quarta-feira, 20 de julho de 2011

Algo errado!

O esperado final de semana chegou e saí com a família para curtí-lo com a promessa do Michel Levy, vice de finanças do Flamengo, de brigar para contratar o hermano Carlitos Tevez. Embora sabendo que esse vice é mais um que não manda nadica de nada, cabeça de torcedor acredita mais em mentiras do que a inesquecível famosa Velhina de Taubaté, imperdível personagem criado por Luiz Fernando Veríssimo. Segunda-feira, volto pra casa e tomo conhecimento de que está a caminho da Gávea, pronto para treinar, nada mais nada menos que o Jael, o Cruel, que atualmente defendia as cores da lusa paulista na Segunda Divisão do Brasileirão. Perplexo, me obrigo a reler e repetir Jael, o Cruel. Imaginei que só podia ser uma pagadinha do Tevez, em terras cariocas. Eita hermano milongueiro, mudou de nome para limpar a sua barra entre nós. Entro nas redes sociais e confirmo: Nem Tevez, nem Love, tampouco o Zé das Couves de costume. Ele mesmo, Jael, o Cruel, nova (e cruel) realidade para centro-avante do Mengão.

Acabo me dando conta que, depois de tantos anos, já deveria estar acostumado com as trapalhadas e factóides que emanam da Gávea, porém ainda me iludo com as rotineiras especulações mentirosas de seus dirigentes que, nos últimos dias, citaram interesse em Tevez (by Michel Levy em busca dos seus 15' de fama), Wagner Love, Kléber, André, Amauri, Ariel e desembarcaram com o rapaz de Mato Grosso, numa aposta aleatória para resolver os problemas da antiga camisa 9 do mais-querido. Há pouco tempo mesmo, em 2007, a diretoria passada fez a torcida sonhar com o próprio Tevez, além de Mascherano e Nilmar, e acordar com Irineu, Moyses e Souza treinando no improvisado CT. O primeiro da lista, além de ser um verdadeiro perna de pau, quase encerra a carreira do Ronaldo Original Angelim dentro do clube, pois o levava de roldão em suas bisonhas atuações. Lembro que o time tinha um meio de campo "expert" em bicões para frente e chutões para o alto, e era formado por duas duplas arrepiantes, uma na frente com Souza e Obina, outra atrás com Irineu e Angelim. Este, felizmente, foi salvo pelo "guarda-zaga" Fábio Luciano, que chegou em agosto daquele ano para ajeitar a defesa e puxá-lo do afogamento, tendo o Ronaldo Original atingido a glória suprema com gol do título do hexacampeonato, em 2009.

Com a janela se fechando, em seus últimos suspiros, espero que a diretoria do Flamengo não repita também o mesmo erro de 2010, quando contratou no desespero, a preços de licitação de obras públicas brasileiras, Diogo e Deivid, na bacia das almas, "na última volta do ponteiro" na locução do inesquecível moço de Caxambu, Jorge Cury.

Com ou sem janela fechando para contratações, o time rubro-negro volta a campo na noite de hoje, no Pacaembu, para enfrentar o Palmeiras do truculento Felipão, aquele que pensa e fala como se fosse o dono do clube do Palestra Itália, esquecendo-se que em caso de três ou quatro derrotas consecutivas dos porcos sob o seu comando, levará um belo e forte pés nos fundilhos cujo dono, apesar de viver uma longa temporada na Europa, não aproveitou a oportunidade para passar uma lixa grossa em seus modos estúpidos, provavelmente por receio de retirar muita massa corpórea para chegar em níveis educacionais normais a fim de lidar naturalmente com outros seres humanos.

Voltando ao Flamengo, que é o que nos interessa na realidade, Luxemburgo deve mandar a campo a mesma formação que derrotou o São Paulo e o Fluminense, com Airton, Willians e R11 como volantes dando proteção à zaga, Thiago Neves e Ronaldinho na criação e Deivid com a responsabilidade primária da conclusão em gol cuja tarefa fica mais fácil de realizar com a ocorrência de jogadas pelas pontas. Como não existe mais o especialista nessa missão, caberá aos laterais Leo Moura e Júnior César desempenharem a função de puxar o rabo da girafa e subir em seu corpo para beijar a sua testa e vasco-versa. Haja pulmão.

Finalmente, só a vitória interessa para manter a distância, sob controle, em relação ao Corínthians, que jogará com o Botafogo em San Janu.

Não podemos deixar o gambá fugir!

SRN!