quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Who Are You?

Bom dia, Buteco! Como prometido e como não poderia deixar de ser, está feita a homenagem ao nosso estimado "Who" ou "Whoderley", carinhosos apelidos do centroavante Wanderley, que, após chegar totalmente desacreditado ao Flamengo, aos pouquinhos, de mansinho, vai marcando o seu espaço e mostrando seu valor. Mas quem é você, Wanderley? Who are you? Um novo Obina, em versão mais magra, ou um sério aspirante à titularidade do comando do ataque do Mais Querido? Who are you?


Enquanto a resposta, que só virá com o tempo, não chega, a gente curte, em homenagem ao "Whoderley", o clássico da eterna banda britânica The Who - "Who Are You?". Não poderia ser mais apropriado, certo?



Toda sorte do mundo ao nosso querido "Who"!






O Jogo



A partida me despertava alguma curiosidade pelo simples fato de que já esperava mais dificuldades do que as que o time enfrentou contra os fraquíssimos e ridículos Volta Redonda e América, este último seríssimo candidato ao rebaixamento, na minha opinião. Aliás, poucas vezes vi os "pequenos" tão fracos como no Estadual desse ano. Não sei se vocês concordam.



O que dizer então do Americano? Que é um bom time? Não, longe disso. Apenas se defende melhor do que os dois anteriores. Bate, mas bate sem dó nem constrangimento, e sabe jogar na retranca. Mas é só isso.



Bem, mas todo mundo sabe que nunca foi fácil jogar contra um bom ferrolho, certo? Que o digam Pelé e a Seleção de 58 contra o obscuro ferrolho galês; mas, apesar disso, claro, há formas e formas de se enfrentar esse tipo de situação, e determinadas atitudes apenas dificultam mais as coisas, como por exemplo pedir ao Deivid, nessa fase da carreira, para jogar aberto pela ponta esquerda, como o Luxemburgo fez no primeiro tempo após a expulsão do açougueiro que fazia um bico no time do Americano. Se fosse o Deivid de cinco anos atrás, teria sido show de bola, mas o Deivid de hoje, bem, o que dizer, né?



Quando o Luxemburgo facilitou as coisas para ele mesmo e para o time, já sem Thiago Neves, mas colocando Fierro e Marquinhos na equipe para fazer as jogadas de ultrapassagem com os laterais Léo Moura e Renato Abreu, o time melhorou; não que tenha jogado um futebol de encher os olhos, mas melhorou, tanto que conseguiu pressionar o Americano e os dois gols do Wanderley saíram.



Não esperava nada de diferente do Thiago Neves. Veio de um local em que faz 52ºC, motivo pelo qual se treina apenas à noite, e por algumas horas, e não joga há mais de quarenta dias. Isso ocorre com todos os que vêm do Oriente Médio. Os chutes que ele acertou no gol, porém, já foram um bom demonstrativo de que sua técnica é apurada e acima da média dos outros jogadores que estavam em campo.



Quanto ao Renato, se é verdade que sempre critiquei sua incapacidade de acertar passes, sempre elogiei seus cruzamentos da linha de fundo, o que parece paradoxal, mas sempre foi sua característica: passar mal e cruzar bem. Para ser lateral, contudo, é preciso mais, e o Renato terá que provar, sobretudo, que aguenta na parte defensiva, o que não será fácil, seja por conta da idade, seja por conta de noção de posicionamento, de velocidade/explosão na hora de marcar os adversarios. E ontem, defensivamente, o Renato não foi testado.



Uma palavra final: gostaria de insistir na necessidade de termos volantes que joguem de forma vertical e saibam passar a bola e dar velocidade ao jogo com qualidade. A partida que o Willians fez ontem foi algo de desesperador. E o Fernando, melhor que ele tecnicamente, sem dúvida, precisa entender que não é o Didi "Folha Seca" nem o "Gérson Canhota de Ouro". Claro, acho que está longe de ser o volante ideal, mas, enquanto o Maldonado não tem condições de jogo, ajudaria muito se o Fernando jogasse de forma mais simples.



Domingo



Mesmo com o Vasco da Gama em péssimo momento, trata-se de um clássico e, por isso, acredito que o Flamengo será testado pela primeira vez no próximo domingo.



Bom dia e SRN a todos.