terça-feira, 13 de novembro de 2012

A transição e um "futuro" para o futebol do Flamengo


Antes de mais nada, este texto é uma revisão do texto publicado em 01/2012, A solução da transição. Já há bastante tempo penso que a transição dos jogadores da base se dar de forma gradual, mas com observação contundente do clube. Como isso seria feito? O tema é controverso, importante e custoso, mas que poderia ser até lucrativo para o Flamengo, dando ainda experiência aos nosso jovens atletas, o Flamengo B. É sabido pela maioria que os grandes clubes da Europa fazem este trabalho para a transição de seus atletas, sem que estes jogadores sejam “emprestados” e para que se desenvolvam naturalmente. Um Flamengo B poderia ser uma opção para que se mantenham em ritmo de jogo e sejam feitas observações às “observações”. Como no Brasil existem apenas 4 divisões no futebol brasileiro e os “malditos campeonatos estaduais” (muito inchados, ficam pior ainda), não há a possibilidade de que algum clube inscreva um time B na ultima divisão nacional. Mas vejo uma solução atrativa para nós e que ainda mobilizaria torcida para este time: Deveríamos comprar ou nos associar a algum clube em São Paulo. Porque?

Com este artificio se mata dois coelhos com uma cajadada só, abastecendo ao mercado paulista e brigando com nossos rivais dentro de seus domínios, mostrando nossa força no interior e na capital. Imaginem o Flamengo tirando a vaga de algum grande nas finais do Paulista ou chegando até final? Quem sabe decidindo como aconteceu com Santo André e outros. A única opção, já para 2013 seria o São Caetano, da primeira divisão paulista e sem torcida. O clube do ABC Paulista tem uma vaga na segunda divisão do campeonato brasileiro, o que faria o Flamengo B jogar em lugares do país onde demora muito para passar. Melhor ainda seria jogar com a camisa do Flamengo, escudo do Flamengo, uniforme profissional e “mudando” o nome do clube da cidade para Flamengo/São Caetano, como se faz normalmente no basquete ou vôlei, dando direito à cidade a participação nos backdrops e nos espaço para patrocinadores, inclusive na camisa, que não teria então os mesmos patrocinadores da matriz, uma boa composição para as partes, se bem arquitetada. Ainda teríamos a possibilidade de jogar algumas partidas no Pacaembu. Como primeira medida, já colocaria os jogos do Flamengo contra Portuguesa, Guarani e Ponte Preta no Pacaembu. O resto dos mandos na cidade sede inclusive nos jogos contra os grandes, para dar retorno financeiro para a cidade.

Sei que este tipo de clube é gerido por de empresários, mas quem não gostaria de ter uma parceria com o Flamengo? Que prefeitura não apoiaria? O retorno poderia ser gigantesco. É uma forma de maturação bastante utilizada no futebol contemporâneo e cito exemplos: Xavi, Iniesta e Messi no Barcelona, Thomas Muller no Bayern de Munique, Fábregas e Henry no Arsenal e Vagner Love no Palmeiras. Sim! Vagner Love é produto do time B do Palmeiras e foi lá que ganhou este apelido. Temos hoje na equipe de cima Paulo Vitor, César, Frauches, Wellington, Muralha, Luiz Antônio, Thomaz, Camacho, Lucas, Adrian, Matheus, todos formados em casa e a maioria rodando desde o ano passado, fora os atletas que foram emprestados. Todos poderiam ter feito uma transição muito mais tranquila se tivessem passado por uma equipe B. Com a fornada de Caio Rangel (a nova joia, veremos), Felipe Dias (pode dar caldo), Rafinha e outros que ainda podem surgir. O time será mais barato e feito em casa, e logicamente com reforços importantes que virão, pode ser uma geração vitoriosa. Nos tempos atuais de crises econômicas não venderemos eventuais promessas, o mercado está muito ruim, a não ser que surja alguém dos mercados emergentes ou um fenômeno.

Os atletas que estão estourando ou estouraram a idade iriam para lá, reforçados por jogadores dispensados e sem clube em vista e alguns reforços medianos. Seria uma excelente fonte para observação, vitrine. É uma nova porta para o desenvolvimento dos jogadores do clube e dos negócios. Quem já faz isso é o Corinthians no Paraná, o Palmeiras B e Internacional B que funciona apenas no primeiro semestre. Seria diferente, neste caso com o São Caetano porque haveria competição por toda a temporada e perto da capital, facilitando a logística. Um time B pode ser o futuro do futebol do Flamengo, que por sua vez manteria seus atletas em ação, competindo, ativos. Seria ótimo para preparar os atletas para a equipe principal e eventualmente fazer dinheiro seja por força do marketing, seja pela venda dos atletas que não seriam mais aproveitados. Um orgulho para quem deseja vestir a camisa do Mengão e um sonho para quem quer jogar no time principal. Imaginem o Flamengo campeão carioca e paulista ao mesmo tempo? O mercado publicitário veria o Flamengo com outros olhos e ainda tomaríamos mercado de nossos maiores concorrentes Santos com Neymar, São Paulo e Corinthians em seu quintal. Se formarmos bem teremos um time barato e duradouro e bem preparado para enfrentar as pressões ou alguém acha que jogar a série B é fácil  Melhor, realizaríamos o sonho da arco-íris jogando a segundona, mas NUNCA com A equipe principal.

Ubique, Flamengo!
SomoFlamengo, VamoFlamengo!
DesocupPatrícia!

Parcomentar, basta clicantítuldpost.

P. S.: Desabafo:

Toda vez que exponho uma mazela da administração do Flamengo sinto que faço minha parte e, mesmo assim, sinto-me mal também. Digo isso porque minha coluna de terça-feira (hoje) já estava escrita desde sexta passada, pronta para ser publicada, num instante tumultuado. O clube está fervilhando e eu escrevendo sobre estrutura, sinto-me atado, mesmo assim faço minha parte, a de informar, me formar, reformar minhas opiniões sobre assuntos que possam ajudar ao Flamengo a ser o Flamengo que sonhamos, que sentimos. Quantas não foram as vezes que mudei de ideia e saí "de meu pedestal" depois das opiniões e reflexões dos blogueiros?
Parabéns e obrigado ao Rocco, ao Henrin, ao Gustavo, ao Mouta, ao Guilherme, à Leila, ao Mauro, ao Rafael, companheiros colunistas. De modo geral ao Buteco e ao Pedrada, duas casas que trazem a mim satisfação e conforto, renovando diariamente o orgulho e a alegria de ser rubro-negro!
Cada um do seu jeito vai à luta como puder. Meu caminho é esse, por enquanto. Mais uma vez, obrigado e parabéns a todos!
A(s) casa(s) é (são) nossa(s)!