quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ufa!!!

Saudações, car@os butequeir@s rubro-negr@s. Ao longo dessa semana vínhamos assistindo a um filme trash, em vermelho e preto, com cenas bizarras e assustadoras, e com um final previsível e trágico. Mas, dessa vez, o roteirista do universo resolveu surpreender e o filme trash rubro-negro teve um final feliz. Ufa!!! Porém, não podemos sempre contar com isso, pois a tendência é que nas histórias de terror, como a que vem sendo contada pela diretoria rubro-negra, o final seja sempre triste.

Ao contrário da maioria das opiniões que li pelo mundo virtual rubro-negro, mais uma vez, não gostei da atuação do time. Jogamos, novamente, de forma modorrenta e para o gasto. O único diferencial foi “a vontade” dos jogadores. O Potosi é muito fraco e mesmo assim o Mengão encontrou dificuldades para construir o resultado.

No começo do jogo, o Flamengo teve dificuldades para criar jogadas de gol. Tocava bem a bola, mas não conseguia penetrar na defesa do Potosi. O time voltou a demonstrar que não consegue ser incisivo quando tem o domínio do jogo. Ronaldinho, apesar de inspirado, estava largado, em meio a um monte de marcadores, na ponta esquerda. Tudo caminhava para um jogo arrastado, em que o gol demoraria a sair, mas as boas atuações do Léo Moura, o melhor em campo, e do Botinelli começaram a mudar a partida. Pela direita o Flamengo começou a criar chances de gol e pelo Boti foram disparados perigosos chutes de fora da área. Depois de alguma pressão veio o gol e o alívio.

Dali prá frente, esperava-se que os gols fossem acontecendo com facilidade e que seria construída uma goleada. Mas não, no segundo tempo o time voltou sonolento e o fraquíssimo time do Potosi passou a ter a posse da bola e a rondar a entrada da nossa grande área. Mais uma vez, passamos sustos desnecessários e até os 47 minutos do segundo tempo um mísero golzinho do adversário seria o suficiente para nos impingir uma desclassificação história e vergonhosa. Felizmente deu tudo certo e estamos classificados.

Depois do jogo de ontem, verifica-se que a mudança de comando no time é urgente. Com o Luxemburgo, já sabemos o que time pode dar e é muito pouco. Há mais de um ano o time é esse, o futebol também é esse e sabemos que não vamos muito longe jogando assim. O time precisa de um comando novo, para oxigenar o ambiente e apresentar novas idéias e opções.

Até o próximo jogo da Libertadores, que é o que interessa nos próximos quatro meses, tem-se quase duas semanas de trabalho. Tempo razoável para um novo técnico conhecer o time, escolher seus titulares e treinar um novo esquema tático. Ficar esperando novos resultados ruins para trocar o comando do time é o mesmo que abdicar da Libertadores. Está quase podre de tão maduro que com o Luxemburgo não dá mais e não sei o que a diretoria está esperando para promover a troca de treinador. Protelar essa situação somente diminuirá o tempo de trabalho do novo técnico e poderá gerar resultados negativos irreversíveis. Está passando da hora de mudar.

Teremos pela frente um dos grupos mais difíceis da Libertadores. Todos os quatro times que compõem a chave são competitivos e têm chances de classificação. O Olímpia, apesar de ter ficado fora das últimas Libertadores, é um dos times que mais disputou o torneio e também um dos que mais títulos conquistou. Tem tradição e deverá dar muito trabalho. O Lanus só por ser um time argentino já deve ser respeitado. O Emelec joga muito bem em casa, costuma ganhar os nove pontos que disputa por lá, e faz parte do trio de times grandes que compõem o emergente futebol equatoriano. Na coluna da próxima semana vou dissecar os futuros adversários e apresentar mais elementos sobre o que nos espera.

Car@s butequer@s, a sensação após o jogo de ontem é de alívio: UFA!!! Ser desclassificado na pré-libertadores é coisa prá time que treme de medo ao ouvir castelhano, como o Corinthians. Com o Mengão, não, definitivamente, não! Fizemos o básico e estamos classificados, mas como queremos muito mais do que isso, está na hora da diretoria ter o mínimo de bom-senso e trocar o comando do time.