quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Brasileirão e Sul-Americana

O pontapé inicial da Sul-Americana versão 2011, para o Flamengo, será dado hoje à noite no jogo com o Atlético Paranaense, no Engenhão. Considerando-se as dificuldades presentes no time do Flamengo, racionalizar positivamente a respeito da melhor estratégia a ser adotada para enfrentar a nova pedreira é um desafio a ser encarado com frieza, num tema que já tem gerado tantas controvésias, tendo em vista a atual liderança do mais-querido no Campeonato Brasileiro. Este, sabemos, gera um grupo composto pelos quatro melhores colocados para a disputa da Libertadores do ano seguinte, enquanto a Sula reserva apenas uma vaga, destinada ao seu Campeão, no torneio mais importante da América do Sul. Para mim, nas atuais condições de temperatura e pressão, trata-se de uma opção entre ficar no G4 do Brasileirão ou tentar ser o G1 da outra competição, pois dificilmente o Flamengo terá bom desempenho em ambas simultâneamente. Diga-se de passagem que o G4 poderá se transformar em G3 se o vencedor da Sula for um clube nacional;

Não pretendo ficar em cima do muro e opto pela formação de um misto quente para a disputa internacional, formado basicamente por jogadores reservas e os complicados no momento de cada partida, entre eles, os suspensos por terem levado o 3º cartão amarelo ou expulsos de campo, os que estão readquirindo a forma, caso do misterioso zaqueiro Gustavo, oriundo do Boavista e do qual pouco se fala até nos piores momentos do Welliton e da suspensão automática do Ronaldo "Original" Angelim, além dos garotos que se encontram na corrida de decolagem das divisões de base, como o Muralha, Luiz Antonio, Anderson, Negueba,...


Se o mistão, por ventura, alcançar as semifinais do torneio, usaria a força total para ganhar a inédita taça. É insustentável do ponto de vista de composição do grupo atual assumir uma postura agressiva e partir, de peito aberto, entrando com os titulares nas duas competições paralelas com enormes chances reais de despencar em ambas, pondo todo o trabalho realizado no ano na lata do lixo, e revelo os meus motivos: Não vejo um experiente elenco no Flamengo para tal ousadia. Vislumbro um grupo bem comandado e nas mãos firmes do Vanderlei Luxemburgo, porém, sob medida para o certame nacional, pronto para disputá-lo palmo a palmo, cabeça com cabeça, e levar o Heptacampeonato para a Gávea, seu caminho natural;


As críticas bem colocadas pela imprensa quanto ao suposto desprezo que alguns clubes dedicam à Sul-Americana têm suas razões de existência pela consistência que se revestem. Esses clubes, entre quais o nosso glorioso rubro-negro, sonham com a vaga, comemoram a sua conquista e a exibem aos seus torcedores como um consolo para a irrevalente participação no Campeonato Brasileiro, e depois fazem o que aqui corroboro, fugindo dela para que ela não atrapalhe suas caminhadas rumo ao título máximo tupiniquim ou não os afunde ainda mais na Zona do rebaixamento do BR;

Mas cabe uma pergunta também pertinente àqueles críticos no sentido de se vale a pena correr o risco de perder uma liderança no Brasileirão e sair dos seus primeiros lugares, situações sonhadas e duramente perseguidas e alcançadas, em função da disputa da Sula, que reúne os clubes classificados na parte média daquele Campeonato no ano passado. Particularmente, penso que não convém correr tal risco usando o que há de melhor em termos de material humano disponível na Gávea, a não ser como escrevi acima, se o misto quente chegar nas altas fronteiras da competição.

Apesar de tudo, que vença o Flamengo. E tenho dito!

GOL NELES MENGÃO!

SRN!