Antes
de mais nada, este texto é uma revisão do texto publicado em
01/2012, A
solução da transição.
Já há bastante tempo penso que a transição dos jogadores da base
se dar de forma gradual, mas com observação contundente do clube.
Como isso seria feito? O tema é controverso, importante e custoso,
mas que poderia ser até lucrativo para o Flamengo, dando ainda
experiência aos nosso jovens atletas, o Flamengo
B.
É sabido pela maioria que os grandes clubes da Europa fazem este
trabalho para a transição de seus atletas, sem que estes jogadores
sejam “emprestados” e para que se desenvolvam naturalmente. Um
Flamengo
B
poderia
ser uma opção para que se mantenham em ritmo de jogo e sejam feitas
observações às “observações”. Como no Brasil existem apenas
4 divisões no futebol brasileiro e os “malditos campeonatos
estaduais” (muito inchados, ficam pior ainda), não há a
possibilidade de que algum clube inscreva um time B na ultima divisão
nacional. Mas vejo uma solução atrativa para nós e que ainda
mobilizaria torcida para este time: Deveríamos comprar ou nos
associar a algum clube em São Paulo. Porque?
Com
este artificio se mata dois coelhos com uma cajadada só, abastecendo
ao mercado paulista e brigando com nossos rivais dentro de seus
domínios, mostrando nossa força no interior e na capital. Imaginem
o Flamengo tirando a vaga de algum grande nas finais do Paulista ou
chegando até final? Quem sabe decidindo como aconteceu com Santo
André e outros. A única opção, já para 2013 seria o São
Caetano, da
primeira divisão paulista e sem torcida. O clube do ABC Paulista tem
uma vaga na segunda divisão do campeonato brasileiro, o que faria o
Flamengo
B
jogar
em lugares do país onde demora muito para passar. Melhor ainda seria
jogar com a camisa do Flamengo, escudo do Flamengo, uniforme
profissional e “mudando” o nome do clube da cidade para
Flamengo/São Caetano, como se faz normalmente no basquete ou vôlei,
dando direito à cidade a participação nos backdrops e nos espaço
para patrocinadores, inclusive na camisa, que não teria então os
mesmos patrocinadores da matriz, uma boa composição para as partes,
se bem arquitetada. Ainda teríamos a possibilidade de jogar algumas
partidas no Pacaembu. Como primeira medida, já colocaria os jogos do
Flamengo contra Portuguesa, Guarani e Ponte Preta no Pacaembu. O
resto dos mandos na cidade sede inclusive nos jogos contra os
grandes, para dar retorno financeiro para a cidade.
Sei
que este tipo de clube é gerido por de empresários, mas quem não
gostaria de ter uma parceria com o Flamengo? Que prefeitura não
apoiaria? O retorno poderia ser gigantesco. É
uma forma de maturação bastante utilizada no futebol contemporâneo
e cito exemplos: Xavi, Iniesta e Messi no Barcelona, Thomas Muller no
Bayern de Munique, Fábregas e Henry no Arsenal e Vagner Love no
Palmeiras. Sim! Vagner Love é produto do time B do Palmeiras e foi
lá que ganhou este apelido. Temos hoje na equipe de cima Paulo
Vitor, César, Frauches, Wellington, Muralha, Luiz Antônio, Thomaz,
Camacho, Lucas, Adrian, Matheus, todos formados em casa e a maioria
rodando desde o ano passado, fora os
atletas que foram emprestados. Todos poderiam ter feito uma transição
muito mais tranquila se tivessem passado por uma equipe B. Com
a fornada de Caio Rangel (a nova joia, veremos), Felipe Dias (pode dar caldo), Rafinha e outros que ainda podem surgir. O time será mais
barato e feito em casa, e logicamente com reforços importantes que
virão, pode ser uma geração vitoriosa. Nos tempos atuais de crises
econômicas não venderemos eventuais promessas, o mercado está
muito ruim, a não ser que surja alguém dos mercados emergentes ou
um fenômeno.
Os
atletas que estão estourando ou estouraram a idade iriam para lá,
reforçados por jogadores dispensados e sem clube em vista e alguns
reforços medianos. Seria uma excelente fonte para observação,
vitrine. É uma nova porta para o desenvolvimento dos jogadores do
clube e dos negócios. Quem já faz isso é o Corinthians no Paraná,
o Palmeiras B e Internacional B que funciona apenas no primeiro
semestre. Seria diferente, neste caso com o São Caetano porque
haveria competição por toda a temporada e perto da capital,
facilitando a logística. Um time B pode ser o futuro do futebol do
Flamengo, que por sua vez manteria seus atletas em ação,
competindo, ativos. Seria ótimo para preparar os atletas para a
equipe principal e eventualmente fazer dinheiro seja por força do
marketing, seja pela venda dos atletas que não seriam mais
aproveitados. Um orgulho para quem deseja vestir a camisa do Mengão
e um sonho para quem quer jogar no time principal. Imaginem o
Flamengo campeão carioca e paulista ao mesmo tempo? O mercado
publicitário veria o Flamengo com outros olhos e ainda tomaríamos
mercado de nossos maiores concorrentes Santos com Neymar, São Paulo
e Corinthians em seu quintal. Se
formarmos bem teremos um time barato e duradouro e bem preparado para
enfrentar as pressões ou alguém acha que jogar a série B é fácil
Melhor, realizaríamos o sonho da arco-íris jogando a segundona, mas
NUNCA com A equipe principal.
P. S.: Desabafo:
Ubique, Flamengo!
Somos Flamengo, Vamos Flamengo!
Desocupa Patrícia!
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P. S.: Desabafo:
Toda vez que exponho uma mazela da administração do Flamengo sinto que faço minha parte e, mesmo assim, sinto-me mal também. Digo isso porque minha coluna de terça-feira (hoje) já estava escrita desde sexta passada, pronta para ser publicada, num instante tumultuado. O clube está fervilhando e eu escrevendo sobre estrutura, sinto-me atado, mesmo assim faço minha parte, a de informar, me formar, reformar minhas opiniões sobre assuntos que possam ajudar ao Flamengo a ser o Flamengo que sonhamos, que sentimos. Quantas não foram as vezes que mudei de ideia e saí "de meu pedestal" depois das opiniões e reflexões dos blogueiros?
Parabéns e obrigado ao Rocco, ao Henrin, ao Gustavo, ao Mouta, ao Guilherme, à Leila, ao Mauro, ao Rafael, companheiros colunistas. De modo geral ao Buteco e ao Pedrada, duas casas que trazem a mim satisfação e conforto, renovando diariamente o orgulho e a alegria de ser rubro-negro!
Cada um do seu jeito vai à luta como puder. Meu caminho é esse, por enquanto. Mais uma vez, obrigado e parabéns a todos!
A(s) casa(s) é (são) nossa(s)!