quarta-feira, 4 de abril de 2012

Flagunça!

O Flamengo semeou abacaxi, adubou corretamente a sua plantação e vai colher abacaxis. Nenhuma surpresa nessa retribuição justa oferecida pela sábia natureza. Fantástico seria se comesse morangos em consequência do seu trabalho. Escrevo isso porque o Inferno de Dante é logo ali em caso de empate ou derrota para o medíocre Emelec na noite de hoje, em Guayaquil, sendo praticamente desclassificado logo na 1ª fase da Libertadores, competição objetivo do projeto fake da dupla Luxemburgo e D. Paty para o Campeonato Brasileiro do ano passado a fim de aplacar os ânimos da galera rubro-negra diante do fracasso que se constituiu a não conquista do Heptacampeonato.

Como torcedor acredito sempre em vitórias, mas tenho no currículo o sepultamento de certezas absolutas no futebol e passo a levar isso em conta à medida que o clube não incorpora em seu modus vivendis o aprendizado colhido através de erros recorrentemente cometidos, como se houvesse um compromisso com uma regra estapafúrdia que o obrigasse a errar, e pior, voltar a errar sistematicamente.

Ontem, o treinador de plantão, se é que merece tal denominação, disse que iria ignorar e não se estressaria com a partida entre Lanús e Olímpia, numa postura arrogante para quem surfa em águas fecais, encontrando-se em posição inferior na tabela em relação aos dois clubes desprezados em sua declaração, sendo que enfrentará o Lanús no jogo que poderá estabelecer definitivamente como será a vida do Flamengo na competição. Logo, para qualquer estagiário em futebol, a partida acima citada não é para ser ignorada por aquele cidadão investido na condição de treinador do Flamengo. Um torcedor até pode largar tudo e optar em fazer coisas mais agradáveis do que assistir um time dirigido por Joel Santana jogar uma partida de futebol, mas não é prerrogativa do dito cujo, é sua obrigação primária ver como atua e estudar cada adversário, principalmente estando o clube boiando em águas sujas para as quais foi (mal) conduzido por ele.

E o que acontece? Nada, literalmente nada por parte de quem também deveria cobrar um mínimo de profissionalismo de todos os profissionais que vestem o manto rubro-negro. Mas isso, novamente, não se constitui qualquer novidade. Se Ronaldinho Gaúcho não é um profissional compenetrado no que faz, por que Joel Santana deveria sê-lo? Faz sentido, tudo combina com o Flamengo atual.

Quanto à equipe, impressiona a incapacidade dos treinadores brasileiros em formar uma time de futebol, no sentido amplo do termo, com conjunto e harmonia, sem entrar no mérito do quesito qualidade, com cada jogador que entra em campo sabendo exatamente o que, como e quando realizar determinados fundamentos que fazem a diferença nos noventa minutos de um jogo. Para ficar apenas nos dois últimos anos, de Luxemburgo a JS, o que entra em campo vestido com o uniforme do Flamengo pode ser tudo, menos um time. Com Luxa, justiça seja feita, atuava-se bastante no aspecto preparação, porém, o Flamengo na maioria das vezes não passou de um bando em campo. Treinava-se muito até com o predador Willians para aprender a dar um simples passe bem executado. Na prática, valendo três pontos, não se via qualquer resultado advindo dos treinamentos, nem por parte do volante tampouco do do time. Com Joel, em campo o Flamengo tem feito alguns bons tempos, como domingo na primeira parte do jogo com o Bangu, graças à saída de um volante para a entrada de um atacante ao lado do Love, o que proporcionou melhor distribuição dos jogadores e a bola rolou com mais velocidade da defesa para o ataque, sempre que não passava pelo volante Willians, que não sei o que ainda faz no clube, embora como todos aqui, sei o que faz num jogo de bola: desarma e bate até ser justamente expulso. Uma injustiça naquele jogo contra o time de Moça Bonita a ausência do garoto Luiz Antônio, já que ele e Muralha, Ronaldinho e o Hermano oscilante apoiando Deivid e Love, iam fazer a melhor apresentação do ano, o que chegou perto de acontecer ainda no primeiro tempo.

Para a encrenca de logo mais contra o mais fraco do grupo, não sei o que pensa Joel Santana. Como defendeu a tese de que um time começa pela retaguarda, receio que entre com três volantes até o placar de 1 a 0 contra a gente. Depois, faz a formação acima para tentar empatar e virar o jogo. Eu prefiro começar ganhando.

SRN!