sábado, 19 de novembro de 2011

A solução da transição


Esta semana foi muito debatida na imprensa e na torcida a transição e a utilização da molecada no time profissional. Nosso treinador no “Bem Amigos” do Sportv, na segunda-feira passada admitiu que errou. Mas não em tirar um atleta de 18 anos de idade aos 30 minutos do primeiro tempo, perdendo por 2x0, sendo que ele não era o pior em campo ou prejudicava as funções ofensivas e defensivas da equipe. Ele diz que errou ao escalá-lo! Covardemente, sem querer dar essa impressão, Luxemburgo “culpabilizou” o jovem Thomaz, sendo que Ronaldinho era nulo, inclusive perdendo a bola que origina o segundo gol do Coritiba (jogo em questão), enquanto Renato Abreu, seu homem de confiança, em quem a torcida não confia, ficou olhando o jogo (inclusive o jogador que fez esse gol passou incólume a sua frente), nem preciso falar de sua assepsia. Sem falar ainda na barração covarde do contestado Wellington. Contra o Figueirense ainda houve outra covardia. Poderia ter feito uma troca simples Thomaz-Renato, mas Luxa colocou também Muralha, poderia ter esperado um pouco, mas para provar seu desfocado ponto da vista tirou Aírton e não Willians, indisciplinado (tática e o "restomente"). A substituição não funcionou, perdeu o meio-campo, e vai ficar na conta dos moleques, já que o pênalti cometido poderia ser evitado com o Aírton, mas o Willians saiu e não deu tempo para Léo Moura fechar a marcação encostando no adversário.


Sem querer discutir as pelejas, vou voltar ao assunto principal. Já há bastante tempo penso que a transição dos jogadores da base se dar de forma gradual, mas com observação contundente do clube. Como isso seria feito? O tema é simples, controverso, caro (importante e custoso), mas que poderia ser até lucrativo para o Flamengo, dando ainda experiência aos nosso jovens atletas, o Flamengo B. É uma forma de maturação bastante utilizada no futebol contemporâneo e cito exemplos: Xavi, Iniesta e Messi no Barcelona, Thomas Muller no Bayern de Munique, Fábregas e Henry no Arsenal e Vagner Love no Palmeiras. Sim! Vagner Love é produto do time B do Palmeiras e foi lá que ganhou este apelido. Temos hoje na equipe de cima Paulo Vitor, César, Galhardo, Wellington, Frauches, João Vitor, Lorran, Luiz Antônio, Muralha, Adrian, Thomaz, Negueba e Diego Maurício fora os atletas que foram emprestados. Todos poderiam ter feito uma transição muito mais tranquila se tivessem passado por uma equipe B.

É sabido pela maioria que os grandes clubes da Europa fazem este trabalho para a transição de seus atletas, sem que estes jogadores sejam emprestados e para que se desenvolvam naturalmente. O Flamengo B poderia ser uma opção para que se mantenham em ritmo de jogo e sejam feitas as observações às observações. Como no Brasil existem apenas 4 divisões no futebol brasileiro e os “malditos campeonatos estaduais” (odeio eles), não há a possibilidade de que algum clube inscreva um time B na ultima divisão nacional. Mas vejo uma solução atrativa para nós e que ainda mobilizaria torcida para este time: Deveríamos comprar ou nos associar a algum clube em São Paulo.

Com este artificio se mata dois coelhos com uma cajadada só abastecendo ao mercado paulista e brigando com nossos rivais dentro de seus domínios, mostrando nossa força no interior e na capital. Imaginem o Flamengo tirando a vaga de algum grande nas finais do Paulista ou chegando a final? Quem sabe decidindo como aconteceu com Santo André e outros. As equipes a serem escolhidas já para o ano que vem em minha visão seriam: Oeste, Catanduvense, Mogi Mirim, Comercial, Linense, Ituano, Mirassol, Americana ou Barueri todas da primeira divisão paulista equipes de cidades, sem tanta tradição de torcida. Ou o Flamengo de Guarulhos, da terceira divisão de São Paulo para que suba aos poucos.

Neste caso vantagem para o Americana ou Barueri que tem uma vaga na segunda divisão do campeonato brasileiro, o que faria o Flamengo B jogar em lugares do país onde demora muito para o Flamengo jogar. Jogando com a camisa do Flamengo, escudo do Flamengo, uniforme profissional e mudando o nome do clube da cidade para Flamengo colocando apenas nos backdrops e nos espaço para patrocinadores e na camisa que seria não teria então os mesmos patrocinadores da matriz, seria lindo!

Sei que estes clubes são clubes de empresários, mas quem não gostaria de ter uma parceria com o Flamengo? Que prefeitura não apoiaria? Inclusive poderia se utilizar para os treinamentos a estrutura da Traffic. Sim, a Traffic, parceira no “Case Ronaldinho” e que tem um centro de treinamentos no estado de São Paulo ainda com a possibilidade de jogar algumas partidas no Pacaembu. Eu, de cara, já colocaria os jogos do Flamengo contra Portuguesa, Guarani e Ponte Preta no Pacaembu. O resto dos mandos na cidade sede inclusive nos jogos contra os grandes, para dar retorno financeiro para a cidade.

O Flamengo tem inscritos no BID na CBF 227 atletas entre profissionais e amadores, muita gente. Os atletas que estão estourando ou estouraram a idade iriam para lá, reforçados por jogadores dispensados e sem clube em vista e alguns reforços medianos. Seria uma excelente fonte para observação, vitrine. Por exemplo colocaria de cara lá Fierro, Negueba, Marcelo Lomba, Vander, Jael, Lorran, João Vitor, Rodrigo Alvim, entre outros. É uma nova porta para o desenvolvimento dos jogadores do clube e dos negócios. Quem já faz isso é o Corinthians no Paraná, o Palmeiras B e Internacional B que funciona apenas no primeiro semestre. Seria diferente, neste caso (se o Americana ou Barueri fossem a escolha), porque haveria competição por toda a temporada. Sendo escolhido o Barueri ainda teria um estádio ótimo para mandar seus jogos, perto da capital e utilizado por outros grandes (geralmente São Paulo e Palmeiras).

Um time B pode ser o futuro do futebol do Flamengo, que por sua vez manteria seus atletas em ação, competindo, ativos. Fiz mais uma tabela com os jogadores do Flamengo inscritos na CBF. Ocorrem algumas aberrações como a não suspensão do contrato do Bruno, ainda vale para a CBF. É como estivesse correndo normalmente. Vinícius Pacheco ainda é jogador do clube entre outras coisas que você poderão esmiuçar características singulares entre 101 Jogadores profissionais, com contrato profissional, são: 31 jogadores no Elenco profissional, 22 Jogadores com o final do contrato ao final do ano, 15 Jogadores emprestados para o Flamengo, 12 Jogadores emprestados pelo Flamengo, 5 Jogadores encostados ou que estouraram a idade e 50 Jogadores Juvenis e Juniores. Com todos estes dados já se justificaria um Flamengo B. Muita gente poderia estar em atividade pelo clube e dá para mandar muita gente embora também.

Seria ótimo para preparar os atletas para a equipe principal e eventualmente fazer dinheiro seja por força do marketing, seja pela venda dos atletas que não seriam mais aproveitados. Um orgulho para quem deseja vestir a camisa do Mengão e um sonho para quem quer jogar no time principal. Imaginem o Flamengo campeão carioca e paulista ao mesmo tempo. O mercado publicitário veria o Flamengo com outros olhos e ainda tomaríamos mercado de nossos maiores concorrentes Santos com Neymar, São Paulo e Corinthians em seu quintal.