Esta semana foi muito
debatida na imprensa e na torcida a transição e a utilização da
molecada no time profissional. Nosso treinador no “Bem Amigos” do
Sportv, na segunda-feira passada admitiu que errou. Mas não em tirar
um atleta de 18 anos de idade aos 30 minutos do primeiro tempo,
perdendo por 2x0, sendo que ele não era o pior em campo ou
prejudicava as funções ofensivas e defensivas da equipe. Ele diz
que errou ao escalá-lo! Covardemente, sem querer dar essa impressão,
Luxemburgo “culpabilizou” o jovem Thomaz, sendo que Ronaldinho
era nulo, inclusive perdendo a bola que origina o segundo gol do
Coritiba (jogo em questão), enquanto Renato Abreu, seu homem de
confiança, em quem a torcida não confia, ficou olhando o jogo
(inclusive o jogador que fez esse gol passou incólume a sua frente),
nem preciso falar de sua assepsia. Sem falar ainda na barração
covarde do contestado Wellington. Contra o Figueirense ainda houve
outra covardia. Poderia ter feito uma troca simples Thomaz-Renato,
mas Luxa colocou também Muralha, poderia ter esperado um pouco, mas
para provar seu desfocado ponto da vista tirou Aírton e não
Willians, indisciplinado (tática e o "restomente"). A
substituição não funcionou, perdeu o meio-campo, e vai ficar na
conta dos moleques, já que o pênalti cometido poderia ser evitado
com o Aírton, mas o Willians saiu e não deu tempo para Léo Moura
fechar a marcação encostando no adversário.
Sem
querer discutir as pelejas, vou voltar ao assunto principal. Já há
bastante tempo penso que a transição dos jogadores da base se dar
de forma gradual, mas com observação contundente do clube. Como
isso seria feito? O tema é simples, controverso, caro (importante e
custoso), mas que poderia ser até lucrativo para o Flamengo, dando
ainda experiência aos nosso jovens atletas, o Flamengo
B.
É uma forma de maturação bastante utilizada no futebol
contemporâneo e cito exemplos: Xavi, Iniesta e Messi no Barcelona,
Thomas Muller no Bayern de Munique, Fábregas e Henry no Arsenal e
Vagner Love no Palmeiras. Sim! Vagner Love é produto do time B do
Palmeiras e foi lá que ganhou este apelido. Temos hoje na equipe de
cima Paulo Vitor, César, Galhardo, Wellington, Frauches, João
Vitor, Lorran, Luiz Antônio, Muralha, Adrian, Thomaz, Negueba e
Diego Maurício fora os atletas que foram emprestados. Todos poderiam
ter feito uma transição muito mais tranquila se tivessem passado
por uma equipe B.
É sabido pela
maioria que os grandes clubes da Europa fazem este trabalho para a
transição de seus atletas, sem que estes jogadores sejam
emprestados e para que se desenvolvam naturalmente. O Flamengo
B poderia ser uma opção para que se mantenham em
ritmo de jogo e sejam feitas as observações às observações. Como
no Brasil existem apenas 4 divisões no futebol brasileiro e os
“malditos campeonatos estaduais” (odeio eles), não há a
possibilidade de que algum clube inscreva um time B na ultima divisão
nacional. Mas vejo uma solução atrativa para nós e que ainda
mobilizaria torcida para este time: Deveríamos comprar ou nos
associar a algum clube em São Paulo.
Com este artificio se
mata dois coelhos com uma cajadada só abastecendo ao mercado
paulista e brigando com nossos rivais dentro de seus domínios,
mostrando nossa força no interior e na capital. Imaginem o Flamengo
tirando a vaga de algum grande nas finais do Paulista ou chegando a
final? Quem sabe decidindo como aconteceu com Santo André e outros.
As equipes a serem escolhidas já para o ano que vem em minha visão
seriam: Oeste, Catanduvense, Mogi Mirim,
Comercial, Linense, Ituano, Mirassol, Americana ou Barueri todas da
primeira divisão paulista equipes de cidades, sem tanta tradição
de torcida. Ou o Flamengo de Guarulhos, da terceira divisão de São
Paulo para que suba aos poucos.
Neste caso vantagem
para o Americana ou Barueri que tem uma vaga na segunda divisão do
campeonato brasileiro, o que faria o Flamengo
B jogar em lugares do
país onde demora muito para o Flamengo jogar. Jogando com a camisa
do Flamengo, escudo do Flamengo, uniforme profissional e mudando o
nome do clube da cidade para Flamengo colocando apenas nos backdrops
e nos espaço para patrocinadores e na camisa que seria não teria
então os mesmos patrocinadores da matriz, seria lindo!
Sei que estes clubes
são clubes de empresários, mas quem não gostaria de ter uma
parceria com o Flamengo? Que prefeitura não apoiaria? Inclusive
poderia se utilizar para os treinamentos a estrutura da Traffic. Sim,
a Traffic, parceira no “Case Ronaldinho” e que tem um centro de
treinamentos no estado de São Paulo ainda com a possibilidade de
jogar algumas partidas no Pacaembu. Eu, de cara, já colocaria os
jogos do Flamengo contra Portuguesa, Guarani e Ponte Preta no
Pacaembu. O resto dos mandos na cidade sede inclusive nos jogos
contra os grandes, para dar retorno financeiro para a cidade.
O
Flamengo tem inscritos
no BID na CBF 227 atletas entre profissionais e amadores,
muita gente. Os atletas que estão estourando ou estouraram a idade
iriam para lá, reforçados por jogadores dispensados e sem clube em
vista e alguns reforços medianos. Seria uma excelente fonte para
observação, vitrine. Por exemplo colocaria de cara lá Fierro,
Negueba, Marcelo Lomba, Vander, Jael, Lorran, João Vitor, Rodrigo
Alvim, entre outros. É uma nova porta para o desenvolvimento dos
jogadores do clube e dos negócios. Quem já faz isso é o
Corinthians no Paraná, o Palmeiras B e Internacional B que funciona
apenas no primeiro semestre. Seria diferente, neste caso (se o
Americana ou Barueri fossem a escolha), porque haveria competição
por toda a temporada. Sendo escolhido o Barueri ainda teria um
estádio ótimo para mandar seus jogos, perto da capital e utilizado
por outros grandes (geralmente São Paulo e Palmeiras).
Um
time B pode ser o futuro do futebol do Flamengo, que por sua vez
manteria seus atletas em ação, competindo, ativos. Fiz
mais uma tabela com os jogadores do Flamengo inscritos na CBF.
Ocorrem algumas aberrações como a não suspensão do contrato do
Bruno, ainda vale para a CBF. É como estivesse correndo normalmente.
Vinícius Pacheco ainda é jogador do clube entre outras coisas que
você poderão esmiuçar características singulares entre 101
Jogadores profissionais, com contrato profissional, são: 31
jogadores no Elenco profissional, 22 Jogadores com o final do
contrato ao final do ano, 15 Jogadores emprestados para o Flamengo,
12 Jogadores emprestados pelo Flamengo, 5 Jogadores encostados ou que
estouraram a idade e 50 Jogadores Juvenis e Juniores. Com todos estes
dados já se justificaria um Flamengo
B.
Muita gente poderia estar em atividade pelo clube e dá para mandar
muita gente embora também.
Seria ótimo para
preparar os atletas para a equipe principal e eventualmente fazer
dinheiro seja por força do marketing, seja pela venda dos atletas
que não seriam mais aproveitados. Um orgulho para quem deseja vestir
a camisa do Mengão e um sonho para quem quer jogar no time
principal. Imaginem o Flamengo campeão carioca e paulista ao mesmo
tempo. O mercado publicitário veria o Flamengo com outros olhos e
ainda tomaríamos mercado de nossos maiores concorrentes Santos com
Neymar, São Paulo e Corinthians em seu quintal.