sexta-feira, 7 de maio de 2010

Aprendendo com a experiência


Depois de um dia glorioso, com uma boa parte dos rivais chorando (tricolor e bacalhau desclassificados, porco frito e coringão virando carta fora do baralho), fechei o círculo de combinar quando seriam pagas as apostas, e resolvi rever o jogo desta quarta. O que vi foi exatamente o mesmo jogo, ou seja, não foi o calor da paixão nem a emoção do momento que me levaram a esta convicção : O Flamengo simplesmente não usou o meio campo no primeiro tempo. Devemos reconhecer que, mesmo levando dois gols na primeira metade da partida (e poderiam ser mais), nossa defesa não foi tão mal assim. Se não saímos derrotados por um número maior de gols foi porque, ao contrário do que li por aí, o time teve sim, muita raça na sua defesa. Definitivamente, se o Rômulo não é o supra sumo dos volantes, sua participação, ao lado de Maldonado, deu outra segurança no nosso sistema defensivo. É claro que devemos levar em conta também que este time adversário era muito ruim de bola. A torcida paulista se iludiu e ficou achando que o time do Corinthians tinha a categoria necessária para superar todos e tudo. Não tinha. Basta dizer que a maioria da imprensa esportiva achou que o gordinho foi o melhor jogador do time. É muito pouco para um sonho tão alto.
(pausa para atender o homem da padaria : Era só para dizer que o sonho acabou !)
Pois bem, se a defesa recuperava a bola, o que vinha em seguida ? Em um quadro negro (lousa?), um técnico de futebol deveria analisar todas as opções de retomada e contra ataque do time. Opção 1 : Sr. Bruno, lançamento para os nossos atacantes. Opção 2 : Zagueiros entregam para volantes, estes passam para os meias e estes buscam a verticalização da jogada para que a bola chegue nos atacantes, passando ou não pelas pontas. Opção 3 : Laterais se deslocam, recebem, vão a linha de fundo e cruzam. O que se viu no primeiro tempo do jogo ? Nada disso. Pelo menos em 3 bolas o David simplesmente rifou a bola. Em uma delas, a bola foi até o goleiro adversário. Na outra, saiu pela linha de lado, com o Pacheco ainda tomando uma vaia porque não conseguiu segurar uma bola mal remetida. Assim não dá ! Que aconteça uma vez ou outra, faz parte do futebol. Mas fazer disso a única jogada de saída de bola do time ?
Aqui mesmo no Buteco, nossos amigos tem cansado de repetir ( e dar exemplo) que esta arrumação com corredores no lugar de armadores não deu certo em 3, 4 jogos seguidos. O que é preciso para o “professor” virar aluno e aprender isso de uma vez por todas ? Já nem entro mais no assunto da escalação do Pet. Esse mistério um dia sera esclarecido. Espero que seja pela sua condição física, porque essa é a única explicação possível. Já disse aqui que se o Pet só pudesse jogar 30 minutos, ainda assim eu o colocaria em campo, pela abissal diferença de qualidade em relação as demais opções. Por incrível que pareça, a entrada de Kleberson (que também errou bastante, revendo o jogo se percebe) deu a impressão que o time estava até MARCANDO melhor. E olhe que o filho de Kleb nem é essa coisa toda na marcação. Mas pelo menos a bola passou a tocar o gramado entre as intermediárias. Sr. Técnico, pelo amor de Deus, nunca mais repita essa brincadeira de imaginar um “contra ataque rápido” sem escalar alguém que faça o lançamento ou o passe preciso. Ou o sr. aprende isso de uma vez por todas, ou vai repetir de ano e voltar para o pré primário...E nós juntos.