A pressão sobre o Zico, atual diretor executivo do futebol do Flamengo, está subindo na Gávea, principalmente fora de campo, nos corredores e gabinetes. Se considerarmos que o galo mal começou o seu trabalho que, em tese, deveria ser o de todos em benefício do Flamengo, é preocupante a reação suscitada nos incomodados, que levantam suspeitas até então não comprovadas, umas empilhadas sobre as outras. Fico feliz em saber que o Zico, relembrando os seus bons tempos de atacante, disse que vai partir p'ra cima dos oponentes, agora em campos judiciais, para passar tudo a limpo, se for o caso. Ao acusador cabe o ônus da prova, premissa básica do direito que será devidamente utilizada pelo executivo contra todos que lhe apontaram o dedo de forma leviana e irresponsável.
Segundo o galo "Falaram algumas coisas e vão ter de provar. Não é questão de pressão política, são coisas que falaram e que não tem cabimento. O problema é que esse pessoal que nunca fez nada pelo Flamengo quer aproveitar para me atacar. Eu, graças a Deus, fiz muito pelo Flamengo. Falar que sou um péssimo dirgente, que contrato mal, tudo bem, é uma crítica. Agora, dizer certas coisas já é partir para um outro lado".
Grande Zico, meu ídolo, desde sempre, compreendeu e absorveu que apoio incondicional não é acrítico e, mais uma vez, mandou bem o camisa 10 das mais belas tardes de domingo em vermelho e preto.
Escrever uma coluna sobre futebol, às quartas-feiras, antes de jogo do Flamengo, significa praticar um exercício de futurologia. Como não sou crítico e tampouco analista de futebol, na condição de torcedor me permito torcer e até distorcer os fatos, se necessário for, para favorecer o Flamengo, que joga logo mais contra o Grêmio, em Porto Alegre, no rumo dos trinta pontos da tabela do campeonato. Para começar, acho uma boa idéia apostar numa vitória rubro-negra. Minha única e principal preocupação é o treinador achar que o empate é um bom resultado e posicionar o time com quatro zaqueiros, quatro volantes (oito defensores) e dois atacantes. Coitados destes, mais isolados que sobreviventes nos Andes, a correrem atrás de bicões e chutões p'ra frente na esperança de tirar vantagem de uma falha da zaga adversária ou de um encontro fortuito com uma bola perdida. Quem quer vencer um jogo tem que atacar, marcar a saída de bola do adversário e, principalmente, fazer os passes certos. Até sair os gols. A partir daí pode administrar com inteligência o andar da partida. Mas como realizar o fundamento do passe preciso com Toró, Kléberson, R11 e cia? Realmente é difícil, a exceção é a regra e aí a opção é o chamado bumba-meu-boi e seja o que Deus quiser, até que apareça um pensador naquela zona do campo a partir da qual se ganha o jogo.
Parto, então, para vencer na raça, na camisa, na velha mística rubro-negra para resolver a situação em que mergulharam o clube neste malfadado ano de 2010, que começou mal dentro de campo, passou pelas delegacias de polícia e creio que vai acabar numa Sul-Americana, graças justamente a mamãezada que imperava na Gávea até a chegada do Zico, a quem hoje combatem por querer impor seus nobres ideais e fazer um Flamengo do tamanho de sua dimensão, moralizado, respeitado e atraente para todo e qualquer profissional do futebol.
PS. Ao fechar a coluna, fico sabendo que o Santos cometeu erro idêntico ao do Flamengo, em 1995, quando demitiu o Luxa para ficar com o Romário: Demitiu o Dorival Júnior em função das infantilidades do Neymar.
Zicão, Olha a bola quicando na sua frente, pedindo para ser empurrada para dentro do gol.Contrata o Dorival, Zicão!