São 22 pontos e apenas 14 gols marcados em 19 jogos, um retrospecto pra lá de desanimador. Mas, por incrível que pareça, nunca foi tão fácil chegar à zona de classificação da Libertadores, mesmo estando bem atrás por conta na demora nas contratações e na demissão do treinador estagiário e, principalmente, do erro inexplicável na troca do preparador físico campeão brasileiro por outro com métodos ultrapassados e que deixou o grupo pessimamente preparado para a sequência de jogos que viriam pela frente.
Este ano, graças aos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores por Santos e Internacional (2 dos favoritos ao título brasileiro), o sempre disputado G4 deverá se transformar em G6. E qual é o retrospecto dos 6os colocados desde que o campeonato é disputado em pontos corridos por 20 equipes?
2006: Vasco – 59 pontos
2007: Grêmio – 58
2008: Internacional – 54
2009: Avaí: 57
A média destes 4 anos é de 57 pontos, olhando a tabela eu diria que dificilmente algum clube chegará a este posto com mais de 58. Não acredito no Botafogo, pois tenho visto os jogos e acho que alguma hora eles vão começar a despencar na tabela. Não acredito no Vasco porque, como já era previsto, seus melhores jogadores jogam pouco, se machucam demais. E muito menos nos Atleticos Paranaenses, Avaís e Cearás da vida, times fracos, que passam por boas fases em determinados momentos, mas que não têm elenco pra suportar um campeonato tão difícil. Com a disparada do Cruzeiro, pra mim brigamos pela 4a vaga (as outras seriam de Fluminense e Corinthians) com Palmeiras e São Paulo. Pra vencermos esta disputa precisamos de 36 pontos em 57 possíveis, necessitamos de 12 vitórias em 19 jogos. Nem sou daqueles que acharam que o Flamengo jogou isso tudo ontem, mas pra mim ficou muito claro, se o Silas acertar mais do que errar dá pra chegar, estou convicto que dá.
Como já falávamos aqui há meses, o meio-campo precisava ser rejuvenescido, precisava se destacar pelo dinamismo, pela produtividade durante todo o tempo ao invés dos lampejos, pelo conjunto em detrimento das individualidades. O time ontem finalmente destravou no 1o tempo, as jogadas fluíram, as chances surgiram. E pra isso não foi necessário que houvesse no meio-campo um centralizador de jogadas, um homem que necessariamente recebesse todas as bolas para dar início às nossas jogadas de ataque. O que demonstra que não há 1 única forma de jogar futebol, qualquer esquema pode ter sucesso, basta que o treinador consiga tirar o máximo daqueles jogadores que fazem parte do elenco. No 2o tempo o time caiu e vai continuar caindo por um bom tempo, até que o novo preparador físico consiga contornar os estragos feitos pelo profissional anterior, contratado fora de hora e sem que a diretoria tivesse informações sobre seus trabalhos recentes. Depois, a partir da entrada do Petkovic, o futebol apresentado voltou a ser aquele dos últimos tempos porque as jogadas voltaram a ser centralizadas em um único jogador, que apareceu individualmente em 1 ou 2 bons passes, mas que não conseguiu fazer o jogo do time fluir com naturalidade.
Meu otimismo em conseguir as tais 12 vitórias se deve ao fato do Flamengo ser o único “fato novo” deste 2o turno. Os outros times são aqueles que vimos nas últimas 6, 8, 10 rodadas. O Flamengo com David, Maldonado (?!?), Diogo e Deivid é outro completamente diferente, principalmente por causa dos 2 atacantes que, ao contrário daqueles que lá estavam, conseguem parar todas as bolas na frente, se movimentam, criam espaços. Mas pra que efetivamente o bom time que temos chegue onde penso que ele possa chegar, será necessário que o Silas observe novas opções para cada jogo, que ele mantenha firme a idéia de que só joga 90 minutos quem estiver bem preparado fisicamente, que ele consiga que jogadores como o Renato e o Pet mantenham-se motivados e aceitem esta situação de não jogarem todos os jogos. 4a feira contra o São Paulo, por exemplo, eu colocaria o Deivid no banco e começaria o jogo com o Diego Mauricio, simplesmente porque, pelo que eu vi ontem, não acredito que ele participe em alto nível de jogos às 4as e domingos.
Finalizando sobre Renato e o Pet. Acho que o Renato começou bem o jogo atuando centralizado, mas aos poucos ele foi recuando e chegando ali pro lado esquerdo, o que deixava um enorme buraco entre meio e ataque. Ao meu ver ele não é o jogador ideal pra jogar ali, apesar de não ter feito uma partida ruim. Quanto ao Pet, o Silas precisa encontrar uma forma de fazê-lo produzir mais para o time. Vindo atrás pra receber a bola dos volantes, correndo pra um lado e pro outro pra receber todas as bolas e tentando resolver todos os lances sozinho, não acredito que ele esteja sendo útil. Com a qualidade de passe que tem, talvez a solução fosse jogar 15 ou 20 minutos como sempre jogou o Zico, numa linha reta entre o grande círculo e a meia-lua da área adversária. Nada de piques pras laterais, nada de carrinhos na marcação, tenho certeza que ele seria muito mais útil se ficasse restrito a criação no meio-campo.
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Esperei o fim do 1o turno pra afirmar, temos um ótimo goleiro, estamos muito bem servidos na posição. O Lomba vai falhar, como todo bom goleiro também falha. Mas, pra minha surpresa, ele evoluiu muito nos últimos anos sob o comando do Roberto Barbosa e tem tudo pra se firmar como um dos principais jogadores da posição no Brasil. E que o Cantarelli não estrague todo o trabalho que foi feito com ele nos últimos 4 anos.
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Se eu tô jogando pelada, tem um escanteio pro meu time aos 48 do 2o tempo, o time vai todo pra área e o meu meia-esquerda bate tentando o gol olímpico, eu ía ficar muito, mas muito puto. Se a bola sai novamente e ele tenta pela 2a vez eu partia pra cima dele e enfiava uma porrada no cara. rsrs é brincadeirinha, hein, por favor... rsrs
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Eu já ía me esquecendo: o que será que conversavam animadamente e às gargalhadas o Marcos Braz, o Helinho Ferraz e o Michel Levy antes e no intervalo do jogo de ontem nas cadeiras especiais do Maracanã?
Boa semana!
