Seria insanidade da minha parte culpar o nosso atual treinador Vanderlei Luxemburgo pela situação que vivemos no atual brasileirão quando, a 3 rodadas do fim, nunca estivemos tão vivos na luta contra o rebaixamento. Afinal não foi ele quem vendeu o monstro Airton por meia dúzia de mariolas no início de 2010, não foi ele quem deixou o Flamengo fazer parte das páginas policiais dos jornais durante todo o 1o semestre, não foi ele quem, mesmo com tempo e dinheiro, manteve no momento chave da parada pra Copa do Mundo o treinador estagiário, não foi ele quem fez certas contratações estapafúrdias, outras fora de hora e fora de preço, muito menos foi ele quem demitiu preparadores e auxiliares campeões de tudo no Flamengo pra colocar em seus lugares profissionais de péssima qualidade como o ultrapassado Toninho Oliveira e o indescritível Cantarelli. Mas pofexô, a hora é de você entender o que se passa, nos livrar desta situação e, aí sim, pensar no novo time do Flamengo.
É inquestionável que o Vanderlei é um treinador vitorioso. No meu modo de ver futebol, ele escala o time taticamente de forma arcaica, mas isso é completamente secundário dado o momento que vivemos. Meu grande receio, aliás pavor, é que um treinador que sempre brigou na parte de cima da tabela e que, portanto, jamais viveu situação parecida com a que estamos vivendo hoje, não tenha a receita correta para nos livrar do abismo.
Quantas vezes vocês já leram ou ouviram a frase: na Seleção Brasileira de mil novecentos e antigamente o fulano detestava o beltrano e mesmo assim o time foi campeão? Pois costumava ser assim com o Luxemburgo, seja no Palmeiras de Edmundo e Evair ou no Corinthians de Marcelinho e Rincón. Só que a receita contra o rebaixamento sempre foi e sempre será outra, não é mesmo Carlos Alberto Torres, não é mesmo Joel Santana, não é mesmo Abel Braga? Sim, os agora badalados Joel e Abel eram mestres na arte de livrar times da Série B porque traziam o elenco pro seu lado, criavam um ambiente de família, faziam com que os jogadores jogassem por eles. Isso é receita pra título? NÃO! Mas pra sair da degola É SIM SENHOR!
E o que temos visto no Flamengo nesta reta final de campeonato? Primeiro o Vanderlei dispensou na calada da noite o Toró, jogador de qualidade questionável e com quem eu não firmaria um novo contrato pelos tais R$ 120 mil mensais que dizem ele pedia. Mas era um jogador queridíssimo pelo grupo, super vitorioso na sua passagem pelo Flamengo e que poderia ter saído de outra forma (o que eu discuto é sempre a forma), talvez após uma renovação por 3 meses após um papo olho no olho entre treinador e jogador. Depois, na semana decisiva do jogo contra o Galo, o pofexô discute com o empresário do Juan pela imprensa, xinga o Diogo na frente de todos os repórteres durante o treino, joga pra galera fingindo querer ensinar jogador de 25 anos de idade a passar faltando 30 dias pro fim da competição. Não, Sr. Dr. Luxemburgo, esta definitivamente não é a receita correta na luta contra o rebaixamento. A hora é de união, pofexô!
A nossa situação é preocupante, mas não é desesperadora, uma simples vitória contra o Guarani deve nos dar tranquilidade pois, apesar de concordar que resultados normais nos fariam precisar de mais, não acredito que a combinação dos resultados nos faça precisar mais do que 43 ou no máximo 44 pontos. Mas atenção, Luxemburgo, este não é o tipo de jogo que você está acostumado a fazer, quando o time está lá embaixo um simples gol do adversário no contra-ataque pode colocar o estádio à beira de um ataque de nervos que pode ser decisivo pro resultado da partida. Portanto, pofexô, seja prudente, 1 x 0 sábado é goleada, seja humilde e assista os jogos do Flamengo do Joel de 2005 e 2007 pra entender melhor o que eu estou falando. Ah, depois do jogo e com os 3 pontos no bolso, jogue todos esses VTs no lixo e começe o ano de 2011 com um conceito de futebol moderno, dinâmico, pra frente, como sempre jogaram os times dirigidos por você.
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Eu discordo veementemente de quem acha que o Flamengo está nesta situação por causa do Juan, do Correa, ou de qualquer outro jogador de um elenco que, se não é brilhante, está longe, muito longe de ser um dos 4 piores da competição. Mas pra sábado quem está momentaneamente mal tem que ser sumariamente barrado. Como eu defendo uma escalação segura, eu colocaria o Angelin preso na lateral-esquerda com o Léo subindo mais pela direita. Armaria o time com 2 cabeças de área (Maldonado e Willians – que, aliás, seria proibido de passar do meio-campo), 3 homens mais à frente (Fierro pela direita, Renato - Argh! – pelo meio e Marquinhos pela esquerda) e 1 centroavante, que pode ser qualquer um dos 3 Ds já que, pra mim, nenhum dos 3 está jogando coisa nenhuma. A minha zaga seria David e Wellinton, 2 jogadores altos pra podermos aproveitar as bolas paradas que o Renato, por incrível que pareça, vem batendo bem. Precisando o time seria solto no 2o tempo.
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Na era do politicamente correto é normal o receio de falar realmente o que se pensa sobre qualquer assunto mais polêmico. Pois assim como eu não defendo um estádio do Flamengo na Zona Sul do Rio de Janeiro, eu abomino, eu defenestro, eu acho uma baita sacanagem construir um estádio na Baixada Fluminense. O Flamengo é um clube com torcida nacional, mas sediado na cidade do Rio de Janeiro, se é pra tirá-lo do município que construam o estádio em Manaus, em São Luís do nosso amigo Raí, na Brasilia rubro-negra do amigo Gustavo. Porque os demagogos e hipócritas que sequer têm o hábito de pisar o Engenhão jamais me convencerão que um morador da cidade do Rio de Janeiro irá na 4a feira às 10 da noite assistir Flamengo x Corinthians lá em Duque de Caxias. Sou sim a favor de um estádio próprio, mas numa região central com trens e metrôs para todas as partes da cidade e estado. Por que não a Zona Portuária? É politicagem com o prefeito do seu partido, presidenta dos infernos? À propósito, eu tenho vergonha de torcer por um clube dirigido por você e pelos seus comparsas. Vergonha, nojo, asco.
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Parabéns pelos 115 anos, meu Flamengo. Apesar de tudo e de todos, sempre te amarei, onde estiver estarei, Ó Meu Mengão!
E pra finalizar, "Conte comigo Mengão, acima de tudo E DE QUALQUER UM rubro-negro!"
