E o Flamengo, velho de guerra em transformar facilidades em grandes dificuldades, tem pela frente a tarefa de descascar o abacaxi por ele mesmo bisonhamente plantado, com displicência e distração, ao empatar com o tão inexpressivo quanto deslumbrado Horizonte, aqui em RJ city, com tudo a favor, no 1º jogo das oitavas de finais. Agora, jogando no Ceará com as condições invertidas, as consequências são imprevisíveis, pois será o embate da vida do clube cearense, uma oportunidade inigualável de atrair para si os holofotes da mídia nacional se obtiver a classificação para as quartas de final eliminando o Flamengo. Há cardápio melhor do que esse? Arre égua!!!
Pelo lado do Flamengo, o que de fato me interessa, não há alternativa senão a de botar literalmente o coração nas chuteiras a fim de suprir as adversidades e as ausências de três de seus melhores jogadores, RG-10, Leo Moura e Maldonado. Além da transpiração necessária para garantir a vaga no Domingão, a exemplo do que fez contra o atual Campeão Brasileiro, será preciso o reconhecimento por parte do Luxemburgo de que a formação final no jogo contra o Fluminense foi a que ofereceu maior entrosamento para a transição da bola da defesa para o ataque e a melhor distribuição do time em campo, com os jogadores ora disponíveis, pois, para combater a correria que será imprimida pelo adversário na tentativa de abrir boa vantagem na partida, um eficiente antídoto será o toque de bola dos meias Thiago Neves e Bottinelli, que podem armar contra-ataques fatais para Diego Maurício e Deivid decidirem o jogo.
Que Luxemburgo seja corajoso o suficiente para encarar ofensivamente o Horizonte, logo mais, em seu alçapão, que virá com vontade incomensurável de garantir a classificação, mas o Flamengo terá que adotar postura semelhante, saindo nos contra-ataques tocando a bola com precisão para vencer esse jogo.
SRN!
