Estruturar todas os setores do desorganizado Flamengo é preciso. Das dívidas aos departamentos do clube. Renovar e revitalizar o elenco para vencer no futebol também, especialmente para trabalhar em paz, já que a emoção do torcedor não cultiva a virtude da paciência em maus momentos sucessivos, mesmo em nome de uma colheita mais farta adiante. Principalmente se os adversários forem os bambalas das divisões inferiores do futebol brasileiro, atualmente colocado no bisonho 18º lugar no ranking da FIFA, contra os quais é compreensível a cobrança por bons resultados alicerçados por boas atuações. Ou não se espera isso de uma equipe que vem sendo preparada, desde janeiro, para disputar com dignidade a Copa do Brasil e o Brasileirão?
Na Taça Guanabara, as esperanças foram ativadas com a obtenção da maior pontuação entre os seus participantes. Na Taça Rio, os rubro-negros tropeçaram em suas próprias pernas e contradições, e despencaram como água descendo o morro. O treinador metido a expert nos caminhos da auto-ajuda praticamente jogou a toalha e procura desviar as atenções para a Copa do Brasil. A torcida ainda remói os retumbantes fracassos no Estadual, um título que, se não leva a algum lugar tampouco serve de referência para competições futuras, mas que traz em seu bojo a tradicional e intangível beleza de ganhá-lo;
Têm razão os bancos e corretoras de valores que operam com ações nas bolsas mundo afora, quando profissionalmente alertam os investidores aventureiros com a premissa segundo a qual "Rentabilidade passada não é garantia de resultados futuros", ou seja, olho vivo com o destino do seu dinheirinho para que o mesmo não vire pó da noite para o dia. Num trocadilho tosco, trazendo o prudente conselho para as quatro linhas do futebol, pó...de mico, o mesmo que anda dando coceira na alma dos rubro-negros, que projetaram o segundo turno baseados na disputa de apenas um clássico em comparação com o primeiro, onde disputamos e vencemos o Vasco e o Botafogo;
Apesar dos pesares varzeanos alimentados, inclusive, pelo indecifrável Jorginho, no qual não voto para técnico do meu time, porém torço pelo seu sucesso atual, o que representa o sucesso do Flamengo e a minha alegria, o povo de Belém fez a festa na chegada da delegação àquela maravilhosa cidade, na qual na noite de hoje inicia-se os trabalhos de mais uma Copa do Brasil;
Se vamos vencer ou não é uma casca de banana sobre a qual não pretendo pisar ressabiado que estou, mas ressalto que novos ares e uma competição diferente podem mudar as tendências flamengas a exemplo do que ocorreu com o Palmeiras no ano passado, embora este tenha tido o "agravante dos agravantes" que não disputava, em paralelo, o mambembe Campeonato Estadual Paulista e, sim, o Brasileirão, onde se encontrava na zona do inferno àquela altura em que venceu a citada Copa. E no inferno segundão ficou para 2013. Importante frisar para os casuais desatentos que o clube do Palestra Itália foi citado apenas como referência inicial para exemplificar a mudança de postura de uma situação para outra. No último caso, vade retro!
Desejo que o nosso treinador não insista, novamente, em seu lado "Prof. Pardal" fazendo mais uma incompreensível substituição técnica aos 42 minutos do primeiríssimo tempo, para ficar em somente uma das "bolas foras" por ele praticadas. Nem espremendo meu cérebro consegui desvendar suas intenções com a cara de "estou perdido";
Enfim, uma vitória na terra da chuva vespertina caíria muito bem por fornecer um gás novo para a partida do próximo domingo contra mais um time de aluguel, o famoso quem...bem, deixa pra lá, no fim de semana a gente fala sobre isso.
SRN!
