( A arte destruidora de Steve McGhee)
O Flamengo é imbatível no fornecimento de matéria-prima para as manchetes debochadas dos jornais, rádios, televisões, sites da internet e mídia em geral. Essa cessão de informações desagradáveis para os rubro-negros normais, que expõem um modelo de gestão amador, caduco e ultrapassado, não deveria sair de graça, cabendo a cobrança de royalties por elas. E seria um clube mais rico ainda, com mais receitas disponíveis do que já possui e sem saber como gerir esse belo PIB clubístico, maior do que muitos dos 5566 municípios brasileiros;
Depois de Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Michel Levy, Alex Silva e Patrícia Amorim, ontem foi a hora e vez do Vágner Love dizer, alto e em bom som, que para resolver a sua vinda para o Flamengo: "Só se eu me comprar" em resposta à afirmação da ainda presidente segundo a qual "apenas dependia dele" para se apresentar na Gávea e depois da risível oferta do clube para quitar a compra dos seus direitos em 60 suaves prestações, fazendo concorrência ao empresário Samuel Klein, que vende aparelhos eletrodomésticos naquele esticado prazo para caber no bolso de todos, colaborando na mobilidade dos gráficos socio-econômicos do país;
A figura central dessa crise recorrente é a ineficaz presidente cuja entrevista na 2ª feira apenas mostrou, novamente e pela e-nésima vez, o seu completo despreparo para antever e ver o que está ocorrendo no clube e suas reais necessidades para a obtenção de sucesso em algumas das competições que serão disputadas este ano. Ao declarar angelicalmente que "trouxemos o Itamar, o Magal..." revelou o seu injustificável desconhecimento sobre o que são as dificuldades de uma Taça Libertadores, comparando inconscientemente aquele difícil torneio ao Campeonato da 2ª Divisão do Rio de Janeiro, no qual Itamar é um "Cristiano Ronaldo" e Magal faz um "Roberto Carlos" dos bons tempos. Pouco antes de pretender impor a todos que não havia crise, foi informada que o antigo bom zaqueiro do São Paulo, Alex Silva, não comparecera ao embarque para Sucre. E ficou com aquela carinha de paisagem de quem não sabe o que fazer e como fazer, a não ser repetir o jargão utilizado em vários momentos de indisciplina cometidos por outros atletas: "Ele está afastado do grupo". Até quando não se sabe, ou até o pirulito resolver voltar e se incorporar impunemente ao elenco do clube acéfalo;
É perfeitamente aplicável à Patrícia Amorim a fábula da tartaruga no topo do poste, que "não entende como chegou lá, não acredita que ela esteja lá, sabe que ela não subiu lá sozinha, sabe que ela não deveria nem poderia estar lá, sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá e não entende por que a colocaram lá.
Perante isto tudo o que temos que fazer é ajudá-la a descer e providenciar para que nunca mais suba no poste. pois lá em cima, definitivamente, não é o seu lugar";
Um grande favor que essa pessoa faria ao Flamengo seria um ato de amor à entidade, ou seja, reconhecer a sua situação semelhante à da tarataruga da fábula e renunciar para o bem da instituição e de sua torcida, o que seria bom para todos, inclusive para a própria que, incapacitada para exercer tão importante cargo, ficaria livre, leve e solta desse fardo mais pesado do que pode suportar como os fatos têm demonstrado, além de nos proporcionar um atrasado presentão de Natal.
SRN!