O dinheiro do Flamengo, assim como o dinheiro do Brasil como nação nos Jogos olímpicos parece ter sido mal gasto. Esta é a impressão que tenho. Logicamente algumas boas novas, normal que isso ocorra em jogos olímpicos, que considero o “campeonato mundial dos esportes combinados”, realizados em um mesmo período curto de 19 dias, o que é fantástico.
Em se tratando de Flamengo o desempenho de seus principais atletas foi muito ruim tirando os atletas do Basquetebol masculino. Fabiana Beltrami, campeã mundial do remo, em uma categoria não olímpica (individual) não conseguiu ir a uma final na dupla; Diego Hipólito terminou sua participação com um tombo com 10 segundos de participação e César Cielo foi batido por seus rivais. Acharia normal se não fossem as desculpas dadas. Sinceramente penso que desde a história do dopping, César vem mal psicoemocionalmente, penso que o clube deve ajudá-lo. Falando em dopping, a nota triste é que o único caso brasileiro foi exatamente de um atleta do clube, no remo.
Como construir um Flamengo olímpico de verdade? Olhando obviamente para a formação de atletas/cidadãos, e porque não, tirando proveito disso, tanto na própria prospecção de atletas, quanto nos benefícios fiscais, entre outros. Tentarei explicar o que penso dever acontecer em tópicos:
- Não podemos inventar mais novas modalidades. Iremos com as que temos e são 6 (Basquete, Vôlei, Desportos Aquáticos, Remo/Canoagem, Ginástica, Judô);
- Aprimoramento e dedicação total a estes esportes;
- Construir um centro olímpico de prospecção de talentos e de desenvolvimento de atletas, um CT Olímpico, fora da Gávea, onde ficariam apenas as escolinhas;
- Formar gerações para 2020 e 2024, não para 2016, assim geraríamos o “desenvolvimento sustentável” dos esportes autonomamente, sem que dependam do futebol;
- Grandes peneiras de atletas.
Como fazer isto com as condições atuais?
- Convênio com a secretaria municipal de educação para que algumas escolas da cidade olímpica sejam cooperadas com o trabalho do clube;
- Criação de polos específicos nestas escolas, dado que não existe o centro olímpico do clube;
- Escolha de 18 escolas que fariam este trabalho de polo/prospecção, três para cada esporte;
- Profissionais do clube capacitando e supervisionando os professores destas escolas, para trabalho integrado;
- Peneiras nas escolas, que aceitariam estudantes de outras escolas para o desenvolvimento dos mesmos, e estes depois de selecionados devem estudar na escola em que praticam o esporte, ou seja, uma espécie de bolsa-esporte, educação e mérito;
- Projeto integrado de educação e esporte nas escolas, educação integral das 9 da manhã às 4 da tarde, com educação treinamento, acompanhamento médico/odontológico/psicológico;
- Capacitação de recursos públicos por um projeto bem estruturado, via leis de incentivo fiscal;
- Um patrocinador para cada modalidade, que teria condições ainda de integrar suas marcas investindo nos projetos de prospecção e formação.
Com todos estes aspectos postos se garantiria o futuro dos esportes do clube, a competitividade dos mesmos, não se teriam falcetas ou falácias sobre um Flamengo olímpico, os custos seriam baixos par o estado e para o clube e o retorno grandioso. Além disso, as empresas por meio de uma cota básica de patrocínio ou o patrocínio integral das modalidades teriam retorno mercadológico garantido, e por consequência garantiriam a autonomia de gestão das modalidades. Não é preciso dizer que para tanto dependeríamos de uma gestão profissional de tudo isso. Temos bons modelos, como por exemplo, o projeto da Unilever no Paraná e no Rio de Janeiro (tendo o vôlei como base). Estas linhas mal traçadas podem ser amplificadas e melhor desenvolvidas, tento apenas dar um direcionamento também profissional ao criticado e também atado esporte olímpico do Flamengo, que é sim , salvo a exceção do basquete, muito mal gerido.
Ubique, Flamengo!
Somos Flamengo, Vamos Flamengo!
Desocupa Patrícia!