sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Profissionalismo e malandragem


(Sacillotto rubronegro na Lapa)

Na vida, muitas vezes, precisamos decidir coisas que são definitivas, ou seja, coisas que gerarão efeitos por muito tempo. É assim em uma eleição, é assim quando contratamos alguém que vai trabalhar conosco, é assim quando decidimos juntas nossos trapos com alguém. Nessas horas, nem sempre a razão é vencedora. As vezes, nossa paixão ou emoção dirigem nossos atos. Mas nós nos tornamos refém dessas decisões, e vamos ter que conviver com elas ainda que nos arrependamos depois.

Luxemburgo chegou no Flamengo depois de um ano muito sofrido. Ainda que o noticiário inicial dissesse que era ele, Luxa, que precisava se reerguer, para a torcida do Flamengo quem precisava se reerguer era o time. Todos os campeonatos em que participamos foram meras participações este ano. Não disputamos nenhum título, não chegamos em nenhuma final de verdade.

Ainda que ninguém seja louco para se sentir o Salvador da Pátria, o Luxa foi visto assim, e mesmo depois de dois empates continuamos esperançosos. Não imaginamos nada mais brilhante que uma vaga na SULA, mas queremos que o time acerte neste final, que se faça uma avaliação boa de quem deve ficar, voltar ou sair.

O perigo sempre está nos bastidores. É dos subterrâneos que sobe o esgoto das negociações escusas. Se eu entendi corretamente o que li nestes 4 meses com Zico pelo Flamengo, muitos atletas que jogavam representando o Flamengo nas categorias mais jovens, não era atletas do Flamengo. Ao serem vendidos este jogadores não rendiam nada para o Clube. Foi isso que o Zico acabou. Ou tentou, porque não sei se voltou ao que era ou não. Quem souber que informe. Imaginem os interesses que foram contrariados. O ataque em 4 meses à pessoa do Zico é absurdo, se pensarmos em quantas décadas uma certa aristocracia rubronegra se aboleta perto das tetas das negociatas.

Que a nossa esperança e reforço ao nome do Luxa como técnico do Flamengo não sirva para apoiar qualquer pretensão do empresário Vanderley Luxemburgo. Se ele quer ser empresário não pode ser empregado do Flamengo. Escolha o que te dá mais dinheiro. Ou prazer. Em outro blog vi pessoas dizendo que acham normal o técnico ganhar comissão na venda de jogadores. Eu não acho não. Acho um absurdo completo.

Acho, sinceramente, que o Pet pode executar algum papel ligado ao futebol da Gávea. Ensina aos moleques a bater de trivela. A jogar a bola atrás da barreira. A tirar a coruja da toca.

Por fim, falta desejar que a eleição seja mais um processo de autoconhecimento e sabedoria na vida de cada um. Eu vou votar pensando que a malandragem não pode ser confundida com profissionalismo. Espero que a maioria faça o mesmo. SRN.