Sempre digo aqui no blog que o Flamengo deve profissionalizar logo todo o clube. Uma das formas que penso ser a derradeira na atual estrutura, para a tal profissionalização é a separação do clube social (Fla-Gávea), dos esportes olímpicos e do futebol, que trabalhariam de forma independente, como numa holding, em módulos. Até este ponto, quem acompanha a minha coluna e as discussões estão carecas de saber. Ontem, acordei com a sensação de que o Flamengo tem às suas mãos a oportunidade de profissionalizar seu futebol, de vez. Ironicamente, isso ocorre com a demissão do profissional do futebol de nosso maior rival, Rodrigo Caetano, do Vasco.
Tenho um defeito, ou virtude, não sei, que é a de sempre dar uma olhadinha no rival, até para comparar (exceto antes dos jogos entre o Flamengo e a tal equipe, por superstição). O Vasco de Rodrigo Caetano tem erros e acertos, mas os êxitos são mais visíveis e palpáveis. No Flamengo que agente chia, reclama e aponta os erros, mas nem tudo é amador, admitamos. A questão é que muitas das atitudes, quase sempre as mais importantes, são amadoras. Agrava-se então o problema, com a acumulação das vice-presidências, algumas as mais importantes e a morosidade das decisões do futebol, carro-chefe do clube. Para não alongar o assunto vou restringir ao futebol, onde a presidenta é a vice-presidente acumulando a pasta. Está apresentada então, a grande oportunidade para que o futebol seja profissionalizado e vou pontuar:
- O Flamengo não tem um vice-presidente de futebol, falam em Marcus Braz;
- O trabalho é bom na base com Carlos Noval;
- Isaías Tinoco faz excelente trabalho na área de logística;
- Luxemburgo teria um chefe.
O principal aspecto da saída do dirigente do Vasco da Gama, além do desgaste dos três anos de trabalho por lá, foi o mal aproveitamento e o parco investimento nas categorias de base, aspectos onde o Flamengo é forte hoje e tem gente competente administrando. Inclusive, nos aproveitamos com alguns atletas, reforços buscados no adversário. Muralha é o exemplo mais visível. Por ser um homem de fora do clube e com experiencia em marketing e gestão, preparado para isso, pode ser o nome ideal para a profissionalização do clube do Ninho (futebol deve ser lá e não na Gávea), assim a presidenta deixaria o futebol com com gente da área, já que ela não entende do assunto. Ficaríamos assim:
- Dirigente amador: Marcus Braz, Vice-presidente de futebol do clube
- Dirigente profissional: Rodrigo Caetano, o “presidente do futebol”;
- Abaixo e no mesmo nível de comando: Luxemburgo como gerente do futebol profissional, Carlos Noval como gerente das categorias de base, Isaías Tinoco como gerente de logística, que trabalharia de forma integrada com todas as áreas anteriores e seria de bom alvitre a contratação de um gerente de marketing específico para o futebol do Flamengo (de preferência alguém indicado pelo novo dirigente).
Se o Flamengo trabalhasse como uma empresa, pensando no mercado estaria uma possível solução "quicando" no mercado. Já prevendo isso, sei que o nome de Rodrigo Caetano poderia encontrar resistência em áreas retrógradas do clube. tenho a certeza que este dirigente deve vir de fora, não viciado na estrutura política do clube. O nome em pauta conhece o mercado do futebol carioca, por isso o citei. Existem bons dirigentes com excelentes trabalhos no Internacional, no Grêmio, no Coritiba, no Ceará, no Bahia e no Figueirense, como exemplos. Eu sei disso porque sempre leio páginas eletrônicas sobre marketing esportivo, mas será que no Flamengo ninguém faz isso?
Somos Flamengo, Vamos Flamengo!