Todo mundo sabe que o Flamengo negociava com o Ronaldinho há 6 ou 7 meses. Se havia possibilidade de dar certo, será que o departamento de marketing do clube não deveria ter desenvolvido com antecedência um projeto para maximização de receitas a partir da chegada do craque? Ou será que a idéia mais original vinda da cabeça de quem comanda o departamento é escrever “O Maior no melhor do Mundo” na camisa oficial? Pela constrangedora apresentação que vimos (não por parte da torcida, mas da organização) parece que é.
Vamos lá, proponho a vocês: parem agora! Parem por 10 minutos e escrevam qualquer loucura. Sou capaz de apostar que daqui surgiriam 5, 10, 20 possibilidades de negócio. Não, meus caros, marketing não se restringe a sucatear espaços na camisa oficial como costumam fazer os nossos dirigentes. Certa vez, num evento internacional de marketing direto, assisti a uma palestra de um profissional espanhol de grande sucesso que mostrou em poucos minutos o que todos nós já sabemos: as pessoas trocam de carro, trocam a marca da sua TV, a marca do sabão em pó que usam em sua casa, mas raramente trocam de time. Não há cliente mais fiel do que o torcedor de futebol! Não é possível ter nas mãos um negócio milionário como o futebol dos dias de hoje e continuar tratando o departamento de marketing como um distribuidor de camisas, bonés e ingressos pra conselheiros, torcedores organizados e ex-jogadores do clube. É preciso que a presidência defina um orçamento para o departamento, contrate profissionais de sucesso do mercado de VAREJO e os deixe trabalhar.
O que eu propus a vocês eu acabei de fazer. Parei 10 minutos pra pensar e pensei na “Ronaldinho Tour”. Sabe aquelas coisas que cansamos de ver em filmes americanos? Pois então, imagina só se a “Ronaldinho Tour”estivesse engatilhada para o momento do fechamento do negócio. Imagina se ao invés de vender ingresso o Flamengo comercializasse em 12 parcelas (com renovação automática) 1 ano do título de sócio torcedor do clube a preços acessíveis. Imagina se o Flamengo faz 4 ou 5 jogos, 2 no Nordeste, 1 no Norte, 1 no Centro Oeste e 1 no Rio de Janeiro com o ingresso sendo o comprovante desta adesão. Imagina se esse título de sócio torcedor tivesse duas modalidades: uma para quem quisesse e pudesse durante o ano ir aos jogos no Engenhão; outra pra quem mora fora do Rio (ou no Rio mas não quisesse se comprometer em ir aos jogos) e pudesse dispor de uma série de benefícios como sorteios, viagens, conteúdo editorial. Será que dava pra arrumar 200.000 sócios torcedores em 15 ou 20 dias?
E quem seriam os adversários? Importa? E o Volta Redonda? E o América? Me poupem...
Em 10 minutos foi o que deu pra pensar, em 10 horas dá pra pensar de forma mais consistente, em 10 dias, não mais que 10 dias, dá pra planejar e colocar em prática uma idéia infantil como esta.
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Curtinhas:
1. Gostei muito do Bottinelli, principalmente pelo posicionamento em campo. É raro um jogador no futebol brasileiro que jogue centralizado organizando os ataques, mas pelos 20 minutos que esteve em campo, parece que é por ali que ele gosta de jogar. Ótimo!
2. Também gostei do Vander. Mas que fique claro, é um jogador completamente diferente que gosta de jogar pelos lados e buscar o drible em direção ao gol. É outro que pode nos ajudar bastante este ano.
3. Acho que está surgindo uma nova estrela na Gávea. O nome dele? Romário. Podem anotar.
4. Pergunta que não quer calar: se o Renato estivesse em campo o Bottinelli bateria aquela falta?
5. Continuo encantado com a garotada da Copinha. Em conjunto eles não fizeram um bom jogo contra o Cruzeiro. Mas individualmente, e nesta categoria é isso que me importa, temos 7 ou 8 jogadores de grande potencial pra servir o time de cima em 2 ou 3 anos.
6. O Diogo foi emprestado ao Flamengo por 12 meses por 1 milhão de EUROS. 5 meses, repito, 5 meses depois, ele está sendo emprestado ao Santos por 1 milhão de REAIS pelos mesmos 12 meses, ou seja, MENOS DA METADE!
Ah, se fosse o Kleber Leite...
7. Lugano? Aí vira sacanagem...
