quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem Patrícia Pelo Flamengo! (2)

Libertadores 2012: vexame anunciado, vexame programado, vexame consumado, tornando pó que nem para matar barata serve a "meta" traçada por Patrícia Amorim com a inestimável assessoria de Vanderlei Luxemburgo para "devolver o Flamengo ao cenário internacional", de acordo com o que pregavam à época, através do artifício que consistiu em ficar entre os primeiros no Campeonato Brasileiro de 2011. Objetivo tão verdadeiro quanto uma cédula de 25 reais. Como primeira providência para atingí-lo, D. Paty demitiu o Luxa, disciplinador além da conta para o modo Flamengo de gerir suas atividades. E para ganhar a mais importante copa sul-americana contratou um técnico especialista em vencer meros Campeonatos Estaduais, os quais comemoramos regado a chopp na noite de domingo e gozamos o arco-íris no dia seguinte, na segunda-feira. E fica por aí, o título da província não garante uma mísera vaga nem no estacionamento de um shopping da cidade, apenas nos concede uma efêmera alegria, tendo em vista que o Brasileirão se aproxima celeremente pondo as coisas em seus devidos lugares e em seu topo só vi o comandante Joel Santana com o timão nas mãos numa final, após Oswaldo de Oliveira levar um time até lá e entregar-lhe para a respectiva disputa, e no máximo com uma prancheta rabiscada com as prováveis substituições no sentido de "arrecuar os arfes" para garantir a cereja do seu bolo, que não passa de um empate, o qual lhe garante o emprego de farto salário e pouca inspiração;

O Flamengo foi eliminado da Libertadores graças à excelência da mediocridade técnica de que é dotado Joel Santana, perfeitamente compatível com a mediocridade administrativa da atual diretoria, justamente a quem caberia a responsabilidade de conduzir o clube de maior e mais apaixonada torcida do mundo mais adiante no torneio. Convenhamos que seria mágico tal façanha partindo de um treinador que, no Equador, substituiu um centro-avante por um zaqueiro e um meia por um lateral esquerdo, ficando com três laterais em campo, convidando o adversário a jogar com a liberdade de um passarinho em pleno voo. Evidentemente o resultado não poderia ser diferente de uma derrota em um jogo que estava ganho. Quem de nós desprezaria tal convite feito dentro de sua própria casa? Nem o fraco Emelec, que entrou à vontade e fez os gols que precisava para virar o placar e vencer. Ali, passaram a régua em nossas aspirações contando com a reconhecida incompetência do técnico do Flamengo, pago a preço de ouro e apresentando resultados de lata de lixo improvisada depois de comido e lambido o doce de abóbora;

E, hoje, com cara e jeito de Rei do Rio diz que vai partir pra cima do Vasco da Gama querendo chegar nas semifinais da Taça Rio para, a seguir, beliscar o Bi-Estadual. Acho que faz bem, torcerei por isso, mas faria melhor ainda se prosseguisse na Libertadores, "objetivo" do Brasileirão passado com um time já praticamente preparado para inciar o Campeonato Brasileiro a iniciar-se daqui a um mês, pois tempo é o que não lhe falta desde que queira trabalhar. Creio que peço muito desse modelo de (des)organização que fizeram do outrora consagrado Flamengo, de estrutura dominante arcaica, de jovens que copiaram o que havia de pior nas gerações que os antecederam, dos velhos e reincidentes vícios que maculam a centenária história do clube e da políticagem imunda copiada da política partidária, que envergonha o cidadão que sai de casa para votar, de dois em dois anos, dedicando seu sagrado voto a um velhaco qualquer cheio de verbos bonitos na boca e más intenções urdidas nos subterrâneos da malandragem maquiada nos programas de TV;

Felizmente, vai-se tornando senso comum até entre os mais simples torcedores o fato segundo o qual não basta substituir nomes na gestão do Flamengo, é preciso, sim, substituir o podre modelo administrativo adotado pelo clube, que privilegia o jeitinho e o "deixa comigo". O pontapé inicial dessa importante partida é a saída da Patrícia Amorim para começar tudo do zero. E para tanto somos responsáveis pela divulgação dessa necessidade como formadores de opinião dos ainda iludidos com uma ou outra vitoriazinha, aqui ou ali, que levam a destinos muito aquém de onde o clube pode e deveria chegar, explorando ao máximo o seu potencial latente representado por 35 milhões de torcedores e não por apenas 792 eleitores do social que a elegeram para a presidência do clube e, desde então, ela não sabe o que fazer com isso.

SRN!