sempre pensando em vitórias, excluindo a velha conversa fiada do meu vocabulário de que "um empate fora de casa é um bom resultado", já que até hoje não me convenceram que ganhar 1 pontinho (33%) e perder 2 (67%) do total disputado seja interessante, senão ao final da competição para manter uma posição privilegiada na tabela ou assegurar o título de Campeão;
Finalizo desejando que levante a Taça o melhor time e que o melhor seja o Flamengo, mas não ficarei aborrecido se o Flamengo vencê-lo mesmo não estando entre os melhores. Vida de torcedor é assim, sempre prevalecendo a vitória, ao final de tudo, para fazê-lo feliz.
SRN!