O papai Joel Santana pensava que estava se dirgindo a quem quando afirmou, com ares graves de professor de teologia, que "o Flamengo jogaria como Flamengo" contra o Lanús, na quarta-feira passada, na Argentina? Até acreditei dando os créditos de confiança a quem chegava, como rege a praxe dos bons costumes, e bati de frente com quatro volantes, ao melhor estilo brucutu de jogar o anti-futebol, fazendo a bola chegar quadrada nos pés do Ronaldinho para este tentar fazer o trabalho limpo e, daí, municiar o ataque. Coitado do Deivid!
Vendo que o quarteto se limitava a mal executar a tarefa suja do jogo, eis que o treinador manda os zaqueiros realizarem a ligação direta da passagem da bola, por cima do meio de campo, com o ataque. Coitado do Deivid!
Em recente entrevista, o técnico do Barcelona, Pepe Guardiola, lembrou que durante a sua formação para a função, que exerce com categoria, gostava de conversar com Johan Cruijff e treinadores argentinos, phd's no toque de bola até a chegada à grande área adversária. Sabiamente, desprezou os professores de futebol made in Brazil, experts em bicões e chutões para onde o nariz aponta, sobretudo para o centro-avante. Coitado do Deivid!
Sábado de folia, partida decisiva contra o Resende na reestreia de Vagner Love, uma ótima oportunidade para jogar com menos cabeças de bagre na zona de inteligência do campo, porém, o mestre de plantão entrou com três volantes, os mesmos de sempre com pequena variação, que, como todos sabem, são incapazes de um passe de bola minimamente preciso. Coitados do Deivid e do Love!
Hoje, ainda na ressaca do reinado do Momo, tem jogão valendo vaga na final da Taça Guanabara com o Vasco da Gama, nosso maior e altivo rival. Ou Mr Santana muda essa enrraigada filosofia retranqueira ou coitado do Deivid, do Love e da gente.
Resta torcer, torcer, torcer,...uma vez Flamengo sempre Flamengo!
SRN!