quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Melancolia e esperança!


Melancolia é o retrato perfeito do time Flamengo neste final de temporada expressada em todo o seu tamanho, no último domingo, no empate que deu o penúltimo empurrão no Palmeiras no rumo, novamente, da Segunda Divisão do Brasileirão. Aos responsáveis pelo futebol rubro-negro deveria preocupar muito esse estranho comportamento de treinar a semana inteira e voltar com igual ou pior desempenho para o jogo seguinte, fato que já vem de longe, pois lembro de discussões durante a Copa das Confederações, em 2005, quando em 40 dias o time atuou 4 vezes no BR, uma partida a cada 10 dias, com pífias atuações progressivas. Em geral, na visão pós-jogos dos treinadores de plantão, o time sempre se sai muito bem, melhor do que visto durante a partida pelo torcedor, embora movido a emoção, com uma exceção para o atual técnico, Dorival Júnior, que tem reconhecido a ruindade das apresentações da equipe e a necessidade de se preparar melhor para, no futuro, obter resultados compatíveis com o status do mais-querido. Para ele, o momento era de apagar as chamas, com o elenco recebido no meio do fogo cruzado dentro da competição, daí a opção por jogadores mais experientes em vez da prioridade na renovação do time, considerando que os garotos lançados às feras famintas não corresponderam. Mas, agora, tudo mudou, há uma pré-temporada pela frente e um Estadual que pode ser usado como sua extensão para a formação de um elenco compatível com as exigências do mercado e, dele, montar um time que mereça esse nome e não um bando correndo atrás de uma bola, conforme cansativa rotina vivenciada ao longo deste ano;

Imediatismo e açodamento dominam o coração e a alma de grande parte da torcida quando se trata das exigências relativas aos jogadores formados nas divisões de base. Ora são novos Zicos e Adílios da fornalha "Craque o Flamengo faz em casa", ora são nada disso. Li e ouvi vários "Volta Felipe" em decorrência da falha de Paulo Victor no gol do Palmeiras, que abriu o placar em Volta Redonda, sem levarem em consideração suas grandes atuações a partir do momento em que entrou na tensa partida contra o Atlético MG, no Independência em Minas Gerais, em substituição ao titular Felipe, que torcera sozinho o tornozelo. Foram três sucessivas ótimas partidas realizadas, diversas defesas espetaculares efetuadas contra o próprio Galo naquela noite, Figueirense e Náutico, que muito contribuíram para afastar definitivamente o Flamengo da zona de perigo. Esta é uma das posições que mais tenho tranquilidade para os próximos anos, pois temos três grandes goleiros: Felipe, Paulo Victor e César;

Esperança é o que há, também, no coração e na alma da maioria da torcida rubro-negra nos candidatos da onda azul, que vão ganhando votos do quadro social para transformar o clube numa potência através de um programa que privilegia a responsabilidade fiscal, trabalhista, marketing e o futebol, sendo este o responsável por carregar em suas largas costas praticamente todo o custeio da casa, com receitas de mais de R$ 200 milhões/ano que, certamente, serão gerenciadas através de um novo modelo de gestão empresarial exigido pelo gigantismo da instituição.

Que o arcaísmo seja coisa do passado a partir de janeiro de 2013. Oremos!

SRN!