Bom dia, Buteco! Estava pensando na situação atual do Flamengo, enquanto clube de futebol profissional, e durante minha reflexão fiquei assustado com a conjuntura desfavorável que hoje cerca o Mais Querido: a equipe, em queda livre no Campeonato Brasileiro, vê acima na tabela, disputando o título, o seu arqui-rival, "irmão Karamazov", algo insuportável para significativa parcela da torcida; o time do ex-treinador, demitido no final do ano após enorme desgaste e uma briga pública e queda de braço com a maior estrela do time e parte da diretoria, e o novo time (cuja torcida nos detesta, diga-se de passagem) dessa mesma ex-maior estrela do time, que agora processa o clube na Justiça do Trabalho pedindo a "módica" quantia de R$ 80 milhões. E não é só: à espreita, como primeiro time na ZR, e perseguindo o Mais Querido, o genérico pernambucano, aquele que "reivindica" o título de 1987. É um ano em que tudo parece acontecer e se voltar contra o Flamengo. Para piorar, o time demonstra uma fragilidade não vista há muitos anos e a ascensão de rivais ocorre num contexto completamente desmoralizante e vexatório para o clube, como um ente desorganizado no qual não as coisas não dão certo e não fluem. E o mais importante: a bola não entra! A Magnética, outrora em estado de graça, agora parece expiar os seus pecados num sofrimento anteriormente jamais experimentado, num contexto de elevação de mortais inimigos e de humilhação pública do clube.
Do que precisamos? De um exorcista? De um banho de sal grosso? De uma benzida? De tudo um pouco? Ou simplesmente de fazer as coisas da maneira certa? Bem, acho que uma forcinha do nosso Padroeiro São Judas Tadeu não seria nada mal neste momento. O mais importante é fazer a inhaca sair e o (ou seria "a"?) "Coisa-Ruim" cair fora. O que sei é que à medida em que os anos se vão a gente passa a ter algumas certezas na vida. Uma das que eu acredito ter é que certas pessoas carregam consigo a sina da derrota, da catástrofe e do "andar para trás". Espero que essa mulher saia do clube no final do ano com o time ainda na Série A do Campeonato Brasileiro.
Vade Retro!
Sangria estancada
O empate de ontem contra o Grêmio, em termos de resultado, em absolutamente nada nos serviu. Precisávamos dos três pontos. Porém, é certo, em contrapartida, que a sangria das derrotas consecutivas foi estancada e por via de um segundo tempo dignamente jogado. A formação escolhida por Dorival no primeiro tempo não deu certo. O time entrou "torto" em campo. Leo Moura ficou perdido no meio e Ramon isolado na esquerda sem ter com quem tabelar. Luiz Antonio não marcou nem armou e Ibson correu atabalhoadamente sem qualquer efetividade, como de costume. O único a se sobressair foi Cáceres, pelo espírito de luta, dividindo todas e tentando levar o time à frente. Liedson foi notado por duas vezes ao perder dois gols feitos e o gol do Grêmio saiu após uma troca de passes em que Luiz Antonio deixou Marcelo Moreno livre, desmarcado.
No segundo tempo, além da substituição de Adryan por Luiz Antonio, Dorival mexeu taticamente e ambas as mudanças surtiram efeito: o time voltou mais ligado e Leo Moura passou a ocupar o setor ofensivo direito do ataque, como um ponta, voltando para auxiliar o lateral na marcação, porém sem essa função primordial, onde participou bem de algumas jogadas. Adryan, por sua vez, ocupou a faixa da meia e ponta esquerda e atuou bem, tendo empatado a partida numa cobrança magistral de falta, que Zico assinaria sem qualquer receio. Com o time mais organizado, até mesmo Ibson subiu de produção, tendo participado bem de algumas jogadas. O time como um todo passou a jogar de forma mais harmoniosa, bem posicionado em campo.
Merecem destaques ainda as atuações de Wellington Silva e Nixon. O primeiro cada vez mais me dá certeza que não tem o nível técnico para estar no elenco de um clube como o Flamengo, mas, no estado em que as coisas estão, taticamente poderá ser um jogador extremamente útil até o final do ano, especialmente porque fecha bem o setor defensivo pela direita, algo que Leonardo Moura não mais consegue fazer, e o jovem atacante mostrou ser veloz e destemido, entrando em todas as divididas com muita coragem, quase marcando um gol.
Dorival conseguiu, após semanas de fracassos e frustrações, encontrar uma formação que jogasse um tempo de forma minimamente organizada e digna. Contra o lanterna do campeonato, no próximo domingo, e tendo uma semana para treiná-la, é só não querer inventar a roda que terá todas as condições para elevar o nível de jogo do time e voltar de Goiânia com três pontos. Luiz Antonio parece ser a opção mais lógica para substituir Leo Moura, que levou o terceiro cartão amarelo, até porque já teve boas atuações exatamente naquela função. E se Dorival achar que ainda não é a hora de Nixon começar jogando, que não demore tanto para substituir Liedson, que visivelmente ainda não consegue jogar 90 minutos.
Agora é só não inventar e fazer as coisas da maneira mais simples. E o simples é manter o que começa a dar certo.
Bom dia e SRN a todos.
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