Quem diria em novembro do ano passado que o início de 2013
seria tão promissor e favorável ao Flamengo? E quando a nova diretoria assumiu
e começou a encontrar a podridão deixada pela turma do parquinho? Isso sem
comentar a renovação com Leo Morto e Canelada... (faço aqui a ressalva que o moicano vem fazendo
partidas de medianas para boas, especialmente depois da chegada do João Paulo
que deu opção de jogo pela esquerda). Mesmo aqueles que apóiam a diretoria
ficaram meio ressabiados e torceram mais ainda para que o começo de ano fosse
pelo menos tranqüilo. E até aqui, pelo menos, vem sendo, o que têm permitido a
diretoria a tranqüilidade necessária para ir arrumando a casa sem a pressão dos
que estão torcendo contra.
Ontem no Engenhão, o outrora Clássico dos Milhões foi
esvaziado pelos péssimos cartolas que tiveram a incrível idéia de marcar o jogo
para 5ª feira, às 19:30 enquanto no domingo o Mais Querido vai enfrentar o
poderoso Nova Iguaçu. Pior para eles, que os dois times fizeram um belo
clássico, brindando os cerca de 15 mil torcedores presentes com belos gols e
boas apresentações dos dois times.
Fiquei muito feliz de ler durante a semana que o Dorival
retornou as suas convicções e escolheu o esquema 4-3-3 de suas primeiras
partidas no comando do Mengão. E ainda mais quando o treinador declarou que
escolheu os reforços para encaixar no estilo de jogo que pretende implantar no
time. Isso é planejamento e, se for bem executado, certamente dará resultados. Ponto
para Dorival, Pelaipe, Wallim e Cia.
Quanto ao esquema, me parece moderno, capaz de integrar o
toque de bola característico dos bons times do Flamengo ao futebol que vem
sendo praticado neste século com força, muita marcação e velocidade. Ainda tem
o fato de ser um esquema que já deu certo ( com algumas variações) em alguns
dos melhores times rubro-negros dos últimos 30 anos, desde a super geração dos
anos 80 ao time de Andrade, passando pelo penta-campeonato de 92.
No campo, o Flamengo tocou muito bem a bola, mostrando boa
movimentação e um time rápido, ousado e bem distribuído em campo. A coisa ia
bastante bem até começarem as alterações. Ao tirar Nixon para a entrada de
Cleber Santana, Dorival mudou o esquema e arriscou ao trocar a velocidade do
garoto pela cadência do veterano. Rafinha ainda compensava pela direita como no
lance em que arrancou do meio de campo e marcou um golaço. As entradas de
Renato e Thomas, ambos muito mal, quase complicaram um jogo ganho e que poderia
ter virado uma goleada histórica.
É preciso ver o que está acontecendo com o Renato que parece
muito pior esse ano do que na última temporada, quando já era bem lento. Sua
entrada no jogo com o Madureira já havia mostrado que está totalmente fora de
ritmo, até de raciocínio e contra o bacalhau foi lamentável. Não acertava
passes e não conseguia pegar nenhum que não fosse nos seus pés.
Outro destaque negativo vai para parte da torcida que com 15
do segundo tempo começou a gritar olé, incentivando firulas que deram fim a
ataques que poderiam ter matado o jogo. Essas pessoas parecem não ter memória
de outros jogos em que gritos precoces de olé incentivaram o próprio Flamengo a
virar resultados altamente improváveis, como naquele fla x flu de 2004 em que
perdíamos por 3 a 1 e viramos para 4 a 3 em 15 minutos. Não se brinca com essas
coisas, especialmente no momento atual do Flamengo, onde todo cuidado é pouco.
E o fantástico time do basquete rubro-negro venceu mais uma
quebrando nosso próprio recorde de vitórias na temporada regular. Mesmo
desfalcado do excelente armador Kojo e com um começo ruim de jogo, foram para
cima e conseguiram virar e ganhar um jogo que ficou complicado até com alguma
facilidade. Os jogadores se alternam, superam os desfalques e o time não perde
a intensidade do jogo. Dá gosto de ver em quadra e quem não foi prestigiar, não
deixe de ir, porque realmente vale muito a pena. O futebol que me perdoe, mas
neste incrivelmente excelente começo de ano, o basquete é o orgulho da Nação!
Abs e SRN!!