Pela escala dos cronistas a terça-feira e do Luiz Filho, numa atitude de altruísmo total desprovimento de vaidade ele me mandou a seguinte mensagem: "Esse dia e um dia muito especial, e um marco e gostaria que a Administração do Buteco fizesse esse post. Lula, sua atitude jamais vou esquecer.
Na verdade não e um post da Administração, e um post de uma NAÇÃO inteira, de alivio, alivio esse causado ao longo dos 3 anos mais desesperador do Flamengo, de uma administração que afundou o nome do Flamengo em todos os segmentos, mas enfim acabou.
A eleição de Eduardo Bandeira de Mello como novo presidente do Clube de Regatas do Flamengo é um acontecimento histórico. Jamais houve no futebol nacional mobilização de uma torcida em prol de uma candidatura para a presidência de um clube. E não foi uma candidatura qualquer, mas uma formada sobretudo por pessoas que não faziam parte da política tradicional da Gávea, mas sim por estranhos a ela. Por isso mesmo é um fato histórico, pois retrata uma mobilização inédita em torno de um projeto, de ideias que conquistaram a confiança dos torcedores. E felizmente, dentre os associados do Flamengo, havia uma maioria de torcedores, gente que pensa mais no clube do que em interesses mesquinhos. A torcida do Flamengo, neste 3 de dezembro de 2012, de uma demonstração ao Brasil de amor, paixão e abnegação ao clube que nem o arco-íris mais sanguinolento e fanático há de negar. A história está feita.
A emoção que a vitória da Chapa Azul provoca é indescritível. Primeiro vem a sensação de alívio por nos livrarmos de quem não gosta de futebol, que tem um sentimento abjeto de revanchismo por este setor que é, indiscutivelmente, o mais importante e prioritário do clube, e que, na reta final do seu mandato, expôs sem qualquer pudor a sua preferência por colocá-lo em uma posição nivelada, senão secundária, com outras atividades e setores minúsculos ou mesmo microscópicos do clube. Depois do alívio, vem a esperança, a certeza de que as pessoas que agora chegam querem ver o Flamengo dando certo, não só voltando à época de ouro, mas superando-a não de forma episódica, mas sim estável e definitiva. E, como se não bastasse, tem ainda o sentimento de ser Flamengo, rubro-negro, que brota pela união sentida a flor da pele nas ruas, estabelecimentos, bares, blogs e redes sociais, e que é revigorante para o espírito. Essa união da maior torcida do mundo, desse clube de dimensões nacionais e continentais, que desperta tanta inveja e temor na torcida arco-íris.
Há, por fim, o desafio. Conclamamos a Chapa Azul a não deixar esse movimento arrefecer. A não se tornar comum, a ser sempre inovadora, diferente, ungida pela esperança e pelo amor da imensa torcida rubro-negra que nela depositou toda essa confiança. Que todo esse crédito se traduza em esforço incontido e constante em levar o Flamengo ao topo, sempre em sintonia e jamais isolados da torcida, do movimento que os legitimou e os conduziu para onde estão agora. E a nós, torcedores, que jamais nos esqueçamos deste triênio, como lição, e que cobremos da Chapa Azul e de seus futuros sucessores, de forma justa, e jamais permitamos que estranhos, com interesses estranhos, tomem o poder no nosso Flamengo novamente.
Finalmente, algumas breves palavras ao nosso maior ídolo: Zico, seja bem vindo de volta ao Flamengo, a sua casa, e obrigado por tudo o que você já fez e representa para o nosso clube.
Parabéns a todos nós e longa vida ao nosso Flamengo.
SRN a todos.