Buongiorno, Buteco! Gostaria de retomar a prosa de ontem pelo final da coluna. O momento da equipe é realmente muito ruim, o campeonato inicia o segundo turno e começa a ser definido. Por isso mesmo, passa a faltar tempo e chances para recuperação dos fracassos. A torcida do Flamengo viveu emoções distintas ao longo desse Campeonato Brasileiro, talvez não a ponto de aspirar o título, porém chegou a sonhar com uma vaga na Libertadores, mas agora parece definitivamente torcer apenas para terminá-lo com tranquilidade, de preferência longe da força gravitacional da temida "ZR". Dorival Júnior chegou a fazer a torcida sonhar com o melhor, mas vive agora o pior. E são nos piores momentos que pensamos nas piores possibilidades, os jogadores parecem os piores possíveis; os jovens dão a impressão de não ter a menor condição de suportar a competição e os medalhões parecem não ter mais qualquer utilidade. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. In medio stat virtus (A virtude está no meio).
Não acho que escalar apenas jovens resolverá o problema do Flamengo nesse campeonato; muitos não estão sequer em condições de entrar no final dos jogos para segurar resultados e ganhar experiência; ao mesmo tempo, acho inadequado e exagerado escalar o time apenas com jogadores experientes, pois evidentemente alguns desses jogadores experientes, para sermos econômicos e polidos na definição, simplesmente não estão rendendo, ou ao menos rendem bem menos do que alguns desses jovens. Sim, porque pelo menos alguns deles demonstram condições de serem titulares ou entrarem nos jogos em igualdades de condições com outros jogadores. Refiro-me a Luiz Antonio, Muralha e Adryan.
Por outro lado, preciso reconhecer que alguns dos medalhões são necessários. Mesmo Renato Abreu, jogador cujo desempenho não me agrada e ao qual atribuo grande parte da responsabilidade por o time não ter engrenado no meio de campo desde que voltou ao clube, terá sua utilidade com o planejamento para o final do ano resumindo-se a permanecer na Série A confortavelmente longe da "ZR". Leonardo Moura, da mesma forma, se me parece cansado, sem fôlego para ser um lateral direito defensivamente seguro, ofensivamente ainda pode ser muito útil. Talvez seja preciso que todos nós respiremos fundo, analisemos bem o que o time tem pela frente até o final do ano e ponderemos que não estamos falando em mais longos anos com esses dois jogadores, mas sim até o final do campeonato. É claro que teremos que torcer para que essa "formidável" diretoria não faça algo de insensato com seus contratos até lá.
O mais importante, ao meu ver, parece ser não discutir com "Sua Excelência, o Fato", e fazer o simples, o certo, o objetivo e evidente. É fato que lançar novos jogadores das divisões de base nesse momento parece não ser boa ideia. Não faz sentido deixar um jogador com a bagagem do Aírton no banco. Não há sentido algum em insistir com o Ibson, principalmente, e o Bottinelli nesse momento, se tudo o que se vê da parte deles em campo é o mais completo e integral retrato da iniquidade e da omissão, a ponto de contaminar o restante do time.
Nos próximos jogos, as ausências de González e Cáceres serão muito sentidas, é verdade, mas, embora escasso, o elenco ainda oferece opções para enfrentar os adversários de igual para igual, a depender da postura em campo. Felipe, Luiz Antonio, Welinton, Tiago Medeiros e Ramon; Aírton, Muralha, Leo Moura e Adryan; Vagner Love e Thomas (Liedson).
Com certeza os amigos pensarão em formações melhores, mas o ponto é: não há razão para entrar em desespero. Outros times no campeonato passaram e passam por momentos difíceis. O Bahia, por exemplo, deixou um certo time de quatro ontem em São Januário....
E você, amigo e amiga do Buteco? Qual time escalaria para quarta-feira e demais jogos na sequência do campeonato?
Bom dia e SRN a todos.