Um
estádio para o Flamengo é um sonho anterior ao ano de 1938,
inauguração do Estádio
José Bastos Padilha, na Gávea.
Mas pergunto
a mim mesmo: será que ficaremos para trás, até com copa do mundo
e jogos olímpicos? Com economia de crescimento maior do que a média
do planeta e o esporte de alto nível fincando bandeira
definitivamente no Brasil, como entretenimento,
não pode ser possível ficarmos para trás. Já toquei no assunto na
coluna "Minhas
ideias para um Flamengo melhor - Parte III"
com
soluções de estádios pelo mundo que poderiam ser uteis para nós.
Citei
os exemplos de Grêmio e Palmeiras, que irão construir seus estádios
com recursos próprios, Internacional, Corinthians, Náutico,
Atlético-PR que irão se aproveitar da passagem da copa do mundo.
São Paulo, Santos, Vasco da Gama, Sport Recife, Coritiba,
Figueirense e Avaí tem projetos para a modernização e/ou a
construção de seus estádios, gerando receita à seus cofres, os
clubes de Minas terão o Independência já em Março e o Flamengo?
Continuará jogando no Engenhão? Todos caminhando, o Flamengo
“olhando a banda passar” sem cantar coisas de amor e a esperar
eternamente ao Maracanã?
Pois
bem, o estádio deve ser um modelo de negocio gerido separadamente de
outros, mas como as coisas no Flamengo não são tão simples vou
explanar duas ideias:
- Primeiro, a construção de um estádio tubular para 25.000/30.000 pessoas confortavelmente sentadas, camarotes e tudo mais, na Barra da Tijuca ou Zona Portuária (existem terrenos disponíveis para isso).
- A segunda ideia é exatamente igual a primeira, uma arena provisória que geraria renda em jogos menores, só que o provisório seria um "provisório permanente", sendo plenamente possível se construir uma estrutura destas na Gávea, estrutura “Lego” que comportaria 30.000 pessoas sem comprometer ao trânsito e a ordem na região do clube.
Sou
entusiasta de um estádio NOSSO
para
60.000 pessoas, mas boa parte da torcida e infelizmente da direção
do clube querem o Maracanã, que jamais será igual, será outro
estádio. O aluguel será caro no Maraca depois da reforma e no
Engenhão que fechará em 2014 para construção dos anéis
superiores laterais, ampliando a capacidade em 1/3 para a realização
dos jogos olímpicos.
Retomando
a segunda opção, porque
a Gávea nunca foi reformulada? Porque as associações dos moradores
dos bairros adjacentes são contrárias a construção de uma arena
esportiva no local com características de shopping, então esta
estrutura tubular aparentemente simples seria a solução, pois não
se transformaria em Shopping e ainda seria o fim daquelas
arquibancadas que podem cair a qualquer momento. Outro motivo é que
o clube nunca quis de fato se reformular, falta vontade política.
Um
exemplo de que uma arena deste porte seria excelente para o Flamengo
foi a experiência do clube com a Arena Petrobras, em 2005. Os custos desta arena em qualquer das três opções de local
estariam estimadas algo em torno de 10
a 12 Milhões de Euros, que com os Naming
rights
do
estádio + parcerias,
inclusive com a própria Nussli,
garantem a operação. Abaixo um vídeo para mostrar do que os caras
são capazes de fazer. Para a Nussli o Brasil seria um novíssimo
mercado, crescente e vasto. Seus negócios ligados a marca Flamengo,
alavancariam outras oportunidades, mas ao clube faltam ambição,
coragem, visão e noção da grandeza do Flamengo como instituição,
infelizmente.
Já
recomendei aqui, o blog http://www.estadiosearenas.com/ de Rômulo Macedo. Na coluna sobre nomes e soluções, postada no dia 28 de Janeiro, pensei em incluir seu nome para gestor do “futuro”
estádio, mas achei que seria melhor citá-lo em um post separado. Penso exatamente igual a ele na maior parte de suas colunas, que são excelentes, propositivas, com soluções perfeitamente aplicáveis no Brasil. Rômulo
Macedo, seria o nome para tocar este projeto da nossa casa, é um dos
maiores especialistas do país no assunto Projetos em arenas esportivas e sua gestão.
Um ótimo
Carnaval para a Nação!
Somos
Flamengo,
Vamos
Flamengo!
Nota da Administração do Blog: Infelizmente por problemas
extracampo (motivos profissionais e acadêmicos), nosso querido
Romeiro não poderá mais continuar a escrever suas colunas (por
enquanto, porque as portas sempre estarão abertas). Sendo assim, ocorrerá o remanejamento de datas entre os colunistas. Quem
assume a coluna de quinta-feira é Ricardo Furtado, os sábados
serão da Flamenina, Leila e como podem perceber Luiz Filho será o
colunista das terças-feiras. Teremos novidades aos domingos,
aguardem.
Todo sucesso do mundo ao Car@ Butequeir@ Romeiro, Obrigado!