Para
qual clube você gostaria de torcer? Para um clube que vence a cada
ano, mas vai perdendo fôlego com o passar do tempo com as dívidas
que são criadas (sendo motivo de chacotas pelos calotes) ou um clube
equilibrado, rico e bem gerido, mas que vence pontualmente? Eu
gostaria que o Flamengo fosse como o Arsenal, e explico. Com a
torcida e o tamanho de pressão que temos aqui (não que o
tradicionalíssimo Arsenal, não tenha), o clube não ficaria tanto
tempo sem grandes conquistas como o atual QUINTO
time
mais rico do mundo. Com equilíbrio financeiro e um mercado
sul-americano ainda em desenvolvimento, um Flamengo sólido venceria
muito, então prefiro uma cautela inicial do que títulos não sejam raros e dívidas não sejam constantes.
Apesar de pesquisas que que matam rubro negros e faz nascer corinthianos;
apesar de um centro mercadológico paulistano forte e que se pretende
fazer pensar que ainda hoje as grandes capitais é que ditam as
regras ao resto, em um esforço do centro para a periferia, como se
não enxergassem que o mundo mudou, inclusive com o advento das redes sociais que demosntram o movimento contrário,
numa especie de "estabelecidos Vs Outsiders" (Obrigado
Norbert Elias!); apesar de um núcleo pensador corinthiano querer igualar-se ao tamanho do Flamengo,
e “fazer” a Nike acreditar nisso, o Flamengo é único, e ainda,
o maior clube brasileiro, que mesmo sendo exaustivamente mal
conduzido nos anos 90 e 2000, está em vias de se tornar o maior da
América latina nos próximos anos.
A votação da aprovação do patrocínio da Adidas como fornecedora de material esportivo do Flamengo
é basilar para o mercado brasileiro de futebol, trazendo aspectos
importantes para reflexão e comparação com os outros clubes, tanto
os que já renovaram, quanto os que ainda irão assinar contratos de
fornecimento, além das consequências do fato:
- Faz do Corinthians um “antagonista” real do Flamengo, pois os dois detêm os contratos de fornecimento de material que irão conduzir as renovações dos outros grandes do país, fazendo crescer o mercado brasileiro em importância e renda, mundialmente falando.
- Praticamente “deixa” a Nike para fechar com o Vasco e empurrará para cima o valor do Palmeiras transformando-o em maior “marca rival” ao Corinthians no mercado paulista, lembrando que o Palmeiras deu “muito azar” com a queda exatamente agora.
- Fluminense e Santos estarão um patamar abaixo no duelo pelo mercado. Como a empresa americana assinou com o Santos a pouco tempo, o Fluminense deverá se beneficiar, elevando o valor, porque acabou de se tornar “bicampeão” brasileiro nos últimos três anos.
- Abre as portas da Adidas para entrar e negociar com Grêmio (que é da Puma), Atlético-PR e Vitória, já que a Nike assinou com os “íntimos e rivais” Internacional, Coritiba e Bahia.
- De fora, neste momento ficariam o mercado mineiro, já que o Cruzeiro tem acordo recente com a Olympikus e o Atlético-MG acabou de fechar com a Lupo, além do São Paulo que está perto de fechar com a Pênalti e o Botafogo que fechou com a Puma ano passado.
- Em nível sul-americano há o cruzamento de patrocínios em que a Adidas conta com Flamengo, River Plate e seleção argentina e a Nike detêm os direitos de Corinthians, Boca Juniors e seleção brasileira em suas linhas de produtos, sempre espelhando, acirrando a disputa por mercado na América latina e no resto do mundo pela rivalidade, peso e valor das marcas no universo do futebol.
- Em nível mundial, Flamengo e Corinthians ganham visibilidade. Caso trabalhem bastante, poderão ganhar mercado na Europa, Asia, Africa e América do norte, disputando sim com os clubes europeus (na Europa o mercado está consolidado e será mais demorado e menos rentável o progresso por lá), inclusive trabalhando em conjunto a rivalidade, como de certa forma fazem os rivais europeus em "derbis".
O
oligopólio é pensado pelas marcas e os clubes só tem a ganhar com
isto, eles (os clubes) é que devem conduzir as disputas. Hoje o
Flamengo tem pessoas capazes de fazer valer seu tamanho, parece que o
Corinthians também. Vasco, Botafogo, Fluminense, São Paulo,
Palmeiras e Santos são rivais importantíssimos e continuarão
sendo, mas atualmente a tendência é a polarização entre o "clube
do Rio e o Clube de São Paulo", assim Flamengo e Corinthians
disputarão o "mesmo mercado". Ressalto que essa é a
tendencia atual, não é o que gostaria (uma liga forte e todos
elevando seus valores, assim ganhariam muito mais). O rival é e
sempre será fundamental para se elevar receitas e o mercado de
fornecimento de material é a bola da vez e o Brasil está na crista da onda.
Sorte do Brasil que existe o Flamengo para elevar os valores do
restante!
Clubisticamente,
temos que trabalhar para vencer todas as competições em um mesmo
ano, como na Europa, a “quadrifeta fantástica” com Brasileiro,
estadual, Libertadores e Mundial. As metas designadas por contrato
nos conduzem a isso. O detalhe que sempre subscrevo é o da
estrutura, que reclamaremos muito pouco nos próximos anos quanto a
administração. Que se invista em estrutura! Devemos investir pesado
na base e no CT como um todo, profissional e base.
Em
matéria a revista Veja (veículo que pouco fala sobre futebol)
demonstra a importância do Flamengo para a Adidas e para o mercado
do futebol brasileiro. Segundo o CEO da Adidas na América do Sul, o espanhol Fernando Basualdo: "Em nossa liderança global estamos sempre próximos dos vencedores, dos melhores. E esse motivo nos traz ao Flamengo. Quero reforçar o nosso interesse de somar o Flamengo aos quatro grandes times que a Adidas patrocina em nível mundial, para poder internacionalizar a marca Flamengo, para proporcionar aos 38 milhões de torcedores do clube produtos Flamengo-Adidas e construirmos juntos uma marca Flamengo para o mundo todo”.
Para
iniciarmos a caminhada para um Flamengo melhor e único, o recebimento de verbas para um inicio de 2013 menos dramático é fundamental.
Os azuis tem muito poder e conhecimento da arte de negociar e o BAP
demonstrou que ser antagônico (protagonista) é o melhor caminho
para o Flamengo assim como na Espanha (Real x Barça), Itália (Milan
x Inter), Inglaterra (Manchester UTD x Chelsea). O “desprezo”
pela oferta feita pela Nike, com valores similares aos do Corinthians
reflete nossa importância para cada uma das empresas, lembrando
ainda que já fomos clientes de ambas. Leia a frase em que o BAP
define isto: “Já estávamos namorando há oito meses um bela mulher, uma outra passou do outro lado da rua e piscou o olho. Sem chance de conversar. Mas era preciso dizer isso aqui para não falar que só levamos em consideração essa proposta”.
Essa piscadela foi importante para ressaltar o tamanho do Flamengo,
não somos iguais ao atual campeão do mundo, que diz: “prazer, eu
sou o Corinthians”. Nós
dizemos: “Muito obrigado, eu não quero, sou o Flamengo”!
Só para lembrar e ressaltar o que digo:
Só para lembrar e ressaltar o que digo:
Ubique,
Flamengo!
P.S.:
Desejo um Feliz Natal ao Buteco e a alma da casa, seus Butequeiros.
Um abraço especial ao Rocco e ao Gustavão, a "perna americana"
e a "perna brasileira" do Blog, os que fazem ele andar de
fato. Muita Harmonia, Saúde, Paz, Prosperidade e Sucesso em suas
vidas pessoais e ao nosso Flamengo!!!