Pela primeira vez, no nosso bolão, aqui no trayller que eu chamo de “Meu Consultório”, afinal, são 23 anos lá, praticando alterocopismo, com direito à carteirinha de sócio atleta, como dizia, pela primeira vez, apostei no Flamengo não vencendo. Apostei num empate em 2x2 e me dei mal. De qualquer forma, eu me daria mal, porque nunca aposto e nunca acredito que o Mais Querido possa perder alguma partida e, realmente, o Mengão nunca perde, desde que o jogo seja mediado com honestidade. O Flamengo só perde roubado. Não quero saber como, não importa se ninguém viu onde aconteceu o roubo, mas, se o Flamengão perdeu, só pode ter sido roubado.
Sinceramente,...não dava pra ser diferente o resultado. Era um grupo de crianças, mal saídas dos cueiros, contra um time veterano...........e mais o juiz roubando.
Não fiquei puto, não falei, nem vou falar mal do time, afinal, como diria o Pica-Pau, “em todos esses anos nessa indústria vital”, eu nunca vi um time ter tantos desfalques, ao mesmo tempo e não foi para poupar titulares, foram contusões sérias, que mutilaram o elenco inteiro.
Perder uma partida daquelas, não dói nada, se comparado o fato, à dor de ver nosso goleiro, que há bem pouco chamávamos de “Melhor goleiro do Brasil”, a fazer cera, com o time perdendo, isto para afrontar a Nação. Não dói nem um pouquinho, quando me lembro que, dor mesmo, eu sinto quando vejo que, um cara com a cara desse tal de zé roberto (letras minúsculas), infecta o Manto Sagrado Rubro-Negro, maculando-o, ao desfilar sua incompetência, sua indolência, sua impotência e sua nenhuma estima, nos gramados. E dói mais ainda, quando eu lembro que esse porcaria, esse verme de esgoto de favela, esse cocô do cavalo do bandido, que morreu afogado na praia de Ramos, já vestiu a Camisa 10, que foi do Galinho Zico. Isso dói!!! Esse cara é um broxa futebolístico.
Mas o Rocco estava no Brasil e isso era motivo pra festa. Marcamos na estrada Niterói Manilha e fomos recebê-lo, eu, a Nil e meus sobrinhos. O primeiro abraço veio acompanhado da notícia do 1º gol do Avaí e de um cachecol Vermelho e Preto, que a Dnª Marilena, minha Mãe, fez com todo carinho e que tive o prazer de passar às mãos do meu ilustre convidado.
Primeira parada, “Meu Consultório”, para assistirmos o jogo, ainda alimentando aquela esperança da virada e da Vitória, como uma chama que só os Rubro-Negros conseguem manter acesa.
O Rocco puxou o freio de mão na cerveja e eu tive que beber por mim e por ele, missão espinhosa, que cumpri em nome de nossa amizade e carinho, bebendo sozinho mais três.
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Segunda parada, casa da Dnª Marilena, que esperava o meu amigo com o tradicional caldo de siri, já famoso em nossas reuniões familiares e mais um presente, outro cachecol, desta vez cor de rosa.
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Calma gente,....o Rocco não se androginou (como dizia aquela velha canção), nem entrou para a young-flu. Desta vez, o presente foi endereçado à sua filha, ou esposa (não lembro).
Depois do caldinho de siri, foi minha vez de ser presenteado. Nosso amigo retirou do corpo sua única camisa do Buteco do Flamengo e fez questão que eu ficasse com ela, o que muito me honrou e emocionou. Tive então que buscar uma camisa minha, pra que o magrelo não ficasse na friagem e, esta não poderia ser diferente. A Nil foi até nossa casa e voltou com uma camiseta branca, do Mais Querido, que, nesse momento, deve estar viajando, rumo aos zisteites, na mala do Rocco.
Tudo devidamente fotografado, desde o primeiro abraço, à troca das camisas, peguei os violões, que estavam na casa da Dª Cibalena, desde a noite anterior, quando nós fizemos uma brincadeira e, qual não foi a surpresa, ao ver o Rocco pegar meu George Washburn branco e começar a dedilhá-lo, com uma admirável habilidade, muito além da que o zé roberto tem com a bola.
Bem amigos, as fotos estão aí e, melhor que eu, contam a história. Foi um domingo inesquecível, apesar da triste derrota do Mengão, mas, por conta desse amor incontido, alucinado, inexplicável e invejável, que sentimos pelo nosso Clube, a amizade, entre todos nós, da Nação Rubro-Negra, vai se estreitando e nos unindo, cada vez mais, não importando a distancia que nos separa as contingências da vida.
Vejam bem, a força que tem o Clube de Regatas do Flamengo.
E em meio ao nosso papo, vendo e ouvindo a indignação com que o Rocco me contava o lance em que o Bruno afrontou a Nação Rubro-Negra, fazendo cera com o time perdendo, eu lhe prometi uma música, para dar o troco a ele, Bruno e aos que não honram o Manto sagrado Rubro-Negro, o Santo Sudário de Zico & Cia.
Convido os amigos a assistirem no Youtube, o vídeo “Eu Não Agüento”, a deixarem um comentário e a me ajudarem na divulgação.
http://www.youtube.com/watch?v=OTYgiMDBx-Q
Saudações Hemorrágicas, em Sangue Vermelho e Preto.