"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. " Willian Shakespeare , em "A Tempestade".
Buongiorno, Buteco! Que venha a tempestade, com sua majestade devastadora, e varra toda a iniquidade e baixeza de espírito do Mais Querido, clube de maior torcida do mundo. Que não sobre pedra sobre pedra. Que seja tudo revelado, do verso ao anverso, e as luzes acabem com as sombras. E quem há de ter medo? Para mim, apenas aqueles que se servem hoje do Flamengo para alavancar seus projetos políticos pessoais e o transformam momentaneamente num perdedor, fraco e sem espírito nobre. Fora, corja maldita! Que sejam todos varridos e relegados ao mais completo esquecimento.
Eu começaria pela presidente incompetente, fraca, desorganizada, caótica e irresponsável, que mentiu ao assumir o clube afirmando que tinha um "projeto" para o futebol, que destruiu duas campanhas de Libertadores com atitudes irresponsáveis e fritou na frigideira da politicagem imunda o maior ídolo da história do clube, e ainda encabeça a gestão dos balanços mal explicados. Desde os tempos de Luiz Augusto Veloso, curiosamente um dos que a apoiou na campanha e ex-executivo remunerado do Departamento de Futebol em sua gestão, não vejo o Flamengo tão fraco em representatividade fora de campo. E o time dentro de campo é o espelho de sua presidente: fraco, facilmente sobrepujado, caótico, desgovernado e iníquo. Com ela iriam todos os diretores e conselheiros, presidentes de conselhos, todos que fazem parte dessa estrutura corroída e lamentável de poder.
Em segundo lugar, mandaria embora a estrela do elenco, que ganha mais de um milhão de reais por mês para se esconder em campo nos momentos decisivos; que jogou fora a confiança da maior torcida do mundo com farras irresponsáveis na noite carioca; que é o pior exemplo possível para os mais jovens e que não vem jogando porcaria nenhuma.
Depois, mandaria embora o treinador que foi contratado para se adaptar a tudo isso; o treinador do compadrio, do "jeitinho malandro", da conversa-mole, da politicagem, que tira o melhor jogador em campo e coloca o "dono do time" , um cardíaco sem a menor condição de jogo, para dividir responsabilidade e fazer política dentro do Departamento de Futebol. Mandaria embora esse treinador que de pensamento pequeno e provinciano, que já traiu o Flamengo o deixando no meio da maior competição do continente, na qual esse ano fracassou, a qual preteriu pelo torneio estadual que não leva a lugar nenhum, com a complacência da diretoria e da presidente.
Em seguida viria a barca com farta tripulação: Felipe, o rei dos rebotes e que falhou no primeiro gol ontem; Welinton e David Braz, que não podem culpar os sucessivos treinadores por seus seguidos erros de posicionamento e marcação, senão sua própria incompetência; Júnior César, que entrega um gol por jogo, mesmo quando salva, como aconteceu ontem; Willians, notívago, encrenqueiro, botinudo e incapaz de acertar um passe; Renato Abreu, ultrapassado, sem condições físicas de jogar futebol profissional, marrento, complicado e caro; Maldonado, infelizmente bichado para o futebol; Deivid, horrorosa relação de custo e benefício, e Itamar, que dispensa comentários.
Faltou alguém nessa barca? Por favor, ajudem-me a completá-la, se for o caso.
A Bonança
Passada a tempestade, contataria um treinador estrangeiro atualizado com os padrões táticos e de treinamento utilizados no primeiro mundo do futebol. Com ele faria as contratações necessárias: lateral direito reserva, lateral esquerdo titular, volantes decentes (Muralha e Luiz Antônio, hoje, não podem ser titulares no Brasileiro) e meias armadores de verdade, além de uns dois bons atacantes.
Com isso, poderíamos pensar em título; com o treinador e elenco atuais, além da filosofia de trabalho, há risco da tempestade não passar tão cedo e os seus efeitos serem devastadores.
Que venha agora a tempestade e a bonança produza seus resultados em um mês, a partir do dia 20 de maio de 2012, no início do Campeonato Brasileiro de 2012.
Bom dia e SRN a todos.