A brincadeira tem a sua razão de ser. Falando sério agora, vou tentar avançar um pouco nas discussões da semana e, talvez por muita pretensão da minha parte, deixar as emoções de lado e tentar ver as coisas sob um enfoque mais realista e racional.
O fato é que o nosso Zico é Deus, mas é humano; é idolatrado, mas não é infalível. Como uma mistura de dirigente e atleta, mostrou toda a sua competência sendo um dos pilares que fizeram do futebol japonês um grande “business” organizado, estruturado e rentável. Como dono do CFZ, montou um clube ajeitadinho, com estrutura razoável, e ainda se deu ao luxo de arranjar uma franquia em Brasília e, novato, se tornar o clube a interromper uma série de oito campeonatos consecutivos do Gama. Nem por isso, contudo, chega perto de ser o executivo mais bem sucedido da história do futebol, apesar de ser Deus...
Além disso, eu já vi o Zico errar. Lembram do Régis? Pois é. Todo mundo erra, até Deus, que é infalível! Então, amigos, o Zico é tão bom, tão bom, tão competente, que é até capaz de acertar desde o início, mas também não será surpresa se errar, se demorar um pouco para acertar a mão.
Tudo o que eu não quero é ver o deplorável incidente que no final da década de 90 presenciei na Vila Belmiro, ao assistir a uma partida do Santos, então em péssima fase, na qual a torcida ofendeu muito o Pelé. Isso não pode acontecer, seja pelo que representa o Zico, seja pela oportunidade que ele representa para o Flamengo agora. Por sinal, ontem, quarta-feira, a Folha de S. Paulo, em seu caderno “Esporte”, disse que o Zico era “a última chance para o Flamengo recorrer a seu período mais vitorioso e profissionalizar o futebol”. Bom, tirando o absurdo e a babaquice da afirmação, como se o Flamengo não fosse um clube profissional de futebol, sejamos francos e realistas: há como imaginar oportunidade melhor do que essa? É óbvio que não!
A Nação, portanto, precisa estar unida em torno do Galo e apoiá-lo incondicionalmente até o fim do mandato da presidente Patrícia Amorim, nos bons e nos maus momentos. Ao final veremos, com certeza, o resultado do trabalho e o Flamengo muito mais forte, preparado para o futuro e amadurecido com o passado recente doloroso e turbulento.
A Presidenta
Bom, depois de contratar o Zico, ela merecia uma foto melhor, né, Rocco? (passando atestado de canalha, rsrsrsrsrs).
Falando sério, não há razão para retirar as críticas feitas anteriormente. Acho que está no DNA de um político, coisa que a Patrícia, vereadora, é, cozinhar o problema em "Banho-Maria" para ve se não se resolve sozinho. Foi isso que vimos nesse primeiro semestre. Veio a tragédia, o precipício se aproximando, e eis que ela mostrou notável poder de reação e trouxe ninguém menos do que Deus para o seu lado.
É claro que respeito a opinião de quem acha que ela "trabalhou em silêncio esse tempo todo", mas não é essa a interpretação que tenho dos FATOS. Aliás, se ela tomasse essa medida no seu primeiro dia de mandato, será que alguém reclamaria? Eu, pelo menos, continuo achando que a sua condução do primeiro semestre no futebol foi um quase completo desastre, permitindo que o vice-presidente de futebol exonerasse jogadores de comparecer a treinos (o que, quis o destino, em sua cruel e fria ironia, acontecesse no primeiro dia em que ela foi conversar com os atletas), e ela, na política de político de levar as coisas no "Banho-Maria" até o limite, acabou nos levando à perda da tão sonhada Libertadores.
É importante que ela compreenda, contudo, que com Deus não dá para levar as coisas no "Banho-Maria"; isso não se faz. Ao nosso Deus, Patrícia terá que dar apoio incondicional sempre. E para quem acha que, em um momento difícil, especialmente em termos de resultados, que pode ocorrer, a oposição não tentará queimar até mesmo o símbolo maior do Flamengo encarnado em uma pessoa, remeto-lhes à leitura da amargurada e ressentida carta do Márcio Braga a Patrícia Amorim, divulgada hoje.
A Patrícia merecerá todo o nosso agradecimento quando, ao final do seu mandato, estiver ainda com o Zicão ao seu lado deixando o nosso Departamento de Futebol como deve ser.
Não nego que temo a sua inexperiência e o DNA político e, sim, confesso que o que ocorreu no primeiro semestre ainda deixa em mim uma ponta de insegurança; acredito, porém, na sua boa intenção (apesar do inferno estar cheio delas...) e na sua compreensão do que representa o Deus rubro-negro e o momento histórico em que vivemos.
Até lá, haverá a boa vontade com ela, mas com olhos abertos para o “Conselhinho” e para a oposição, além da forma pela qual a Patrícia conduzirá as inevitáveis pressões que deles virão sobre o Departamento de Futebol. Em poucas palavras: se ela realmente "blindará" o Galinho de Quintino contra esse tipo de força negativa que infelizmente existe na Gávea. Eu, ao menos, estarei de olho, atento.
Que Deus te ilumine e lhe dê a sabedoria para superar a sua inexperiêcia, Patrícia. Os bons fluidos e o pensamento positivo da República Federativa do Flamengo, a Nação Rubro-Negra, está contigo.
SÓ LOVE!!!!!!!!
No primeiro tempo, se o aversário fosse qualificado no ataque, teríamos saído de campo com três gols na nossa rede. Um show de horrores.
No segundo tempo, o treinador conseguiu postar o time corretamente dentro de campo e o Flamengo dominou a partida. Longe de apresentar boa técnica, ao menos taticamente foi superior ao adversário, estando muito melhor postado dentro de campo.
Destaques: o melhor fôlego do Petkovic, que, como o resto do time, tecnicamente não foi bem; Wellinton jogando bem; Vagner Love acertando uma vez na partida, mas quando foi necessário e para decidir; a melhora do time após o intervalo.
Acho que os números do Vagner Love não mentem: não se trata de um jogador que se destaque pela técnica apurada, mas os gols que ele fez nessa temporada e mesmo o seu nível comparado com os ocupantes da mesma posição nos adversários nos obrigam a torcer muito pela sua permanência.
Fica, Love!
No final de semana nos resta vencer e nos aproximar dos líderes. Na volta do campeonato a gente ruma para o Hepta.
SRN a todos.