O que diz a história!
Saudações Caros Butequeiros Rubro-Negros. Estamos no maior clima de fim de festa. Momento em que as discussões acaloradas são vencidas pelo cansaço e que já começa a bater aquela nostalgia. A Sula, ontem, foi embora sem nem nos dar tchauzinho. Saiu desfilando com outro e de nariz empinado. Prá quem tratava a Sula como um possível fim de noite, estamos agora amargando a sensação de que podemos terminar a festa na rua da amargura; sem nada, nem ninguém. Mas ainda temos a belíssima Série A e podemos, como prêmio de consolação, marcar um cinema com a Libertadores, a mais linda de todas.
Ontem o Mouta analisou o nosso percurso até o final da festa e também o dos adversários. Como eu não tinha nada prá fazer, nem prá escrever, peguei um gancho no texto do Mouta e analisei o histórico, em Campeonatos Brasileiros, dos nossos próximos confrontos. Tendo em vista a conjuntura atual fizemos diversas análises sobre as nossas chances. Agora vamos ver o que nos diz a história.
Contra o Grêmio jogamos 49 jogos pelo Brasileiro, e o confronto é equilibradíssimo. São 16 vitórias prá cada lado e 17 empates. Porém, é um confronto caseiro; quem joga em casa, geralmente, leva a melhor. Vencemos no Olímpico apenas 2 vezes: em 1982, épica vitória, passe de Zico e gol de Nunês, que nos deu o título daquele ano; e em 1994. Pelo histórico, esse é o confronto mais complicado. Teremos que romper com a tradição. Nessa o Mengão deverá ter uma postura revolucionária.
Nosso próximo confronto é contra o Cruzeiro. Nessa levamos uma goleada, pois eles venceram 19 jogos, nós vencemos 12 e foram 10 empates. Essa grande vantagem do Cruzeiro foi construída de 2007 a 2010, período em que venceram 7 jogos seguidos. Quebramos o tabu lá em Minas, no primeiro turno, e agora precisamos fazer valer o nosso mando, pois os mineiros também levam vantagem no confronto no Rio de janeiro; são 10 vitórias deles, contra 7 nossas. Prá esse confronto prefiro esquecer a história e acreditar na conjuntura.
Depois vem outra pedreira pela frente, o Coritiba fora. Nesse levamos uma pequena vantagem; foram 29 jogos, com 14 vitórias nossas, 10 deles e 5 empates. Na casa deles vencemos apenas 3 vezes e perdemos os últimos 7 jogos que fizemos por lá. Ou seja, mais uma tarefa para o Mengão revolucionário, mais um desagradável tabu a ser quebrado. Caros Butequeiros, se quisermos pensar em título, teremos que quebrar três tabus seguidamente. Parada duríssima.
Na sequência teremos o Figueirense na nossa casa. Por incrível que pareça, eles levam vantagem no confronto; foram 15 jogos, com 6 vitórias deles, 5 nossas e 4 empates. Jogando no Rio eles venceram mais do que a gente também, 3 a 2. Porém, nos últimos 4 jogos, vencemos 3 e empatamos 1. Mais um histórico desconfortável que o Mengão precisa mudar. É bom lembrar que o Figueirense está jogando muito bem.
Seguimos a nossa jornada pegando pela frente aquele que nos tirou a invencibilidade, o Atlético-GO. Nesse confronto levamos vantagem; foram apenas 5 jogos, com 3 vitórias nossas, um empate e uma derrota. A única derrota foi a do primeiro turno desse ano. Jogando na casa deles, ganhamos uma e empatamos outra. Nessa o histórico nos favorece.
Já perto do final da festa, outra pedreira e outro histórico desfavorável: o Internacional. Foram 47 jogos, com 18 vitórias deles, 14 nossas e 15 empates. Em casa levamos vantagem, vencemos 11 e eles 6. Tudo vai depender de como o Inter chegará na penúltima rodada. Se chegar não almejando mais nada, a vitória será menos complicada. Se chegar brigando por um convite ao cinema com a Libertadores, enfrentaremos mais uma batalha.
Por fim, o nosso eterno vice. O time que mais tem nos dado alegrias nos últimos anos. O freguês recente, Vasco. No histórico do confronto há equilíbrio; foram 15 vitórias nossas, 15 deles e 15 empates. Porém, eles não nos vencem há 7 jogos, desde 2006. Nessa o tabu nos favorece e a freguesia já está acostumada a marcar na caderneta.
Caros Butuqueiros, facilmente verificamos que temos um caminho dificílimo pela frente. Para ser campeão, o Mengão terá que fazer o que ainda não fez no campeonato, e que fez poucas vezes na história. O histórico e o futebol que estamos apresentando, não indicam que o time poderá disputar o título. A Magnética também está apática, não fechou com o time e os jogos continuam vazios. São Judas Tadeu parece ter antecipado as férias e não atuou contra todos os Santos no último domingo. Fé, como bom Rubro-Negro que sou, não vai me faltar nunca. Mas que tá difícil, tá. Não acham?