Buongiorno, Buteco! Não tem sido fácil suportar o noticiário esportivo nesse início de 2012. Parece até que o mundo rubro-negro está por acabar, num autêntico apocalipse. Pior do que perder os mais importantes jogadores do time (um, pelo jeito, já era) ou mesmo a ameaça disso acontecer em relação aos dois é a forma pela qual tudo está ocorrendo, a mais humilhante e depreciativa possível. Como conversávamos nos últimos dias nos comentários aos excelentes posts do Henrin, do Luiz Filho e da Leila, a questão não é se eu, você ou cada um dos amigos é a favor ou contra a permanência desse ou daquele atleta; é que ninguém suporta ver a reputação do Mais Querido ser jogada na sarjeta por uma diretoria irresponsável e incompetente, nem tampouco ver o clube se curvando a um jogador ou ao seu irmão empresário, submisso e derrotado, por conta das trapalhadas de sua Presidente e de seu Vice-Presidente de Finanças. Some-se a isso um dos trabalhos mais retrógrados e incompetentes de que já se teve notícias na história do clube, que é o desenvolvido por Vanderlei Luxemburgo no Departamento de Futebol, e tem-se o quadro de um clube doente, canceroso, debilitado ao extremo.
Há uma cura para esse câncer rubro-negro, ao contrário do que ocorre com grande parte das formas de câncer que se manifestam nos seres humanos: a remoção imediata dessa diretoria maldita e de o Destreinador. A remoção tanto de uma, quanto de outro, hoje, é tão improvável quanto a descoberta da cura para todas as formas de câncer; contudo, o diagnóstico, ao menos, é claríssimo: o Flamengo é, hoje, um clube canceroso. A administração de Patrícia Amorim, assim como o trabalho de Vanderlei Luxemburgo, são cancerosos e cancerígenos - desenvolvem-se de forma desordenada e caótica, contaminando todo o sistema em que se inserem, no caso, o Clube de Regatas do Flamengo e o respectivo Departamento de Futebol, com suas lambanças sequenciais e intermináveis.
Patrícia Amorim adoece o Flamengo com uma administração financeiramente ruinosa, obscura e sustentada por alianças políticas cancerosas, que está retrocedendo o clube ao ponto em que se encontrava há uma década atrás; Vanderlei Luxemburgo faz do time do Flamengo a coisa mais burocrática, ineficiente e fraca de que há tempos se tem notícia.
Desejo que a Medicina avance até a cura do câncer; sonho com o dia em que o Flamengo se livrará do seu.
Mau Presságio
O Flamengo não vencerá a Libertadores/2012. Infelizmente. Quem acompanha o Buteco sabe o quanto eu gosto da competição e o quanto é difícil para mim admitir esse fato, entregando os pontos antes mesmo do seu início. Contudo, o time titular do Flamengo sofre de câncer e enquanto jogadores como Renato Abreu (o primeiro e principal a ter que sair), Willians e Aírton continuarem no time, continuará doente e incapacitado para competir em alto nível.
Bem, tenho certeza de que também faltaria ao time reserva, que jogou muito melhor do que o titular tanto contra o Londrina, como contra o Corinthians, experiência, tarimba e mesmo qualidade em alguns setores para vencer a mesma competição; contudo, não tenho dúvidas de que o torcedor ficaria mais satisfeito em ver um meio de campo com Luiz Antonio, Muralha e Bottinelli do que com Aírton, Willians e Renato Abreu.
Se é para perder a Libertadores, eu prefiro perder com cara de Flamengo e não de paciente canceroso em estágio terminal.
Forte nessa premissa, considero o primeiro semestre perdido e utilizaria as duas competições para ver com quem, efetivamente, o Flamengo poderá contar no segundo semestre, no que, evidentemente, não se incluem determinados integrantes da equipe titular de Vanderlei Luxemburgo.
O jogo
O primeiro tempo teve uma novidade interessante: dois atacantes e Ronaldinho Gaúcho jogando como meia; mas foi só, até porque um dos atacantes era o Itamar há seis meses sem disputar uma partida oficial. Ronaldinho conseguiu dar alguns passes, tentou se movimentar, mas é um só e a tendência é que essa formação seja neutralizada com a marcação individual sobre ele a partir de determinada faixa do campo. Além disso, era visível a sua má-vontade decorrente do fato de não receber parte de seus salários (ou direitos de imagem, como queiram) há não sei quantos meses.
Aírton, Willians e Renato Abreu disputaram ferozmente quem era o jogador mais obtuso e medíocre, errando passes grotescos, entregando a bola ou perdendo-as infantilmente para os adversários. O Corinthians demonstrou entrosamento, o Flamengo não. O Corinthians tocou melhor e teve muito maior percentual de posse de bola. O Flamengo teve uma chance claríssima de gol desperdiçada por Itamar, claramente sem condição alguma de jogo, porém escalado como titular por motivos que escapam à minha compreensão, e no geral apresentou extrema incompetência para aproveitar os contra-ataques e um futebol cego e burocrático.
Veio o segundo tempo e tudo mudou. A diferença qualitativa entre o futebol apresentado pelos titulares e os reservas é tão abissal que, creio, é chegado o momento de uma intervenção. Luiz Antonio, Muralha e Bottinelli não podem ser reservas de Aírton, Willians e Renato Abreu. Os três, ao lado de Camacho e Magal, protagonizaram os melhores lances do time. Bottinelli, apesar dos passes errados, foi decisivo e teve liderança. Acredito que a falta de ritmo decorrente do período de inatividade após a contusão tenha influenciado e a tendência seja que melhore nos passes.
É indecente, imoral e cancerosa a escalação de Renato Abreu e Willians, principalmente esses dois, como titulares do Flamengo enquanto Muralha, Luiz Antonio, Camacho e Bottinelli são reservas jogando um futebol de qualidade muito superior. Renato Abreu é o protótipo do "ex-jogador em atividade". Não tem mais a menor condição de jogar futebol profissional competitivamente no patamar mais elevado do futebol brasileiro e sul-americano. A renovação do seu contrato foi fruto de algo totalmente distinto do que uma tentativa de buscar o melhor para os interesses do Departamento de Futebol do clube. Willians, por sua vez, quer outra coisa da vida, provavelmente advinda dos atrativos da noite carioca, mas não jogar futebol. Vanderlei Luxemburgo, o nosso Destreinador, é um poço de contradições em suas explicações sem sentido e cobranças desequilibradas em meio a critérios desordenados, conforme a identidade do jogador.
A cura do câncer, no Flamengo, passa pela remoção imediata dessas pessoas. O clube precisa novamente respirar. Ai de nós, torcedores, que ainda sofreremos muito nesse início de ano com a doença de nossa Presidente e sua Diretoria, além do Destreinador.
Bom dia e SRN a todos.