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Quem é que nunca perdeu um chaveiro, ou apenas uma chave? Isso é uma coisa que acontece quase que diariamente com alguém. Nada demais,....perder uma chave.........até eu já perdi uma chave!......Perdi a chave do meu Urubugre.
Pois é. Perder uma chave pode ser a coisa mais normal do planeta, mas, porém, entretanto, todavia, há uma chave,....uma única chave,.....que não se deve perder nunca!!! Nem que a vaca tussa, a pessoa deve perder essa chave, dada à importância que ela tem no moral de um homem!!.....É a “chave do cu”!
Sim meus bróderis e minhas bróderas! Vai que você perca essa sagrada chave, que guarda toda sua dignidade pessoal enquanto está com o cu aberto!! Se perder com ele fechado, até que não será tão grande o prejuízo, mas, perder a chave com ele aberto, é triste!!
E assim o fez a torcida e a imprensa mineira, antes do caldo Knorr enfrentar o Flamengo. Eles peidaram um monte de fedorentas besteiras, que o Mengão iria “sair de lá goleado e humilhado”, só que, enquanto eles estavam com o cu aberto, falando merda, Pet, Maldonado e Adriano abriram seu chaveiro e roubaram a tal chave.
E agora José?.....E agora você?......A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? E agora, você ?
Ontem, quando lia o noticiário nos sites da net, como sempre, dei aquela passada básica no Globoesporte.com, para ver a tabela de classificação e fazer uma projeção dos times aspirantes ao título e foi então que eu ri.
Até a bem pouco tempo atrás, eu olhava os próximos jogos do Flamengo e de vários outros times, agora não. Agora olhei só de dois clubes, o resto não interessa. E semana que vem espero estar olhando somente do Flamengo.
Mas, pra quem falou que iria fazer e acontecer, o Caldo Knorr me deixou bastante frustrado. Eu até que esperei um jogo duro, com o time deles dando trabalho, mas, o que eu vi, foi um time jogar futebol de verdade, o Flamengo e outro mandando chuveirinhos para a área, sem qualquer maior pretensão, que não fosse contar com a sorte de uma sobra de bola e um gol fortuito, como, aliás, acabou sendo o gol deles. Mais nada.
O que eu vi do time deles, foi um cara poliglota, o Ricardinho, tentando se comunicar com um monte de analfabetos e estes sem compreender nada que ele dizia.
O que eu vi, foi o mesmo Tardelli do Flamengo, a tentar as mesmas jogadas individuais que ele só consegue efetuar com êxito, quando é marcado por paralíticos, mas que, no caso de enfrentar um time de verdade, com jogadores do nível de Maldonado, Ronaldo Angelim, Leo, Williams, Ayrton, Álvaro, fica no ciscado, bem próprio de uma galinha mineira choca.
O Andrade deu a derradeira explicação para o foguetório da noite anterior ao jogo. “Quem faz isso, não tem confiança na competência de seu próprio time”.
E meu irmão, Sidney, após o jogo, mandou uma letra que me emocionou. Ele disse:
“É claro que não dá pra comparar individualmente, os jogadores desse time, com os da década de 80, mas, o futebol que estão jogando faz lembrar! É bola certinha, de pé em pé, com jogadas trabalhadas. O time sabe o que está fazendo!”
E é mesmo! Foi-se o tempo em que o Flamengo jogava como jogou o Knorr, com bolas alucinadamente alçadas na área, com pseudo-lançamentos, na base do “vê se cabe” e do “eu cruzo você se vira”.
A sensação que nós tínhamos, em cada ataque, era a de esperar que a sorte nos ajudasse. Cada falta na entrada da área, ou na intermediária, nós já sabíamos que o Juan bateria, “à moda boi” e 99% delas não resultariam em nada. Cada bola cruzada na área era rechaçada pela zaga adversária e, sem absolutamente nenhum perigo e nenhum de nós esperava nada de proveitoso. Mas, quando era contra nossa defesa, aí sim, era um “Deus nos acuda”.
Hoje é diferente. Hoje, uma falta na entrada da área, voltou a ser pênalti, uma falta na intermediária, é jogada ensaiada e um escanteio é falta na entrada da área.
O gol olímpico do Pet, já nasceu de uma jogada sua, com um lançamento de contra ataque, primoroso para o Zé, que obrigou a goleira Karina a espalmar pra escanteio.
E no gol do Maldonado...!!??....Vocês repararam a sutileza??....Ele toca pro Zé, que avança e repassa a ele, o Chileno, então, faz com a mão esquerda um gesto típico de quem manda o ataque se posicionar para receber o cruzamento, desviando a atenção da zaga, mas, com incrível inteligência, ameaça o chute, já provocando outra desarrumação geral dos defensores, aí, deixa a redonda passar e mete o tamanco. E que barato foi ver sua camisa subir às costas, com a vontade do chute....!!!
E no terceiro gol, louvo a jogada de ultrapassagem, trabalhada pelo Leo Moura e o Fierro, coisa que eles já haviam realizado antes e em outras partidas, até que, deu certo. No mais, reparem no vídeo, que o Ferrabrás levanta a cabeça, vê o posicionamento do Imperador e faz um cruzamento tipo ponto futuro.
Há algum tempo, num determinado post, eu citei o fato que, “um time vencedor, tem que meter medo no adversário, antes mesmo de o jogo começar” e assim está acontecendo. Hoje em dia, vai começar a partida, bola no centro, o adversário olha aquelas onze camisas Rubro-Negras e ele sente a merda voltar pro cu. “Pô,....é o Flamengo fodão que está ali!...Isso não vai ser bom....!!!”
Fosse nos tempos das vacas magras, nenhum marcador teria tamanha preocupação com um jogador de 37 anos e ele também não sobressairia tanto, mas, tendo a coisa bem encaixada, o time bem ajustado, unido, sem divisões e rachas internos, do goleiro ao massagista, todos trabalham felizes e conseguem dar seu melhor.
Um grande time começa a ser formado pela amizade, divisão de funções e esforço coletivo, pois, sem eles, toda a competência e vontade individuais se perdem. Daí, como diria o Papai Joel, “o time encaixa” e, quando isto acontece, a torcida passa a jogar junto e, sendo esta a Nação Rubro-Negra, torna-se um pau de merda, segurar esta união.
Portanto, se tudo isto está acontecendo, nós temos que render graças ao Tromba, que sabe como se forma um time vencedor, pois, participou do Maior Deles e está sabendo passar isto aos jogadores. Aquela máxima, dita há seis meses atrás, de que, “para ganhar do Flamengo, era só marcar Leo Moura e Juan”, foi por água abaixo. Hoje em dia, pra ganhar do Flamengo, tem que cagar um quilo, duzentos e cinqüenta e cinco gramas, certinho na balança, senão, vai pro saco! Hoje em dia, o Flamengo tem um arco e uma flecha com ponta, certeira, venenosa e matadora. Ou várias.
Hoje em dia, quando o Flamengo parte para o ataque, eu já espero a boa jogada, coisa que não sentia antigamente. Hoje, quando o Pet pega a bola, eu tento adivinhar quem ele vai deixar na cara do gol e, quando a redonda vai pro Adriano, eu prendo a respiração e arregalo os olhos, sem querer piscar, pra não perder o segundo exato da patada sinistra a gol.
Contam uma história que, um certo patrão, colocou à porta de sua fábrica o seguinte cartaz: “Não falte, para que eu não perceba que a sua falta não faz falta.”
Pois é. A gente vive e vai vendo que, fora o Zico, ninguém é insubstituível. Eu cheguei a pensar que nem eu nem o Flamengo sobreviveríamos à ausência do Galinho, mas, o tempo passou e outros ídolos vieram. Lamentei demais a saída do Íbson, depois lamentei a saída do Emerson, mas, olha que outros vieram e estão cumprindo com bastante eficiência a falta que fizeram, mas, sinceramente,........como eu queria ver esse time de agora, jogando com esses dois...!!! Fico imaginando....
Bicudas finais.
PetkoZico: Você está me devolvendo a emoção dos anos 80. Obrigado.
FlorminenC: Valeu pela ajuda!......Agora já pode voltar a perder.
Leandro Guerreiro: Você quer ver a torcida no estádio?? Vai a um jogo do Flamengo.
Merluza: Parabéns! Vocês conseguiram dar a volta por baixo.