Bon Giorno, amigos! Passamos um aperto ontem, né? Confesso a vocês que não fiquei surpreso. Bastava olhar os ingredientes da partida e analisá-los em conjunto: adversário mais qualificado do que todos os outros, muito bem postado dentro de campo (algo que já havia mostrado nas partidas anteriores e, portanto, não foi surpresa alguma), pois vale lembrar, até pela posição dos adversários na tabela, que enfrentamos os quatro mais fracos nas quatro primeiras rodadas; quatro vitórias seguidas anteriores e a difícil missão de conseguir a quinta; ansiedade absurda pela estreia do Ronaldinho Gaúcho, tanto da torcida, como do próprio Ronaldinho e dos demais jogadores; a motivação que isso provocou nos jogadores do adversário; jogadores ainda sem o ritmo ideal, alguns inclusive tentando se adaptar a uma nova posição dentro de campo: Deivid, Maldonado, Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho, Renato Abreu (tentando se adaptar à lateral) e depois o Bottinelli, e, finalmente, a falta de entrosamento, pois se trata de um time que ainda está em formação, apesar de se poder considerar que está num bom estágio de desenvolvimento.
Sinceramente, não ficaria surpreso se, ao final, ficássemos num 0x0 ou mesmo uma zebra ocorresse no Engenhão. Felizmente, porém, isso não aconteceu, e por um motivo simples: Luxemburgo achou a chave do ferrolho de Nova Iguaçu! E essa chave se chama talento, pura e simplesmente, pois foi incrível como o time melhorou no segundo tempo com a entrada do Bottinelli. Vejam bem, não estou dizendo que o menino Vander não tenha talento nem potencial, mas parece evidente que tudo isso ainda é muito para ele e talvez esteja no momento de dar um tempo e deixar os jogadores mais tarimbados e talentosos no time.
Pois o Bottinelli, no meio do Ronaldinho Gaúcho e do Thiago Neves, sentiu-se totalmente confortável, pois só o seu idioma linguístico é diferente, já que, no mundo da bola, os três falam o mesmíssimo idioma.
Além disso, o Vanderlei, o nosso estimado "Who" ou "Whoderlei", parece cada vez mais próximo da titularidade, pois, ao se movimentar bastante no ataque, dando muito mais opções aos armadores do que o Deivid, torna a tarefa deles, tanto na parte da criação, como na da conclusão, muito mais fácil. E foi assim que saiu o gol: após o cruzamento do Egídio, Thiago Neves apareceu para concluir e, no rebote do goleiro, Who estava lá para garantir o choppinho sem água na festa do Ronaldinho Gaúcho. Leonardo Moura merece uma menção honrosa, já que fez grande partida e não desistiu em momento algum da vitória até o fim.
Domingo teremos outro adversário de nível superior aos quatro primeiros, que é o Resende. Depois ainda encararemos o também enjoado Boavista. Matematicamente, ainda precisamos de uma vitória para chegar às semifinais da Taça Guanabara. Tudo indica que estaremos lá.
Até então, o Luxemburgo deve pensar seriamente no que fará na lateral esquerda e qual será a sua dupla de volantes. A aparente necessidade de encontrar uma posição para o Renato Abreu e a última substituição do jogo de ontem me deram calafrios... Cruzes!
Quanto ao Ronaldinho, bem, eu não esperava muito mais do que isso na estreia. Alguns bons passes, boas cobranças e cruzamentos, mas só mesmo com o tempo ele poderá ganhar ritmo de jogo e entrar na mesma frequência do time, inclusive se entrosando com o Thiago Neves e o Bottinelli.
Enfim, eu gostei da movimentação do time no final da partida, após as entradas do Bottinelli e do Who. As perspectivas para o futuro são boas, mas até lá o Luxemburgo terá que resolver a equação da lateral esquerda e da dupla de volantes, além de encaixar o Bottinelli ao lado do Thiago Neves e do Ronaldinho Gaúcho no time titular, e sem se esquecer do Who no comando do ataque, é claro. Afinal de contas, ele ganha pra isso, certo?
Bom dia e SRN a todos.