segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Feliz 2010

*por Alex do triplex, do Blog FlamengoNet


Depois da carga de amistosos pra testar nosso time, at last but not at least começa o ano. Quarta-feira voltamos ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído, guardado o ponto da grandiosidade do Flamengo. Libertadores, o caminho mais curto - e simplesmente necessário - pro Mundial.


Muitos me perguntam se estamos prontos. (Nota do autor: obrigado pela moral de achar que eu entendo alguma coisa de futebol). E eu respondo por partes.


Primeiramente, acredito que a Libertadores exige tática, estratégia, etc. Mas, acima de tudo, exige balls. Exige que tenhamos um time de macho na concepção da palavra. Em 81 nosso time era leve, todo mundo "magrinho", mas não fugíamos da porrada. Em Libertadores, se faz necessário o que o Júnior fazia. Dividia a bola, e ao levantar, canto da boca, mandava meia dúzia de desaforos. Ou o que fez em Tóquio. Perfilados com os ingleses, xingou-os veementemente. Ali, os caras pensaram "devem ser ninjas, tudo magrinho e gritando com a gente?". É o que alguns chamariam "put the wood on the table". Isso não é violência. É a intimidação que existe e TEM QUE EXISTIR em jogos contra os sulameriquens. Fim do ponto 1.


Taticamente, a parada é simples no papel. Em 2009 tínhamos uma proteção muito forte pra zaga. Maldonado e Airton "This is Sparta" eram 2 cães de guarda. Porém, a marcação começava lá na frente. Zé Roberto se tornou um carrapato que vinha fungando até nossa área, se preciso fosse. Um sinal do comprometimento que tem que voltar aos nossos autos. É fato que Love e Adriano pouco voltam. Love até marca a saída, mas ainda "está" pouco. Nossa pressão tem que começar no goleiro deles. Obrigar o cara a dar bicudas pra frente, e tirar a suposta qualidade no passe que qualquer time da nossa chave tenha.


"Mas Alex, a nossa zaga tá um lixo".


Sim, os caras estão mal. Mas eu pergunto. Quem aqui sabe o que é uma bola de futebol? Quem já jogou peladas? Todo mundo sabe que, mesmo num futebol entre amigos, se um ou 2 não correm, é a zaga que vai pagar os pecados. Matemática. 11x11. 2 não correm, sobram 2 a mais no time adversário. Estou tentanto livrar a cara da zaga? Não, claro que não, mas há de se achar a responsa do nosso meio. Willians é nosso carrapato hoje. Mas é um só. É necessário que exista o comprometimento tático. Que não se corra errado. Nada de Toró dando carrinho na ponta esquerda ou LM jogando de centroavante. Um mínimo de organização pode nos levar longe nessa competição que teve, na semana passada, uma goleada de 4x1 de um time peruano pra cima do atual campeão. O quero dizer com isso? O nível continua baixo. Tá nivelado no chão.


Nesse ponto, acredito que nossa qualidade no ataque nos leve longe nessa competição. Os 2 estão afim de jogo, afim de meter gol pra botar no currículo uma Libertadores. Eles e o resto, claro. Focados, centrados, podemos chegar sim.


E pra terminar, um alerta ao nosso psicólogo de plantão. Tem que conversar com a criançada pra cessar de vez essa coisa de amarelos e vermelhos inúteis. Se no carioca o nível da arbitragem é ruim, na Liberta o nível é de cegueira. Os caras só enxergam o que querem ver. E nesse ponto, urge a necessidade de entrarmos em campo com sangue nos olhos e gardenal na veia.


Especificamente sobre quarta, só peço que lotem o Maraca. Vi muita gente reclamando do preço do ingresso, mas, caspita, na final contra o Grêmio vi nego pagando 400 contos numa arquibancada. E não me venham dizer que são ocasiões distintas. Pra chegar no Mundial, precisamos da torcida, precisamos do Maraca sempre cheio. É caro, é ruim chegar 1 da manhã em casa? Sim, mas lembrem-se do sonho do Mundial. Corneta e bandeira na mão, e Maraca na veia.


E nada mais digo.


Alex do triplex no twitter: http://www.twitter.com/alextriplex