quarta-feira, 22 de junho de 2011

Factóides

Antes de mais nada, achei uma grande perda de tempo replicar e ficar aborrecido com as baboseiras disparadas pelo Felipão contra o Flamengo, quando revelou o que todos sabemos quanto ao alto grau de estupidez de que é dotado. Nenhuma surpresa. Para quem não teve a oportunidade de acompanhar, Felipão sugeriu, de forma tosca e grotesca como lhe é peculiar, que o Flamengo não tinha dinheiro pra nada e que vendesse a Gávea para contratar o atacante Kléber do seu Palmeiras. Será mesmo que eu deveria esperar outra coisa de tal figura, sobejamente conhecida por sua "educação e sociabilidade"?

Deixando ele pra lá, entro de sola no assunto do título desta coluna, e lembro que o ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, César Maia, era mestre em lançar factóides, os pseudos-fatos para mudar a direção das atenções sobre eventos que lhe incomodavam. Esse artifício carregado de imagem sem os fatos consequentes sempre foi muito utilizado pelas sucessivas diretorias do Flamengo. Recordo que, na década de ouro, bastava uma derrota para que no vestiário pós-jogo anunciarem a contrataçao do melhor jogador do mundo, o que desviava a atenção do fato desagrável ocorrido momentos antes e renovava as esperanças dos torcedores para o breve futuro. Era uma espécie de fuga da derrota aquela imagem vazia.

Atualmente, tais imagens são repetidas nas constantes contratações que não se concretizam. Basta a crise apontar na 1ª esquina e lá vem um aspone dos manda-chuva gaveanos anunciar a contaratação de Juan, Alex Silva, Love e outros menos votados. Quando há interesse de verdade, e confesso aqui que acho que melhorou um pouquinho com D. Paty, Seu Tavares, o quintandeiro da esquina, ensina o básico, primeiro você compra, depois anuncia o feito. Se você manifesta interesse antes de fechar o negócio, por uma mera questão de oferta x procura, o produto desaparece ou sobe de preço. O bom português não fez sequer o curso primário, assina o seu nome com o polegar da mão direita, porém, dá aula para os "ixpertos" dirigentes rubro-negros, que não se cansam de divulgar interesses em jogadores (pseudos-fatos?) sem antes realizar uma mini consulta nem que seja por tambor ou fumaça. E lá vem o mico a reboque de uma rejeição pelo Flamengo, muitas vezes até falsa, por parte do suposto jogador desejado, o que já nem é muito realçado tendo em vista a banalização do vexame produzido.

De parte da torcida, estou gostando de vê-la nem mais citar ou se contentar com a conquista do Estadual. Ela quer mais e por isso tem que cobrar, de forma pacífica porém firme através de todos os meios possíveis, atitudes no sentido da formação de um time que represente o clube de acordo com a sua gigantesca dimensão, a fim de colocá-lo sempre entre os primeiros colocados nas competições nacionais e internacionais. Esta é a nossa sina Rubro-Negra.

Saudações!