terça-feira, 17 de novembro de 2009

Flamengo: 114 Anos de História




Era a tarde do dia 19 de julho de 1992, aproximadamente às 3 horas da tarde. Estávamos no carro, eu, o proprietário da viatura, meu amigo Ricardinho Mello, seu filho Raphael, com apenas sete anos, o Beto e seu filho Betinho. Todos vestidos a caráter, com o Manto Sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Torcedor mais famoso e cantado unicamente em Nosso Hino. O destino era o Maracanã. O evento a ser presenciado, era o segundo jogo da decisão do Brasileirão, entre Flamengo e o São Raimundo de jerenal severiânus.
Começamos a subir a Ponte Rio Niterói e, logo enfrentamos o primeiro, mas pequeno, engarrafamento, em frente ao posto da patrulha rodoviária federal, cujo motivo era, uns dez ônibus, lotados com torcedores Rubro-Negros parados, levando uma dura dos policiais, pois, de todas as janelas de cada coletivo, os Flamenguistas apareciam dependurados, com mais da metade de seus corpos para fora. Os homens da lei gritavam e mandavam que entrassem. Os torcedores se ajeitavam e o ônibus era liberado, mas, logo que andava dez metros, voltavam todos a colocar, uma perna, tronco e cabeça pra fora e a gritar “Mengo”.

Ao chegarmos ao topo da ponte, no vão central, de onde já se via o lado de descida, dali pra frente, tudo estava parado.
Abri a porta e desci do carro, chorando. Gritei com o Ricardinho e com a turma, para que também descessem. Tiramos nossos Mantos Sagrados e começamos a rodá-los, acompanhando a massa, que desde onde estávamos, até onde nossas vistas alcançavam, fazia o mesmo.
Era uma enorme escola de samba, desfilando solene, em plena Ponte Rio Niterói, toda em Vermelho e Preto, rodando camisas e bandeiras e cantando seu samba enredo, que era o Hino do Mais Querido.

Eu nunca vi coisa tão linda, tão emocionante! Ali, naquele momento, eu tive certeza do título, pois, nem o mais cruel destino se atreveria a enfrentar, contrariar e evitar, a festa daquela Nação.

O mundo é Flamenguista! O universo é Flamenguista! A Nação Rubro-Negra é, sem dúvida, uma das sete maravilhas do planeta! Não há sentimento coletivo maior e mais intenso que ser Flamenguista!
De volta ao carro, meu amigo Ricardinho me olhou e disse a seguinte frase:
“_Graças a Deus, meu Pai me ensinou a ser Flamenguista!”

Cinco anos após este dia, o Raphael, filho do Ricardinho, que joga um bolão, foi treinar no merluza, onde recebeu uma lavagem cerebral, dada pelo eu-rico pilantra e seus asseclas e, hoje em dia, o garoto, já rapaz, foi mais um que vibrou com a gloriosa conquista de “campeão da segunda divisão”, título este que, se ele continuasse a ser Flamenguista, jamais poderia comemorar.

Este fato prova que a tese de meu amigo não está correta. Não se ensina a ninguém ser Flamenguista. Este é um sentimento inato. Não é o corpo, mas sim, o espírito, que nasce Flamenguista.
Com certeza, o espírito do Raphael, que considero um sobrinho, ainda não atingiu o grau de elevação necessário para ver Zico frente a frente.

Então, quero acreditar que, o “Pai”, ao qual o Ricardinho se referiu, agradecendo por lhe ter ensinado a ser Flamenguista, tenha sido “Deus”. Aí sim, eu vejo uma razão óbvia, pois, Deus é Rubro-Negro e também passou a Jesus, Seu Filho, o mesmo ensinamento.

E, por falar em Deus, vejam bem que, sua obra na criação do mundo, não foi exatamente como conta a Bíblia. Não foi tudo criado apenas em sete dias. Não......! A última obra do Criador se deu no ano de 1895.
Foi preciso bilhões de anos, apreciando sua criação, para que Deus chegasse à conclusão de que, ainda faltava alguma coisa. Então, mandou chamar à sala do trono quatro santos. São José Agostinho, São Mário Spíndola, São Augusto da Silveira e São Nestor de Barros e lhes deu a ordem:
“_Vão à terra e plantem a semente do Clube de Regatas do Flamengo!”

Claro que não duvido da história da Arca de Noé, até porque, não fosse ela, não haveria o “sumpaulo fuck-me-bol cluuuuub”, pois, Noé, cuidou de colocar na embarcação, um casal de cada bicha,.....digo,....bicho e assim, entre os passageiros históricos, lá estava um lindo casal de bambis. O bambi macho (???...úúúúiii...) era chamado Rich e a fêmea Alisson. Após a porra do dilúvio, eles fizeram inseminação artificial, para evitar o contato físico e tiveram um lindo filho, chamado.........aaahhhmm........esqueci o nome do bambinho.

Porém, uma versão mais máscula da Arca estava para ser conhecida pelos habitantes da terra, trazida por estes quatro santos. Sob a ordem, a benção e os olhos de Deus, lançaram ao mar a Baleeira Pherusa e, por fim, vendo que Sua obra estava então completa, o Criador pode descansar.
Estou apenas resumindo, pois, a íntegra desta história, vocês poderão ler em “O evangelho Rubro-Negro”.

E foi naquela tarde de 19 de julho de 1992, que Deus saiu de seu banho, vestiu seu roupão Vermelho e Preto, sentou-se, mais uma vez, em Seu trono e gritou para januário, o santo mais babaca e trouxa do céu, responsável pelo serviço de atendimento culinário local:

“_Ôôôô januário, seu mané,....traz uma porção de azeitona, uma cervejinha gelada, liga o ar condicionado e minha Tv de plasma de 50 polegadas, que eu quero ver o meu Flamengo ser Penta Campeão Brasileiro!!” E não deu outra.

E não foi somente na criação do mundo que o Flamengo teve fundamental participação. Durante todo o processo de evolução da humanidade, no estudo das crenças e na evolução política, o Mais Querido sempre esteve presente, mesmo quando ainda não fundado.
Sim....! Como já foi amplamente citado por vários amigos, existe o “Espírito Flamenguista”, que anima os corpos e este, ainda em seu estado etéreo, já influenciava a espécie humana em suas decisões.

Por exemplo: “O Dia do Fico”
No ano de 1822, havia no Rio de Janeiro colonial, um time de peladas, o Phlamengo, também Vermelho e o Preto e o craque desse esquadrão, chamava-se “Dom Pedrokovic II”. Encantados com seu belo e vistoso futebol, dirigentes do Benfica de Portugal, formularam uma proposta milionária, pelo passe de Pedrokovic, cerca de um milhão de coroas.
Vendo a tristeza e o desconsolo dos torcedores, com sua suposta partida para o exterior, Pedrokovic, reuniu a galera em frente à estação do metrô da carioca e mandou a conhecida frase:
“_Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação Rubro-Negra, diga ao povo que fico!”

E tem mais. Imaginem amigos, a surpresa que foi a chegada do homem à lua. Havia uma briga tremenda, pela supremacia espacial, quando, no ano de 1969, os EUA lançaram de Cabo Canaveral a nave Apolo 11. Do lado da cortina de ferro, no mesmo dia, na mesma hora, os Russos lançaram seu Sputnik. Foi um pega pra capar no espaço cósmico. Os americanos aceleravam sua máquina ao máximo, mas, sempre com a detestável companhia dos russos, bem ao lado. Era cabeça com cabeça, nariz com nariz. Chegaram à lua, puxaram a porra do freio de mão, juntinhos e estacionaram, um ao lado do outro e a discussão começou.
_Cheguei primeiro!!
_Não, fui eu!!
_Você é o cacete, seu comunista comedor de criancinha, fui eu!
_Nã nã ni nã nóvisck,.....fui eu!!

E foi então, durante o calor do bate boca, que os dois tiveram a maior surpresa. Ao ouvirem uma gritaria, olharam mais a frente viram uma galera, de Camisas do Flamengo, gritando “Goooolll”.
_Oh, my God,....(disse Armstrong)....is the Flamoon!!!
_Ei,…..Mister Armstrong,….(gritou o chefe da Torcida) O Mengão acabou de vencer mais um adversário e está chegando à final!!!
Daí, Neil Armstrong disse a frase, que ficou eternizada.
_Este é um pequeno passo para o Clube, mas um grande passo para o título do campeonato!!

Mas, não me perguntem se o Flamengo influenciou o famigerado 11 de setembro, pois, a resposta é óbvia; Claro que não. Se os pilotos fossem Rubro-Negros, jamais aqueles aviões cairiam.
Mas, pesquisando na net, descobri os nomes dos três pilotos. O primeiro, chamava-se Obotah Assif Uhdeu, o segundo, já veterano e tarimbado em, quedas, chamava-se Ababah Dauh Nimedh, estes dois chocaram (có có ri cóóó)-se contra o WTC e o terceiro piloto, era o famoso Ely Minadh Euricob Mirandah, que tentou acertar o “Penta”gono na primeira, mas, só conseguiu na segunda.

E só pra citar mais uma influencia histórica do Mengão, vale lembrar a escolha do Papa João Paulo II e aquela fumacinha que solta da chaminé.
Fazia uma tarde calorenta no Vaticano, com os fieis dando voltas em torno da praça, todos aguardando a decisão do sacro colégio de cardeais. Entre os votantes, havia um cardeal brasileiro, que, com um mini radinho de pilhas, escutava um jogo do Flamengo, quando, de repente, no rádio, o saudoso Waldyr Amaral anunciou:
_Atenção, é falta na entrada da área. Vai bater Zico,.....é fumaça de gol para o Mengão......caminhou Zico atirou, é golaço!!!
Nesse momento, o cardeal brasileiro abraçou o João Paulo, a seu lado e gritou:
_Esse é o cara,....ele é o papa!!...Ele é o nosso líder...vai ser eleito o melhor da disputa!!!!!...Vamos conquistar mundo!!!
Pronto. Estava escolhido o novo líder da igreja católica.

E então, depois de todas as glórias e de escrever tanta história, o nosso Clube de Regatas do Flamengo, esta semana, completou seus 114 anos de idade.
Que poderia eu, lhe dar de presente?
Já lhe dei meu coração...já lhe dei minha alma, minha vida, minha emoção, todos os meus sentimentos,......já lhe dei minhas lágrimas, meu riso, meu suor, meu sangue, meu berros,.....por ele, já rasguei bandeira inimiga e até já briguei, quando era garoto,......que mais poderia lhe dar de presente?

Pois, o melhor presente que encontrei, foi, mais uma vez, apenas palavras.
E com uma simples e pequena frase, eu quero resumir tudo que eu já disse sobre o Flamengo, desde o dia em que me entendi como torcedor.

Flamengo, eu te amo!