terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Gávea x Gávea


Levantada pelo Gustavo Brasília na discussão do belíssimo post do Melo sobre Domingos da Guia (no Buteco do Flamengo), uma questão simples que não tinha me dado conta (por besteira ou sei lá porque): o hipódromo da gávea tem a mesma capacidade do Maracanã em dia lotação máxima, aproximadamente 80.000 pessoas, então porque a "implicância" com um novo estádio na Gávea, para o Flamengo? Porque nunca foi fechado por “interromper” o trânsito e causar danos à ordem da cidade em dia de GP Brasil de turfe? Porque a associação de moradores do Leblon e adjacências não reclama do Jockey Club publicamente? É estranho, intrigante, seria porque alguns dos nobres “amantes do turfe” são residentes dos bairros dos arredores do hipódromo?

Durante muito tempo, durante anos, promovemos o carnaval na cidade que cresce assustadoramente com blocos gigantescos, recheados de turistas e cidadãos locais, e também sediamos a outros eventos durante o ano. Não entendo o porquê da implicância com o Clube de Regatas do Flamengo. Só posso pensar um motivo: “esses desordeiros (para não dizer outra coisa) vem interromper a paz em nosso paraíso na terra”. As desculpas e a conivência só justificam a incompetência do Estado instituído e da inoperância do “velho Flamengo” que não sabe se respeitar como instituição importante de uma cidade que é patrimônio cultural mundial, assim como o clube é patrimônio cultural desta própria cidade.

Comemorei a passagem de ano exatamente no Jockey Club e posso relatar que não vi nada demais, nada diferente que justificasse uma grita geral, além do que, estavam sendo organizadas diversas festas do mesmo tipo nas redondezas e todas elas com altíssima capacidade de público. Citando apenas três comprovo minha teoria começando pelos próprios CRF e Hipódromo e, também, a sociedade hípica brasileira, todas em um raio curtíssimo e nenhuma delas causando grande dano ao trânsito da cidade que, inclusive, tinha Copacabana TODA INTERDITADA, por motivos óbvios. Tudo funcionou inclusive um dos quatro pontos de ônibus (centrais para a dispersão do público) disponibilizados pela prefeitura para quem saía de Copacabana era na Lagoa. Inclui-se ainda as novas estações do metrô a serem construídas para os jogos olímpicos de 2016. Porque os vetos? Porque a implicância com o Flamengo? EBM é contigo!

Depois da “hipotética briga”, vencida (espero que seja uma vitória real), o Flamengo poderia pegar o projeto da Arena McFla, que provavelmente será construída para as partidas de basquete, vôlei e futsal na Gávea (com modernos pisos em LED) e terminar seu complexo esportivo e social, montando um novo estádio para o futebol. O projeto da Arena McFla seria “replicado e multiplicado” por cinco, exatamente como seus valores para um orçamento de construção inicial, também por cinco mais 20%. Os direitos de arena (nome) poderiam ser repassados ao próprio McDonald’s ou a qualquer outra empresa que queira se inserir no projeto, como Arena TIM, Arena Stella Artois (AMBEV) ou Arena Galaxy (Samsung), por exemplo.

Se a Arena McFla custar (por estimativa minha) 30 milhões de Reais e comportar a seis mil pessoas, como o estipulado pela imprensa, e pelo visto pelo vice de patrimônio Alexandre Wrobel, esta nova arena do futebol, “cópia” da arena/quadra, comportaria 30 mil pessoas e custaria em torno de 180 Milhões de reais. Atualmente na Europa estão sendo construídos estádios de 250 milhões de reais para 40 mil pessoas, ou seja, o orçamento está quase que adequado à realidade mundial e parceiros não faltariam, inclusive seguradoras e auditoras. A Allianz Arena é um exemplo, quem sabe depois de um trabalho bem feito uma Ernst & Young Arena?

Está na hora dos azuis mostrarem sua força política dentro e fora do âmbito esportivo, com projetos confiáveis e contundentes, que possam fazer bem à cidade e principalmente ao próprio Flamengo. A meta deve ser a reconstrução do clube social com um plano diretor que contemple novos aparelhos esportivos como a já esperada e sonhada arena McFla, um novo parque aquático e uma reforma geral e completa no estádio da Gávea, que comportaria tranquilamente 30.000 pessoas, uma segurança ante ao Maracanã, quando tivermos jogos contra pequenos numa mesma data em que o Fluminense jogue lá. Particularmente gosto da ideia de nossa casa, que se somada ao “novo e caro Maraca” seria nossa redenção completa, no clube social, nos esportes olímpicos e no futebol. COM A AJUDA DA TORCIDA.


FLAMENGHIEUBIQUE!