quarta-feira, 20 de março de 2013
Muita calma nessa hora.
"A bola não entra por acaso" foi a expressão selecionada por Ferran Soriano para o título do livro, aqui no país editado pela Larrouse Brasil, que traduz o trabalho do autor em cuja gestão profissionalizou o Barcelona, tornando-o uma empresa sólida e qualificada após reestruturá-lo por dentro e dali para fora com reflexos altamente positivos nos resultados do seu time de futebol, que tem encantado o mundo há alguns anos;
O título do best-seller é perfeitamente aplicável ao momento vivido pelo Flamengo, que passa por profundas alterações viscerais em sua arcaica organização, dos setores de portarias ao departamento de futebol, sob a responsabilidade de uma diretoria eleita carregando sobre os ombros enormes expectativas de sua gigantesca torcida, no seio da qual pequenos focos de insatisfação começam a se manisfestar em virtude de dois resultados negativos no Estadual do Rio de Janeiro, competição importante graças à tradicional rivalidade local mas que não leva a lugar algum, e por isso vem sendo utilizada como laboratório tendo em vista os demais certames que realmente interessam e abrem o caminho para as valiosas disputas internacionais;
Como torcedor, permaneço inabalável em minhas convicções a respeito das medidas corretivas adotadas pelos "azuis", conforme prometido na campanha eleitoral, no sentido da reestruturação da dívida acumulada pelo clube, graças aos irresponsáveis e esdruxulamente inimputáveis atos de gestões anteriores, que obriga o recolhimento temporário de alguns esportes olímpicos, cortes nas despesas administrativas e ajustes nos exorbitantes e inexplicáveis salários dos profissionais do futebol;
Portanto, não identifico qualquer surpresa negativa apresentadas nas ações imprimidas nestes 2,5 meses de gestão até aqui, muito pelo contrário, os trinta milhões de reais pagos relativos às dívidas fiscais anteriores, a diminuição dos custos com as concessionárias (principalmente a Cedae), a eliminação de despesas graças à racionalização do quadro de pessoal administrativo, os necessários cortes no departamento de futebol, as ações, embora ainda tímidas, do departamento de marketing, que a partir de agora terá um posto no interior do Engenhão em dias de jogos do Flamengo e as articulações para a obtenção da Certidão Negativa de Débitos são medidas que possibilitarão ao clube livrar-se da asfixia financeira a que está duramente submetido, em curto prazo, e a consequente formação de um time minimamente competitivo, este ano, com a finalidade de disputar brevemente a Copa do Brasil e o Brasileirão;
Como se vê, tudo de acordo com o script de renovação previsto para 2013, ano em que a maioria dos torcedores sabia que seria de sacrifícios a fim de sanear o clube em todas as suas vertentes. Portanto, cabe ir em frente sem açodamentos porque o time não venceu uma ou outra partida, pois de nada adianta contratar e não pagar, comprometer-se e não cumprir as suas elementares obrigações nem com o modesto Avaí, o que envergonhou a todos que vestem o manto rubro-negro. Tal "modus operandi" esgotou-se em si mesmo além de humilhar-nos. Os tempos são outros, é preciso estruturar para investir naquilo que todos desejam, um grande time de futebol representante dessa imensa nação vermelha e preta;
Sigo confiante no que está sendo feito pelos atuais dirigentes do nosso Flamengo.
SRN!