quarta-feira, 16 de maio de 2012

Vai começar a festa!


 Ilha do Retiro

Apesar da dupla predadora, Patrícia Amorim e Joel Santana, de todos os sonhos de sucesso do Flamengo no primeiro semestre deste ano, acredito num resultado favorável na estreia do clube no Brasileirão, sábado que vem, na Ilha do Retiro, contra o Sport, que volta de mais um período na  Segunda Divisão do Campeonato Nacional, da qual foi o legítimo Campeão em 1987, fato que ninguém pode negar o devido reconhecimento e subtrair-lhe os méritos. Somos testemunhas oculares desse importante evento da história do bravo Sport Clube de Recife!!!

Creio numa vitória, apesar também de o Flamengo não ter aproveitado eficazmente o período de férias forçadas a que foi submetido, transformando-o em proveitosa pré-temporada, como qualquer bambala da várzea faria, para sair na frente dos rivais desgastados com o envolvimento em acirradas partidas valendo pelos Estaduais e  Libertadores, o que não se constitui numa surpresa até para quem acompanha o clube uma vez por mês, olhando de longe ou através do noticiário no jornalzinho gratuito distribuido pelo metrô carioca, já que a bagunça é notória e corriqueira, caracterizando o status quo da (des)organização rubro-negra, onde o caos merece ser chamado intimamente por "você, meu amigo de fé, meu irmão camarada", numa alusão ao querido Rei, que para não ser perfeito torce pelo time que estampa um cinto de segurança na camisa.

Algum passante há de contra-argumentar que o Flamengo sempre foi assim, desde muito antes de eu respirar e me alimentar através da placenta quente e aconchegante na barriga da minha mãe, D. Lourdes, e desse jeito desastroso é o maior vencedor do Estado do Rio de Janeiro, do Estadual ao Mundial. Tudo bem, a conversa fica agradável, mas nos leva inevitavelmente à conclusão  no sentido de que é preciso mudar tudo isso, do presidente ao ponta-esquerda, como se falava quando Babá nos enchia de gols  e glórias jogando por aquele setor do campo, ao lado de Joel, Moacyr, Henrique e Dida, sendo este a referência do ídolo Zico. Abre parêntese: se Deus me escutar, o Galo será um futuro presidente do Flamengo, quando então, se ainda não tiver sido feito, o Departamento de Futebol será profissionalizado. Fecho o parêntese e retorno ao caos em vermelho e preto. Se o Flamengo caótico é o maior ganhador do estado, organizado será o maior vencedor do país e (por que não?) do mundo. Potencial latente existe, em estado puro, com grande percentual de virgindade para ser explorado por gente competente, que tenha em mente servir ao clube e não servir-se dele. 

Tocando a bola de novo para o Brasileirão prestes a iniciar-se, o adversário para começar os trabalhos está numa semana conturbada pela demissão do treinador Mazola em função da perda do Estadual para o Santa Cruz, substituído por Vágner Mancini, colega igualmente defenestrado do Cruzeiro após o Galo faturar o título em Minas Gerais, além de perder o craque eleito do Campeonato Pernambucano, Marcelinho Paraíba, para o Grêmio de Barueri. Como vemos, os adversários estão com a corda esticada no pescoço, problemas não faltam, com tudo favorável ao rubro-negro carioca para voltar de Recife com três pontos conquistados, desde que não se enrole em suas próprias contradições e incompetência, atue com seriedade e que, triste escrever isso, Joel Santana mais uma vez não atrapalhe.

Para finalizar, deixo minhas boas-vindas ao Zinho e que receba de presente uma bela vitória na estreia em suas novas funções. É isso aí, lugar dos bons rubro-negros é dentro do Flamengo (Não é mesmo, Zico?...).

SRN!