É tudo ou nada!
Rodrigo Romeiro
Saudações Caros Butequeiros Rubro-negros. Papo reto, curto e direto, hoje. Temos no próximo domingo a nossa decisão. Trata-se de um divisor de águas. Ou vai, ou racha. Se ganharmos, voltamos a disputar tudo, inclusive o título. Se perdermos, não disputamos mais nada, inclusive a vaga à Libertadores. Prá mim, é simples assim.
O jogo contra o São Paulo é uma decisão fora de casa, em que só a vitória nos interessa. Temos que jogar para vencer. Muitos colunistas aqui do blog escreveram, com muita propriedade, sobre o esquema tático do time, e apresentaram alternativas ao vaidoso Luxemburgo. Como já disse em outras oportunidades, prá mim o elenco não apresenta muitas alternativas, e também confesso que não sou um grande entendedor da parte tática. Gosto de dar palpites pontuais. Acho que o Luxemburgo ainda é um bom treinador e que já foi um dos maiores. Mesmo assim, quero vê-lo longe do Flamengo, por questões éticas, morais e políticas.
Neste momento, a única coisa que sei é que o Flamengo tem que ir prá cima do São Paulo e trazer essa vitória na bagagem. Tem que vir a São Paulo numa pegada: vim, vi e venci. Enfrentaremos um ambiente hostil, casa cheia, com a estréia da maior contratação financeira da história do time deles. Muito provavelmente, será quebrado o recorde de público do campeonato. Ou seja, um palco perfeito para o Flamengo demonstrar a sua grandeza e embalar para o título.
Em 2009, duas vitórias fora de casa nos colocaram na briga pelo título. E foram duas vitórias contra adversários diretos. Ganhamos do Palmeiras em um Parque Antártica abarrotado e fizemos o mesmo com o Atlético em um Mineirão ainda mais lotado. Foram vitórias contundentes e com demonstração de autoridade. Se quisermos alguma coisa nesse campeonato, esse é o momento e essa é a última chance.
O Flamengo é grande, precisa ter coragem e vontade de vir a São Paulo para vencer. Tem que entrar em campo altivo e já nas entrevistas deixar bem claro que não há outro resultado que interesse que não seja a vitória. Perdido por um, perdido por dez. Se não ganharmos, não vamos almejar mais nada no campeonato mesmo.
Esse time foi capaz de protagonizar a maior sequência sem vitórias da história do clube. Foram dez penosos jogos, 45 dias, praticamente uma quaresma rubro-negra. Porque não entrarem para a história agora com uma inédita sequência de 10 vitórias? Pouco crível, mas para quem tem fé e coragem, nada é impossível. Depois de ir lá, ver e vencer, é hora de pintar outro lema nos muros da Gávea: sem saber que era impossível, foi lá e fez. Por fim, deixo duas músicas para inspirar a rapaziada rubro-negra.