Não foi uma participação brilhante. No primeiro tempo, até a metade, o jogo foi truncado, sem oportunidades de gol. O Flamengo simplesmente não criou nada e depois, na segunda metade, foi razoavelmente pressionado, até que o talento de Petkovic criou duas jogadas em sequência que levaram ao pênalti muito bem convertido pelo Love. Foi a única coisa que o Petkovic fez de útil na partida, mas saibamos reconhecer que ele foi, mais uma vez, aboslutamente decisivo. Essas duas jogadas, aliás, foram a prova cabal de que bastava um pouco mais de ousadia para que a categoria dos nossos jogadores prevalecesse.
No segundo tempo, o Toró, que já havia sido muito inocente e precipitado ao repetir o lance em que o árbitro deu amarelo para o venezuelano, ainda fez aquele papelão ao ser expulso. Após alguns minutos de muita tensão, não é que o time passou a ter os seus melhores momentos em campo? Ora, se é verdade que o Caracas criou algumas oportunidades, mais verdade ainda é que o Flamengo passou a entrar no jogo e contra-atacar. E não é que o time decidiu o jogo nos contra-ataques, e com categoria?
Primeiramente, Kleberson apareceu no jogo e formou um trio eficiente com Vinícius Pacheco e Vagner Love (por que não antes? Por que foram tão pífios antes?). Depois, Rodrigo Alvim mostrou o seu cartão de visita e provou que pode ser opção não apenas para a reserva do Juan, mas também para o meio de campo, como um volante moderno, que chega no ataque decidindo. Enfim, tudo o que esperávamos que o Fernando fosse e que não vem mostrando.
Bruno teve uma boa atuação e garantiu o empate com segurança. Fabrício parece ter tomado conta da posição. O ponto negativo foi o Álvaro, lento e facilmente superado pelo ataque venezuelano em várias oportunidades. É um ponto preocupante para as próximas rodadas da competição.
No final, acho que o Flamengo jogou para o gasto, apenas o suficiente para se impor quando parecia mais pressionado. Mas isso é muito pouco, gente. O Caracas não parece ter a força do ano passado, quando chegou as quartas-de-final contra o Grêmio num confronto equilibradíssimo. Embora tenha pressionado, convenhamos, foi visível a sua inferioridade técnica. A distância técnica entre os dois times é abissal. Tudo está a indicar que Flamengo e Universidad de Chile se classificarão, pelo que vi do clássico universitário chileno. O próximo jogo será fundamental para garantirmos a ponta da tabela.
O próximo jogo no Chile, amigos, não se enganem, será muito mais difícil. Espero que possamos contar com o Adriano sóbrio e focado na partida. O que me preocupa é essa proteção à zaga. O Álvaro, definitivamente, não está bem e não pode jogar tão exposto. Sua fragilidade ficou evidente com a saída do Toró. Falta esse primeiro volante, algo que precisa ser corrigido para as oitavas-de-final.
Vou ficando por aqui, Comunidade Butequiana. Domingo tem Vasco da Gama, nosso freguês de caderno mais tradicional.
Curtam a liderança isolada do nosso grupo.
SRN a todos!